Resenha: Fundamentos da Teoria Crítica
Por: Jonathan Domingues • 19/4/2018 • Resenha • 718 Palavras (3 Páginas) • 506 Visualizações
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Graduação: Administração
Teoria Geral da Administração
Professora: Naiara Tavares da Silva
Aluno: Jonathan Domingues de Souza da Mota Data: 22/01/2018
Resenha: FARIA, José Henrique de. Os fundamentos da Teoria Crítica: uma introdução. In: FARIA, José Henrique de (Org). Análise Crítica das teorias e práticas Organizacionais. São Paulo: Atlas, 2007, p. 01-20
José Henrique de Faria produziu pesquisas nas áreas de Economia Política do Poder em Estudos Organizacionais e de Epistemologia Crítica do Concreto, Metodologia e Teoria que realizam uma crítica ao sistema capitalista pelo uso notória de mecanismos de controle ao qual o ser humano está sujeito no trabalho.
Os estudos nas áreas da administração e de organizações apresentaram importante evolução com a expansão das áreas tradicionais, a diminuição do business puro nas pesquisas e a influência de autores de áreas diversas possibilitou uma formação multidisciplinar na Teoria Crítica e da Economia Política do Poder.
A Teoria Crítica é uma teoria não apenas da economia, mas também do poder. A análise das organizações necessita desvendar o mundo do poder e as formas de controle que o mesmo requer para se sentir autorizada a compreender essas organizações e suas finalidades. As organizações são construções sociais dinâmicas e contraditórias, nas quais convivem estruturas formais e subjetivas, manifestas e ocultas, concretas e imaginárias.
O problema de uma teoria crítica então, consiste em esclarecer em que medida as instâncias obscuras, que se operam nos bastidores organizacionais, nas relações subjetivas e no inconsciente individual, e manifestas, inclusive e especialmente as inerentes ao regramento e às estruturas, dão conteúdo as configurações do poder nas organizações.
A Teoria Crítica não é completa e definitiva, mas sim pretende denunciar a repressão e o controle social a partir da constatação de que uma sociedade sem exploração é a única alternativa para que se estabeleçam os fundamentos da justiça, da liberdade e da democracia. Sua principal característica é a fundamentação em critérios específicos para análise social, questionando e transformando a realidade social. O individualismo possessivo, uma concepção na qual o centro do mundo deixa de ser coletivo e passa a ser individual é combatido pela Teoria Crítica.
Críticas teóricas, abordagem crítica ou estudos críticos são distintos da Teoria Crítica caracterizada por seis categorias analíticas gerais, sendo essas: contradições, ideologia dominante, racionalidade dominante, contexto social histórico, emancipação e conscientização individual e coletiva.
A Teoria Crítica busca as relações internas e externas de poder, manifestadas em suas formas de controle e em sua ação mediadora de objetivos e desejos, e em sua inserção dinâmica e contraditória na sociedade globalizada, no estudo das organizações. Devido sua posição contrária aos interesses dominantes, é classificada como radical, no sentido pejorativo, na tentativa de desqualifica-la. A Economia Política do Poder é, portanto, a forma que assume a Teoria Crítica, fundada em uma dialética materialista interdisciplinar, nos estudos sobre organizações, analisando os ambientes externos e internos, e suas interações com a totalidade social.
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