Mecanismos de Defesa do Ego
Por: Juliane Azevedo • 31/8/2023 • Resenha • 890 Palavras (4 Páginas) • 90 Visualizações
Juliane Soares de Azevedo
Módulo 05 – Mecanismos de defesa do Ego I
Os mecanismos de defesa do ego são as formas que a mente usa para se proteger.
Segundo Freud, esse mecanismo é a operação pelo qual o ego tira da consciência as coisas indesejáveis, protegendo o aparelho psíquico. Ele é orientado pelo princípio da realidade. Estes vão possibilitar a pessoa uma relação com o mundo, garantindo sua sobrevivência psíquica, em outras palavras, servem para lidar com a angústia entre as forças pulsionais do id e do superego.
Mecanismos de defesa são processos desenvolvidos pela personalidade, os quais possibilitam uma solução para conflitos, ansiedades, hostilidades, impulsos agressivos, ressentimentos e frustrações não solucionados ao nível da consciência. A psicanálise identifica inúmeros mecanismos de defesa. Assim como o seu desenvolvimento, a sua manifestação também ocorre de maneira inconsciente. Ao se deparar com uma situação de desencadeia um incômodo emocional semelhante ao passado, o mecanismo é aliviado e o indivíduo reage da maneira que, até então, tem o protegido e o sofrimento e ou angustia.
No momento da “ameaça”, o mecanismo cumpre o papel de ajudar a pessoa a lidar com conflitos emocionais.
A presença dos mecanismos é frequente e necessária em indivíduos saudáveis, mas em excesso é indicação de sintomas neuróticos ou em alguns casos extremos, o excesso indicaria até sintomas psicóticos, como por exemplo e principalmente o excesso dos mecanismos de projeção, negação da realidade e clivagem do ego.
Estes começam a fazer mal quando afastam o indivíduo da realidade, consequentemente dificultando a solução de problemas que merecem a sua atenção. Eles podem pintar um cenário falso dos fatos, levando a erros, tomada de decisões precipitadas e interpretações equivocadas dos acontecimentos e das pessoas. Dependendo da situação os mecanismos de defesa podem até causar prejuízos à saúde mental.
Como são processos inconscientes, o indivíduo não se dá conta de que suas reações aos acontecimentos agravam o seu sofrimento.
Os mecanismos de defesa constituem operações de proteção do ego para assegurar a nossa própria segurança, proteger nossa personalidade, transformando a realidade para torná-la mais aceitável. Eles também representam uma forma de adaptação, pois permite que conteúdos inconscientes cheguem no nível consciente de forma disfarçada, a fim de preservar o bem-estar emocional.
A negação é um dos mecanismos mais comuns e mais conhecido. Quando as pessoas não conseguem encarar a realidade se recusam a admitir verdades obvias, elas entram em negação.
O sujeito não quer enfrentar a realidade devido a recusa em aceitar o desagradável. Um exemplo clássico acontece com quem sofre com algum vício. Indivíduos nessa condição, recusam ajuda ou o cessar do hábito negativo, como fumar, apostar em jogos de azar, pois negam veementemente as suas consequências negativas e ainda justificam que param quando quiserem. Esse mecanismo nega a realidade exterior e a substitui por outra realidade que não existe. Portanto ela tem a capacidade de negar partes da realidade que não são agradáveis, pela fantasia de satisfação dos desejos ou pelo comportamento.
Pode-se também considerar a seguinte questão: Um indivíduo recebe a notícia de que um ente familiar faleceu, logo esse mecanismo acaba diminuindo parcialmente o impacto da notícia e de pronta há a recusa, negação do ocorrido, da situação. A negação, nesse prisma, é um mecanismo de defesa que, inicialmente, amortece a dor até que a pessoa possa olhar para a real situação que está vivendo. A questão está quando não identificamos a negação e esta gera um ciclo de “mentiras”. Vale salientar que negar é diferente de mentir, pois a pessoa que a pratica, tem a convicção de que está falando a verdade.
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