Resenha: Amazon, Apple, Facebook e Google
Por: Junior Figueiredo • 17/2/2018 • Resenha • 2.014 Palavras (9 Páginas) • 1.452 Visualizações
Amazon, Apple, Facebook e Google
A internet não foi projetada para ser uma plataforma de marketing. Ela começou como um projeto de defesa na década de 1950 e evoluiu para a ARPANET. Expandiu-se e tornou-se um sistema global. Em 1995 foi privatizada pelo Congresso, resultando numa explosão de inovação em marketing; geração de leads, transações, compartilhamento de informação e persuasão. Entre 1997 a 2000 aconteceu a chamada bolha da internet, pelo excesso de otimismo, mas em 2013, ela já integrava as práticas de marketing.
Quatro empresas administravam quatro setores do marketing na internet. A propaganda online era dominada pelo Google, as vendas de varejo online pela Amazon e as redes sociais pelo Facebook, enquanto a Apple estabelecia o padrão para os dispositivos de interface que eram chamados “controles remotos para a vida digital de muitas pessoas”.
Mas não havia uma divisão ordenada de mercado entre as quatro. Google e Facebook competiam pelo domínio da propaganda online. O iTunes, da Apple e o Google Play desafiavam a Amazon nas vendas de conteúdo digital. Apple e Google brigavam pelo mercado de smartphones. Apple, Google e Amazon disputavam a televisão digital. O Google parecia ter vantagem em sistemas de pagamentos e atividades bancárias, mas a Apple viria logo atrás. Essas quatro empresas lutavam para estabelecer padrões e qualquer uma delas podia estabelecer o projeto dominante do marketing online.
A era moderna começa: a Amazon se torna lucrativa
O cenário contemporâneo da internet passou a se desenhar quando em 1995 a Amazon inicia suas operações com uma livraria online, registrando em 2001 um lucro de US$ 5 milhões. Em 2013 sua receita global subiu para US$ 57 bilhões e ela tornou-se a gigante do mundo de vendas de varejo online. Havia rumores de que a Amazon entraria no mercado de smartphones em 2014, com um produto que apoiaria o showrooming, em que clientes visitavam lojas físicas para comparar e experimentar produtos e então compra-los online.
Então veio o Google
Antes de 1998, a maioria dos usuários começava suas visitas à internet em portais como o Yahoo!, o AOL ou o MSN, da Microsoft. O Google era uma anomalia. Quando foi lançado em 1998, sua página oferecia apenas pesquisa e, portanto, não tinha receita. Sua página era só um projeto ilustrativo para mostrar o poder de seu algoritmo de pesquisa, que a empresa esperava licenciar para portais. Em junho de 2000, a estratégia logrou êxito quando o Yahoo! escolheu o Google como seu mecanismo de pesquisa.
Em novembro de 2000, o Google começou a vender propaganda de texto para anunciantes que queriam atingir consumidores que pesquisavam palavras-chaves. Chamou o serviço de AdWorks e determinou seu preço com uma função de número de pessoas que clicassem na caixa de texto. Em junho de 2003, introduziu o AdSense, que lhe permitia oferecer propaganda não apenas nas páginas de resultados de buscas do Google e de portais parceiros, mas em qualquer página relevante por toda a internet. Lançou um serviço gratuito de email, o Gmail. Em 2004 , o Google se pôs a escanear e indexar todos os livros do mundo. Froogle, Blogger, Picasa, um serviço de agenda e um tradutor começaram a derivar de uma combinação das equipes de desenvolvimento de produto e de aquisições do Google.
O Google fez uma imensa aquisição de conteúdo em outubro de 2006, quando comprou o YouTube por US$ 1,65 bilhão. O YouTube não cobrava usuários por uploud ou por visualização, mas obtinha receita com. Mais tarde, a página apresentou canais de conteúdo premium, o que passou a posicionar o YouTube como um concorrente da televisão a cabo. Em abril de 2007, o Google fez uma aquisição agora para melhorar a eficiência da exposição da propaganda ao invés de seu escopo: comprou o DoubleClick, a plataforma dominante de exposição de propaganda online, por US$ 3,1 bilhões. Numa tendência similar, comprou mais tarde o AdMob, o servidor dominante de anúncios para dispositivos móveis.
Logo, o Google comprou a ITA, cujo software buscava assentos aéreos, em 2011 e começou a servir uma matriz de voos e informações de tarifas a passageiros e recebia uma taxa de afiliação de páginas de viagens quando as pessoas clicavam para reservar vôos. O Google então definiu um caminho, lançou o sistema operacional de telefone móvel Android em novembro de 2007. Em agosto de 2011, fez sua maior aquisição, pagando US$ 12,5 bilhões pela Motorola Mobility. Essa compra lhe permitiu construir telefones como prova do conceito para o sistema operacional Android.
Em Novembro de 2011, a empresa lançou o Google Play, um serviço online de armazenamento de música e de compra com funções similares elementos iTunes. Na mesma época, lançou o Google Wallet, que permitia usar o smartphone como um sistema de pagamento. Lançou também o Google+, uma rede social integrada com suas ofertas de pesquisa, foto e vídeo. No fim de 2012, apesar de mais de uma década de inovação rápida para além da pesquisa, o Google ainda obtinha a maior parte de seus lucros da pesquisa.
A Apple entra na economia da internet
A Apple Inc. foi fundada em 1976. Em 2004, sua capitalização de mercado era de US$ 8 bilhões, mas de janeiro de 2009 ao início de 2013 cresceu de US$ 75 bilhões para US$ 600 bilhões, tornando-se a empresa de capital aberto dos EUA mais valiosa de todos os tempos. O cofundador Steve Jobs retornara para liderar a empresa em 1997, depois de um período exilado. O iPhone foi lançado em 2007 e o iPad em 2010. Embora em 2012 a receita dependesse muito das vendas desses dois aparelhos o otimismo com as vendas parecia se apoiar mais na elegância e na falta de emendas da integração dos aparelhos com a internet do que em seu sucesso como fabricante de dispositivos.
Embora o Android do Google fosse o sistema operacional internacionalmente dominante, instalado em 72% dos telefones vendidos no terceiro trimestre de 2012, a Apple vencia o Google em acesso móvel e e-commerce. Em 2012, o iOS era o que a maioria das pessoas dos EUA usavam para acessar a internet móvel, contra menos de 20% dos aparelhos Android no mercado. E na batalha com o Google por pesquisa, Siri, a ferramenta de voz de pesquisa da Apple, impunha um desafio. Além disso, aplicativos de smartphones, ou apps, tinham um papel importante no marketing online e de todos os apps baixados desde que a Apple e o Google começaram a distribuí-los, na segunda metade de 2008, a Apple era a fonte de 60%.
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