Resenha : Lealdade de Moralidade
Por: Juliana Bié • 24/4/2018 • Resenha • 829 Palavras (4 Páginas) • 363 Visualizações
Resenha 4
Lealdade de Moralidade
Segundo SROUR (2013), ao se falar de moral é falar de dilemas, de interesses conflitantes toda relação moral implica escolhas, algumas tão difíceis que nos levam à catatonia. No termo de moral não há neutralidade possível, é preciso posicionar-se. Em termos práticos, toda decisão pode beneficiar alguns em detrimento de outros, deve-se beneficiar alguns sem prejudicar outros ou ainda beneficiar todos. Segundo o autor, cabe uma pergunta: como fazer para superar as inúmeras linhas divisórias que demarcam o espaço social, como se definir entre as diferentes lealdades que nos dividem? Para o mesmo, a saída consiste em fazer escolhas que interessem a todos, praticar atos em frente a comunidades, união de todos para a resolução de conflitos.
As morais tem caráter concreto e real. Moral, segundo SROUR (2013), é um sistema de normas culturais que pauta as condutas dos agentes sociais de uma determinada coletividade e lhes diz o que é certo ou o que não se deve fazer. Ademais, depende da adesão de seus praticantes aos pressupostos e valores que lhe servem de fundamentos, reflete um posicionamento diante das questões polêmicas ou sensíveis e constitui discurso que justifica interesses coletivos.
As morais, de acordo com SROUR (2013), são consciências das culturas ou dos imaginários sociais, peças que armam as identidades organizacionais, códigos genéticos das condutas sociais requeridas pelas coletividades. Enquanto as morais correspondem às representações mentais que dizem aos agentes sociais, a ética diz respeito ao estudo das morais e dessas na práticas efetivas.
Por que então, as normas sociais são acatadas Três são as respostas, como o temor e a submissão dos agentes diante da ameaça representada pelas restrições que a coletividade pode exercer sobre eles, como caracteriza as normas jurídicas; a adesão devido a necessidade de se identificar e pertencer a uma coletividade e a consciência de que a vida em sociedade requer que se respeitem regras de interesse comum, fruto da socialização ou da reflexão.
As normas jurídicas dispõem de sanções sobre o corpo ou sobre a vontade dos sociais visando “limitar” os agentes. Correspondem a formas de intimidação, multas, exclusões, reclusões, privação de determinados direitos. Estão firmadas pela ação do poder político, isto é, pelo monopólio de violência do Estado. Sua ação repousa nos efeitos da coação externa, cujo caráter é imperativo e obrigatório. As normas jurídicas guardam semelhança com as normas administrativas, cujas sanções são disciplinares (advertências, suspensões e demissão), as mesmas imperam nas empresas, sendo impositivo, com o propósito de enquadrar os funcionários.
As normas morais e éticas de acordo com SROUR (2013), implicam a aceitação voluntária dos agentes, exigem seu consentimento. Também é possível observar nas mesmas sanções contra quem as desrespeita: ainda que estejam destituídas do caráter físico da repressão, têm natureza imaginária, cultural. Essas normas têm como característica a censura que recai sobre quem transgride suas pautas, visando dissuadir os agentes de adotar determinados cursos de ação.
A eficácia da moral e da ética reside na coação interna, na disciplina da consciência, nos padrões inculcados pelos agentes sociais; na reflexão que convalida a convivência social.
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