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RESENHA DO TEXTO: A POLÍTICA

Por:   •  2/6/2018  •  Resenha  •  1.753 Palavras (8 Páginas)  •  260 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS-DCHT-CAMPUS XVII

COMPONENTE CURRICULAR: FILOSOFIA E ÉTICA

DOCENTE: JOSEVANDRO CHAGAS

FABIO ALVES DE FIGUEREDO

RESENHA: TEXTO III A POLÍTICA

Resenha crítica do capítulo III do livro A Política de Aristóteles, que o autor aborda os componentes necessários a uma cidade e especifica as classificações de cidadão e de Estado.

     

                                                 

                                           Bom Jesus da Lapa

                                                     2017

 

ARISTÓTELES, A POLÍTICA; Tradução Nestor Silveira Chaves. 2ª ed. Bauru-SP: EDIPRO, 2009.

Aristóteles (384-322 a.C.), foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Seus escritos abrangem diversos assuntos, como: a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia. Aristóteles é considerado um dos fundadores da filosofia ocidental.

Aristóteles, no capítulo I, busca o conceito geral de cidade e consequentemente de cidadãos, pois aquela é um conjunto destes. Há-a necessidade de delimitar sobre o conceito de cidadão e os requisitos para obtê-lo, pois o que é cidadão em um tipo de governo, pode não ser em outro. Entendemos o modo como os habitantes organizam o poder e o exercem em determinado local. Agora, que se faz necessário o conceito de cidadão, que segundo o próprio Aristóteles “cidadão (...) é o homem investido de certo poder”. Com efeito, sabemos que para que haja uma cidade é preciso um conjunto de habitantes que possuam poder para delimitar, participar, são os cidadãos.

Após entendermos a importância dos cidadãos numa cidade, no capítulo II surge a questão da virtude do homem de bem e bom cidadão. A sociedade é repleta de peculiaridades de grupos e subgrupos que têm visões distintas, nesse ponto, como encontrar uma virtude que se aplique a pessoas distintas? Cultura é o que faz o papel de diferenciar as pessoas, seja o que manda ou o que obedece na sociedade, entretanto, são condições igualmente louváveis e necessárias aos cidadãos e aos homens de Estado que saibam fazê-lo.

 No capítulo III, começa-se a especificar o cidadão e requisitos mínimos, por exemplo: idade, seja ela avançada ou primária e tem o foco de mostrar que não se deve conceder o título de cidadão aos artesãos e mercenários, pois os mesmos, trabalham para o público, onde o seu próprio método de vida os distancia da virtude de um homem de bem ou de um bom cidadão.

Agora que já apresentamos os conceitos gerais, abordaremos as organizações políticas, pois o homem é destinado por natureza a viver em sociedade em busca da felicidade segundo Aristóteles neste capítulo IV, nesse ponto se faz necessárias duas interrogações: será da natureza humana se agrupar? E o objetivo desse agrupamento é a felicidade? É inegável, que agrupados qualquer espécie é mais forte em busca da sobrevivência, contudo o fim talvez não seja a felicidade, seja a própria sobrevivência.

No capítulo V, há definições de Estados que são extremamente importantes: realeza, sendo governado por um; aristocracia sendo o de um número reduzido de homens, desde que não seja um e república, quando o governo está nas mãos da multidão, são conceitos simples que se baseiam no número de pessoas que detêm o poder. Antagonicamente, existem os governos viciados respectivamente, a tirania, onde o monarca que só pensa em si, a oligarquia que o foco está no interesse dos ricos e a democracia que o enfoque está no interesse dos pobres. Estes governos são viciados, pois não se ocupam do interesse geral.

É bastante destacada a habilidade que precisa haver nos julgamentos, como podemos observar no capítulo VI, e a cautela que os que têm acesso às magistraturas devem ter com uma parte da sociedade que não as têm, por conta de poderem sair do campo da virtude facilmente. Portanto, os cidadãos são enganados de que participam ativamente, sendo que está à mercê da vigilância estatal, uma vez que cada um desses indivíduos não é capaz de julgar sozinhos, pois não dominam as áreas. Estes julgam em conjunto buscando a justiça e as leis fazem efeito em conformidade com o governo necessariamente.

O capítulo VII aborda que as classes sociais de ricos e pobres existem e são necessárias na sociedade. Todavia qual delas deve ocupar o poder? Aristóteles lança esse questionamento que merece atenção, quais são os métodos de escolha, baseiam-se na riqueza apenas? Não é o suficiente, porque a multidão supera um indivíduo em riqueza e poderia ser um argumento frágil. Contudo, o papel do legislador se faz importante em delimitar as leis com base no cidadão que possua a virtude plena, onde exista direitos e obrigações a serem cumpridos, estes que são os indivíduos que devem estar no poder, ou seja, a Lei age em torno do dever ser de um bom cidadão.

No capítulo VIII o autor cita o ostracismo, que confere um banimento de determinados cidadãos por conta de serem diferentes ou superiores a lei, nesse ponto, lembra-se do conceito de exílio, e do Brasil que na época da ditadura usava esse “ostracismo” para banir rebeldes e líderes partidários. Essa prática é impura e se distancia da justiça, mas é bastante comum em governos viciados.

Há a abordagem da espécie de governo monarquia, que é apontado no capítulo IX, onde é constituído por um monarca que de maneira hereditária ou vitalícia tem autoridade máxima em um Estado, esta forma de governo, Aristóteles intitula como boa, sem vícios, pois o monarca representa os cidadãos, seja em campanhas fora do território ou no próprio território a mando da lei. O notório é que há a tendência de restrição dos poderes do rei, seja porque o próprio abdica de tais atribuições ou porque o povo limita as ações do mesmo, nesse ponto, percebemos que o rei é a figura principal deste modo de governo, mas existe a importância dos subordinados também, existe a divisão de tarefas e participação coletiva.

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