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RESUMOS GEOPOLITICA

Por:   •  15/5/2015  •  Resenha  •  2.029 Palavras (9 Páginas)  •  292 Visualizações

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“AS GUERRAS QUE VOCÊ NÃO VÊ”
“The War You Don’t See“

Esse documentário investigativo elaborado pelo jornalista John Pilger analisa um esquema bem arquitetado pelas Relações Públicas comandadas pelos grupos econômicos que exercem a hegemonia política no planeta. Cenas e histórias de atrocidades cometidas no Iraque, Palestina e Afeganistão são amostras do grau de perversidade a que se pode chegar com o objetivo de garantir privilégios e riquezas. Nada está acima dos interesses econômicos ou estratégicos militares desse grupo.

As alegações dadas pelos Estados Unidos e Inglaterra para justificar a invasão ao Iraque em 2003 era de que Saddam Hussein teria armas de alto poder destrutivo e que teria ligação com a Al-Qaeda de Bin Laden. Ambas as afirmações eram inverídicas, porém a mídia as comprou e, por não cumprirem a sua obrigação de checarem as informações, legitimaram a Guerra contra o Iraque.

Passaram a ser o principal instrumento de manipulação das massas quando criou-se o jornalismo “embutido”, onde eles propagavam uma “falsa realidade” de conquista e apoio a guerra e em troca, teriam privilégios nas informações e acesso aos governos e militares. Exemplo disso foi a entrada em Bagdá pelos soldados americanos. As imagens apresentadas ao mundo eram de uma multidão festejando a derrubada da estátua de Saddam Hussein, e os repórteres falando da alegria daquele povo pela conquista etc. Porém o que não noticiaram era que começara ali um grande massacre em todo o Iraque.

Paralelamente a eles, outro grupo de jornalistas passou a ver e ouvir o outro lado dessa história - as verdadeiras vítimas - os civis. Os sobreviventes relatavam toda a sua dor, desespero e revolta por terem suas casas invadidas e suas famílias devastadas. Sim, eles não eram apenas números. Haviam histórias e sonhos que foram destruídos e, simplesmente, eram apagados da história. Infelizmente, quando a verdade veio à tona, não havia mais como reverter às milhares de mortes que ocorreram e tão pouco apagarem todo o terror vivenciado naquele país.

Disse o repórter Claud Cockburn: “Nesta era de guerras, vidas incontáveis dependem da verdade. Ou o seu sangue recairá sobre nós. Nunca acredite em nada até que seja oficialmente negado”.

Não há guerra sem propaganda.  A mídia deve ser a voz do povo e não do poder.


A GUERRA À DEMOCRACIA

"The War on Democracy",

O jornalista John Pilger elaborou esse documentário em 2007 analisando o posicionamento dos Estados Unidos com relação aos assuntos políticos na América Latina, em principal, Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela, considerado na época um inimigo da democracia para os norte-americanos. Analisa também a participação da CIA (Central de Inteligência Americana) nos golpes contra Jacobo Arbenz (Guatemala) e Salvador Allende (Chile).

Em visita a Caracas, capital da Venezuela, Pilger observa uma das medidas tomadas por Hugo Chávez quando visita um supermercado financiado pelos ganhos obtidos através do petróleo produzido no país e constata que os preços são subsidiados para garantir alimentos básicos para a população mais carente. Em contraponto, visita também bairros nobres, mostrando a classe alta desfrutando de uma vida cheia de ostentações e conforto.

Analisa-se também o caso do golpe de estado realizado contra Hugo Chávez em 2002, onde o mesmo foi sequestrado por militares que anunciaram sua renuncia que não havia ocorrido. O que eles não contavam era com apoio vindo do povo em favor as politicas de Chávez. A Assembleia Nacional e o Supremo Tribunal foram dissolvidos, e a Constituição de 1999 foi anulada.

Na segunda parte do documentário, Pilger começa falando sobre o sistema “imperialista medieval” que o governo dos Estados Unidos criou, atacando (direta ou indiretamente) e bombardeando mais de 50 países, colocando líderes ditadores e/ou pró-americanos. Um dos primeiros a sofrerem ataques foi a Guatemala. Com uma agricultura controlada por americanas, o presidente eleito Jacobo Arbenz realizou uma reforma agrária e virou alvo do primeiro golpe de estado na América Latina, sendo humilhado e exilado.

O golpe de Estado de 1973, contra a política de Salvador Allende (Chile) consistiu na derrubada do regime democrático do país. O Estádio Nacional foi transformado em campo de concentração, onde foram confinados milhares de pessoas que eram a favor do governo Allende. O golpe foi arquitetado por oficiais chileno, com apoio militar e financeiro dos Estados Unidos e CIA, tendo sido encabeçado pelo general Augusto Pinochet, que se auto proclamou presidente.

O documentário prossegue mostrando uma visita do jornalista à Bolívia, onde analisa a revolta popular de 2003, contra o então presidente Gonzalo Lozada pois este veio a aprovar uma lei de exportação do gás boliviano através de portos chilenos ao México e aos EUA, mesmo sabendo que a sua população era contra pois pedia a industrialização interna do gás. Por isso houve paralisações, greves e protestos que geraram muitas mortes, episódio conhecido como “fevereiro negro” que causou a destituição do presidente.

Em entrevista com o diretor da CIA, Duane Clarridge, ao ser questionado sobre o direito que os EUA teriam para cometer tais atitudes, ele responde: “(...) Intervimos quando vimos que os interesses de segurança nacional o justificam, e, se não gostarem, paciência! Acostume-se, mundo! Se é de nosso interesse, vamos fazer!”

Difícil pensar em se acostumar com a constante violação dos Direitos Humanos cometido pelos Estados Unidos. Como diz John Pilger ao finalizar esse documentário: “Quem vê o mundo através dos poderosos, deve ser avisado. As pessoas estão a insurgir-se contra a tirania e o esquecimento a que nós, no Ocidente, as confinamos. De fato, a resistência delas é bem evidente, como este filme demonstrou. Diria até que nunca parou e é invencível.”


O NEGÓCIO DA "REVOLUÇÃO"

O que parecia uma revolução espontânea, na verdade era um evento planeado nos mínimos detalhes e financiado por consultores da OTPOR, uma organização fundada em 1998, com o apoio da Fundação Nacional sediada nos Estados Unidos para a Democracia, e teve papel fundamental na queda de regimes em vários países.

O vídeo começa mostrando o ocorrido no Egito, onde em meio a um protesto pacífico, cavalos surgiram correndo violentamente entre a multidão que veio a reagir. A ação teria sido planejada para que uma notícia se espalhasse: "O Egito está em Estado de Caos".

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