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Relação entre o Filme Cão de Briga e os Mecanismos de Defesa do EGO

Por:   •  31/5/2016  •  Dissertação  •  1.033 Palavras (5 Páginas)  •  1.194 Visualizações

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Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Campus Maringá

Disciplina de Comportamento Humano nas Organizações

Professora Cleumary Soletti Pereira

1º Período de Admnistração

Antuniel C. F. A. Albano

Resenha sobre o filme Unleashed (Cão de Briga) aplicada na teoria sobre a personalidade humana à luz da psicanálise.

O filme Unleashed (Cão de Briga) retrata a vida de Danny (Jet Li), um rapaz que ficou órfão ainda muito cedo, devido ao assassinato de sua mãe, uma pianista extremamente talentosa. Após o episódio traumático, o garoto passou a ser criado por Bart (Bob Hoskins), que dizia ser seu tio, mas na verdade estava apenas interessado em educa-lo com base em uma doutrina distorcida da realidade, para que pudesse usa-lo como uma arma intimidadora, agredindo seus adversários e desafetos através das habilidades que Danny tinha como lutador.`

Bart transparece ter características de uma personalidade extremamente manipuladora, usando-se de todas as alternativas possíveis para alcançar os seus objetivos, independente de elas serem prejudiciais as outras pessoas ou não. E segundo a Teoria Psicanalítica de Freud, esse comportamento evidencia o ID prevalecendo sobre as outras estruturas mentais, o Ego e o Superego, porque ele busca satisfazer suas necessidades através de soluções imediatas e ao mesmo tempo evitando os desprazeres e as frustrações. Isso fica evidente em cenas em que ele se relaciona com possíveis prostitutas, quando persegue Danny para que ele volte para sua antiga casa, mesmo contra a sua vontade e também no momento em que percebe que a nova família do rapaz o trata de forma mais carinhosa do que ele está acostumado, chegando a atirar contra o pijama usado por Danny.

Já o menino órfão aparenta ser uma pessoa agressiva, mas que no decorrer do filme se revela ser muito amigável e justa. O seu comportamento inicial se deve ao fato de que ele canalizou sua raiva e frustração, originários do trauma, na luta corporal. Essa conduta lhe foi ensinada pelo falso tio quando tinha apenas quatro anos na época em que tudo aconteceu e, segundo palavras do próprio Bart, “Pegando-os jovens, as possibildades são infinitas”, ou seja, devido a pouca idade, Danny foi influênciado para que agisse de forma agressiva sempre que o tio mandasse. Essa conduta agressiva acabou se tornando uma espécie de moral a ser seguida por Danny, já que o convívio com Bart era o único exemplo de conduta e os valores passados por ele também se apresentavam como sendo corretos. Dessa forma seu superego, que se baseia neste tipo de carácterísticas, era predominante justamente porque ele acreditava que aquilo era o correto a se fazer.

Em razão do grande trauma sofrido na sua infância, Danny apresenta diversos mecanísmos de defesa do seu ego, que é uma das formas para amenizar a ansiedade e os conflitos entre o Id e o Superego. A primeira que podemos citar é a sublimação, que aparece quando ele fica socando o saco de areia em sua pequena cela nos minutos iniciais do filme; já o lapso ocorre quando ele se distrai com os pianos no armazém de antiguidades ao invés de prestar atenção à luz colocada por Bart para indicar quando ele deveria se apresentar para ajuda-lo; a regressão vem a tona quando ele fica brincando com um urso de pelúcia ou lendo um livro infantil que ensina o abecedário; a negação se manifesta quando ele se esconde embaixo da cama ao ter o primeiro contato mais intimo na casa de Sam (Morgan Freeman) e Victoria (Kerry Condon) e também ao se encolher na cadeira do cinema ao assistir um filme de terror junto da nova amiga; e a repressão, apresentada pelo fato de Danny não ser capaz de se lembrar da família.

Bart também apresenta mecanismos de defesa, com a finalidade de justificar seus atos criminosos. Uma cena que evidencía um desses mecanismos é quando cita um dos seus sonhos, que depois ele mesmo interpreta como uma representação inconsciente de que deveria se aposentar e viver uma vida despreocupada, baseando-se nas teorias de Freud para chegar a essa conclusão. Outros mecanismos que podemos citar são a racionalização, manisfestada na cena em que culpa Georgie (Tamer Hassan) por não estar ao seu lado quando ele foi atacado por Raffles (Vincent Regan), sendo que ele mesmo pediu para que o capanga aguardasse no carro enquanto ele resolvia suas pendências, além de mostrar esse mesmo mecanismo nas cenas em que tenta fundamentar os motivos pelo qual ninguém se importava com Danny, ao usar as recentes tragédias para justificar a razão de que deveriam se unir como uma família, para expicar os motivos pelos quais tentava matar seu falso sobrinho e também logo em seguida para tentar convercer Danny a voltar para sua antiga casa e para uma vida na qual estava familiarizado.

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