Resenha Gestão em Compras

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO DE OPERAÇÕES, PRODUÇÃO E SERVIÇOS.

Resenha Crítica de Caso

Heitor Fernando Kruschewsky Neto

Trabalho da disciplina Gestão Estratégica de Compras e Fornecedores

                                                   Tutor: Prof. MARILIA DE SANT ANNA FARIA

Salvador

2019

PRÁTICAS DE COMPRAS NO JAPÃO E NOS EUA

Referências: AUTOR: PROFESSOR JAMES R. FREELAND E HAROLD LEE ASHBY, COPYRIGHT  1989 PELA UNIVERSITY OF VIRGINIA DARDEN SCHOOL FOUNDATION, CHARLOTTESVILLE, VA.

Esta resenha é uma demonstração de resultados de um estudo realizado a um conjunto de empresas americanas e japonesas em relação às práticas de compras e ao relacionamento entre compradores e vendedores com ênfases especiais no sistema de compras JIT onde pudemos identificar que tanto as empresas Americanas quanto as Japonesas usavam JIT (Just In Time) para compras de determinadas peças e não usavam KANBAN para realizar seus pedidos, ambas as empresas tem a cultura de bom relacionamento com os compradores e vendedores com a finalidade de manter a troca de informações entre eles. O sistema Just In Time e o conjunto de técnicas e conceitos para evitar desperdícios e perdas no processo de compra, as características de este sistema de compras são difíceis de definir, por tanto a melhor maneira de entender é realizar comparações com o sistema convencional de compras onde podemos perceber que o sistema JIT e mais compacto, as entregas dos pedidos são menores, em lotes pequenos e são realizadas mais frequentemente e conforme o cronograma de produção também acostuma a trabalhar com menos fornecedores que no sistema convencional e para determinadas peças trabalham com Fonte única de esta forma controlam um inventario bem reduzido e com peças de qualidade todo isto graças a troca extensiva de informações entre os setores de compras e produção e importante que para que uma empresa use o JIT deve existir uma excelente comunicação entre os engenheiros de design, produção e os professionais de compras que a sua vez trabalha em conjunto com os fornecedores para reduzir custos do mesmo e finalmente reduzir os preços também para evitar erros no processo que possam impactar a produção. Para o estudo do caso em particular foram entrevistadas 10 empresas (5 Americanas e 5 Japonesas) onde foi percebido que a maioria delas operavam em JIT para determinadas peças geralmente existem vários critérios como o tamanho físico, peças maiores requerem de mais espaço para estocagem, operadores de empilhadeiras e equipamentos para traslado das mesmas dentro da fábrica, Custo do item comprado, quanto maior e o custo do item maiores são as despesas com seguros, impostos, armazenamento. Proximidade geográfica do fornecedor, critério basicamente considerado pelas empresas americanas devido a extensão do país onde a distância pode impactar as entregas JIT, para isto algumas empresas americanas pressionam os fornecedores para construir centros de distribuição de peças próximos as fabricas o que consequentemente aumenta os custos para os fornecedores. Por outro lado existe o sistema de cartões KANBAN que não é mais que uma das muitas formas de programar e iniciar ordens de compras que pode ser usado para a fabricação JIT, no estudo em questão das empresas japonesas apenas a Toyota usava cartões KANBAN em quanto a Roland usava um programa de planejamento de requisitos de material (MRP) onde eram definidas datas de entregas, tamanhos de lotes e número de peças as ser entregues que era atualizado todo mês. Na contraparte americana o uso de KANBAN era apenas para peças selecionadas, mesmo assim o MRP quase nuca era usado para gerenciar os itens JIT, já que dificultava o gerenciamento efetivo dos mesmos devido a que a atualização do MRP da empresa era feita a certo tempo o que impossibilitava qualquer tipo de ajuste no cronograma de entregas. As Firmas Americanas separaram o MRP do cronograma e o pedido de peças JIT e definiram algumas condições para ser implantada nas compras JIT, como: O JIT foi usado para um número selecionado de peças, de tamanho grande, de custo relativamente alto e que foram produzidas localmente. Diminuindo o armazenamento de peças até uns 60 por cento. Formam estabelecidos sistemas especiais para gerenciar as compras JIT e a relação fabricante – fornecedor, e apenas monitorados constantemente no cronograma MRP, mais apenas para controle gerencial. O Sistema MRP era implantado para gerenciar os pedidos de peças pequenas e de baixo custo – prioridade as quais representavam até os 90 por cento das peças compradas, mas apenas até os 20 por cento do volume de dólar total. Outro ponto destacado neste estúdio das práticas de compras foi o uso ou não de fonte única de fornecimento, para as empresas americanas a fonte única traz muitas vantagem na implementação das compras JIT, em quanto as empresas japonesas não concordavam com sus contrapartidas americanas já que defendiam o uso de fontes múltiplas para garantir preços competitivos e a qualidade dos produtos, também para garantir que a demanda não excedera a capacidade de um único fornecedor optaram por fonte múltiplas e em caso de que algum lote de peças for entregue com defeitos tenderiam alguma garantia de fornecimento de reserva por parte de outro fornecedor. De esta forma para as empresas Japonesas a fonte única não era relevante para implementação do JIT, por outro lado os gerentes das empresas americanas contrastaram com as empresas japonesas devido a que eles consideravam a fonte única fundamental para o sucesso na implementação do JIT, baseando-se em que de essa forma facilitaria a parceria e o trabalho entre o fornecedor e o fabricante e este a sua vês poderia ter mais poder na negociação de descontos devido à os volumes altos de pedidos, facilitaria a fonte do problemas de qualidade já que apenas há uma fonte de fornecimento, quando o design ou os produtos são personalizados ou produtos proprietários o fornecedor também pode distribuir o custo de maquinarias e equipamentos específicos para atender determinado fabricante com outras unidades de produção este e um dos motivos pelos quais as empresas americanas usam a fonte única para ajudar a reduzir os custo do fornecedor. Ao contrário das empresas japonesas que usam peças padronizadas permitindo assim o uso de fontes múltiplas. Indiferentemente dos motivos das empresas pela preferência de fontes únicas o múltiplas não há um relacionamento consistente ente a fonte única e o JIT. Para que uma empresa possa implementar um sistema de compras JIT bem sucedido deve fazer um processo de escolha e qualificação dos fornecedores seja para fontes únicas ou múltiplas e as empresas no nosso caso de estudo concordaram tanto as que usavam o sistema JIT quanto as que não usavam o JIT, que tinham que ser avaliados os procedimentos de controle de qualidade do fornecedor, particularmente nos fabricantes JIT onde qualquer falha na qualidade do fornecedor poderia impactar a produção inteira de uma fábrica devido a no manter estoques. Para isto ser possível o fornecedor teria que passar por avaliações no seus níveis de qualidade tanto de seus produtos quanto de seus procedimentos sendo os segundos o alvo de controle mesmo após o fornecedor ser escolhido o fabricante trabalhara conjuntamente com os fornecedores para melhorar seus procedimentos e detectar possíveis falhas nos mesmos antes de que as entregas JIT possam realmente começar, uma vez que sejam avaliados os procedimentos o fabricante deve ter certeza que o fornecedor está capacitado de atender a demanda e cumprir os prazos de entregas, especialmente quando o e para um fabricante JIT. Determinando fatores como a frequência da produção do fornecedor e inventários do mesmo e a proximidade do fornecedor com o fabricante. Com a intenção da manter uma continua redução de custos deve ser avaliado também o comprometimento dos fornecedores para cortar custos de produção e entrega e assim poder oferecer reduções de custos para o fabricante, sem afetar a sua situação financeira e o mesmo possa se manter no negócio de maneira estável. E por este motivo que tanto empresas Japonesas quanto americanas acostumam a estabelecer contratos de curto prazo e de forma informal, para poder realizar ajustes nos preços constantemente e ter mais flexibilidade no relacionamento fabricante – fornecedor de acordo com as mudanças do mercado. Para a implementação do sistema de compras JIT e necessária deve existir uma troca de informações que de acordo com o estudo em questão todas as empresas relataram que enviaram um cronograma de produção para os fornecedores pelo menos mensalmente e até com mais frequência o que é vital para as empresas com uma produção JIT assim como também dados sobre o controle de qualidade são de extrema importância nos sistemas de produção JIT já que qualquer entrega com falhas pode impactar nas operações da mesma, neste ponto as empresas japonesas acostumas a enviar engenheiros de produção de controle de qualidade fazendo visitas ao fornecedor com a intenção de melhorar os procedimentos de qualidade e evitar erros que venham a incorrer em possíveis atrasos nas entregas, ao contrário das empresas americanas que mesmo enviando os cronogramas de produção não tinham cultura de visitas a os fornecedores para controle da qualidade, apenas era enviado algumas ações corretivas para direcionar peças já produzidas com problemas. O sistema de produção Just in time (JIT) aporta vários benefícios, para as empresas analisadas os gerentes de compras inesperadamente relataram que o maior benefício que as suas empresas tiveram foi a melhoria na qualidade das peças deixando a redução dos inventários em outro plano também citaram outros benefícios como a melhoria do relacionamento com os fornecedores e clientes, menor tempo de entrega e maior produtividade. Embora existam muitas empresas que estão criando o sistema JIT podemos perceber que ainda existe a dúvida sim este sistema e apropriado para todas as empresas em todos os ambientes de negócios já que existem situações donde e muito difícil ou inapropriado programar o JIT, as empresas do caso de estudo que operam em JIT tiveram aumento consistente nas vendas e a produção em alto volume embora o número de produtos seja limitado e tenham outras restrições as mudanças de modelo. Por outra parte as empresas não JIT tinham como características o alto índice de produção errática mais com inúmeras opções de produtos, a produção de volume muito baixa e tempos de espera muito longos. Em conclusão de todas as empresas consideradas para este estudo várias se declararam implementando JIT embora não seja implementado para a compra de 100 % das peças, raramente estas compras eram gerenciada pelo sistema MRP e não existe uma regra de usar fonte única para a implementação do JIT, o que realmente e importante para criar um sistema JIT e melhorar constantemente a qualidade mantendo uma excelente comunicação entre o fornecedor- fabricante com a intenção de facilitar o processo e reduzir custos com inventários desnecessários.

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