Relatório de Progresso em Projetos
Por: Edilson Giffhorn • 15/9/2023 • Seminário • 5.122 Palavras (21 Páginas) • 43 Visualizações
[pic 1]
Práticas da Gestão da Qualidade em Micro Empresa do setor Gastronômico – Uma aplicação pré-operacional
Guilherme Felipe Pelanda Pinto (UTFPR) pelandaguilherme@gmail.com
Ivens Henrique Grahl Ribeiro (UTFPR) ivenshgr15@gmail.com
Leticia Natalia Megel (UTFPR) leticiamegel@gmail.com
Edilson Giffhorn (UTFPR) edilsongiffhorn@utfpr.edu.br
Resumo: O objetivo desse artigo é apresentar uma adaptação simulada de ferramentas da qualidade como PDCA, 5S e Seis Sigma para uma microempresa do setor gastronômico situada em Curitiba/PR. No momento de sua abertura as microempresas possuem muitas barreiras de entrada no mercado e enfrentam muitos problemas os quais serão apresentados ao longo do texto. Visando oportunizar maior grau de sucesso no empreendimento o estudo foca na aplicação das ferramentas de gestão da qualidade logo no planejamento da abertura das microempresas, contrariando o senso comum de microempreendedores de apenas melhorarem sua gestão ou buscarem aperfeiçoamento após a empresa já estar lançada no mercado.
Palavras-chave: Qualidade; Microempreendedor; Setor gastronômico.
Abstract: The aim of this paper is to present a simulated adaptation of quality tools like PDCA, 5S and Six Sigma to a microenterprise of gastronomic sector located in Curitiba / PR. At the opening moment microenterprises have many barriers to entry in the market and face many problems which will be presented throughout the text. Aiming provide greater degree of success in the action the study focuses on the application of quality management tools already in the opening planning phase of microenterprises, contradicting the common sense of microentrepreneurs only improve their management or look for improvements after the company already operating in the market.
Keywords: Quality; Microentrepreuners; Gastronomic Sector.
1. Introdução
Atos como o de empreender é que verdadeiramente fomentam a economia de um uma região, seja ela um bairro, ou a nação. Todos se beneficiam, seja aumentando a geração de empregos, seja contribuindo para a riqueza do país. É visível a percepção da sociedade em relação ao respeito por empreendedores de sucesso, tanto quanto o tratamento dado pela mídia aos mesmos, e como pode ser uma boa opção de carreira.
O Brasil passa por um verdadeiro processo da valorização da cultura empreendedora, conforme constatado na pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2011 (GEM), o Brasil está apenas atrás da China e dos Estados Unidos em relação ao número de pessoas que possuem um negócio ou que estão envolvidas na criação de um, totalizando cerca de 27 milhões de pessoas.
Empreendedores por necessidade são aqueles que iniciam por não possuírem melhores opções para o trabalho, e então abrem um negócio a fim de sobreviver. Os empreendedores por oportunidade optam por iniciar esse novo negócio, mesmo tendo alternativas de renda, porém, desejam o aumento da mesma ou independência do trabalho. A mesma pesquisa do GEM constata que para cada empreendedor por necessidade, há outros 2,24 iniciando o seu negócio por enxergar alguma oportunidade no mercado. Isso se deve a alguns fatores favoráveis que, de fato, são fortes no país, são eles: acesso ao mercado, abertura à entrada, clima econômico, oportunidades. Vale salientar a crescente aparição do gênero feminino em empreender, uma proporção de aproximadamente 1 para 1 (GEM, 2011).
O Brasil demonstra uma demanda inversa, em relação ao resto do mundo, referente ao empreendedorismo segundo a escolaridade. No resto do globo, a taxa de empreendedores aumenta à medida que os indivíduos aumentam seu nível de escolaridade, porém, aqui, as taxas são menores à medida que o nível de escolaridade aumenta. Há de ter explicações por trás do fato: querendo ou não, ainda a taxa de empreendedores por necessidade é alta no país, apesar de o indicador ter melhorando ultimamente. Por fim, basicamente o baixo nível de escolaridade da população faz com que a mesma procure meios de aumentar a renda por conta própria, o que muitas vezes ocorre com a abertura de uma empresa (GEM, 2011).
Em decorrência disso as empresas estão constantemente procurando melhorar seus produtos e serviços, além de buscar a redução de custos. Assim, as organizações são obrigadas a rever sua postura diante do consumidor e dos empregados, a fim de atingir um diferencial competitivo que garanta critérios ganhadores de pedido.
Esse cenário todo faz com que as empresas no Brasil despertem o interesse pela implementação de sistemas de qualidade, como estratégia diferencial. A qualidade em seus produto e serviços é um diferencial para a empresa independente de a organização ser micro ou macro.
Inserido nesse contexto está o setor gastronômico brasileiro que, assim como no resto do mundo, passa por uma alta valorização com a alteração da imagem de algo caseiro e simples para uma profissão refinada e com grande mercado de trabalho. O número de empregados nesse setor já ultrapassa o da construção civil, e também é observado o aumento de instituições de ensino superior no Brasil que oferecem curso especializado em gastronomia. A clientela também acompanha esses avanços e cada vez mais está disposta a procurar mais pela qualidade e a pagar mais pelo alimento. Esse setor representa atualmente 2,4% do PIB brasileiro, além disso, o hábito de alimentação fora de casa é cada vez mais crescente e corresponde a 26% dos gastos dos brasileiros com alimentos (ABRASEL, 2012).
Assim, o estudo aqui apresentado justifica-se pela importância de utilizar a qualidade total para modificar a cultura de microempresas a fim de tornar o ambiente organizacional mais produtivo, o que afeta diretamente o desenvolvimento da companhia no mercado.
Pelos motivos expostos, o objetivo do artigo é propor o planejamento de qualidade de uma micro-pequena empresa por meio da apresentação das definições e adaptações das ferramentas clássicas de gedtão da qualidade assim como sua empregabilidade simulada em um pequeno restaurante da cidade de Curitiba. É importante ressaltar que este artigo não tem como foco à qualidade dos produtos oferecidos e sim na preocupação em proporcionar um ambiente laboral mais propício para a eficiência dos serviços valorizando a eficiência e eficácia, ao qual afetará positivamente a produtividade dos trabalhadores e da empresa.
...