Resenha Objetivos Organizacionais e Ambiente - Thompson e McEwen
Por: sepesaraiva • 9/6/2020 • Resenha • 785 Palavras (4 Páginas) • 613 Visualizações
Teoria Geral da Administração
Resenha: THOMPSON, J. D.; McEWEN, W. J. Objetivos organizacionais e ambiente. In: ETZIONI, Organizações complexas. São Paulo: Atlas, 1971.
Nas organizações complexas, muitas vezes, o objetivo traçado inicialmente pela a administração, com base em dados e relatórios, se mantém fixo e a análise de desempenho é realizada com base nesses objetivos. A fixação desses objetivos é um problema de definir as relações desejadas entre a organização e seu ambiente, e qualquer mudança em um desses fatores deveria acarretar em sua adaptação. Por exemplo, a metamorfose contínua entre mercado e produto, demandas populacionais e órgãos governamentais. Ou seja, toda forma de organização precisa, eventualmente, modificar seus objetivos para se readequar ao ambiente em que está inserida.
Ambientes instáveis requerem uma maior atenção para a reavaliação de objetivos, porém isso não significa que organizações em ambientes estáveis estão livres desse problema. Além disso, organizações que oferecem produtos ou serviços facilmente identificável e mensurável, essa reavaliação pode ocorrer rapidamente, enquanto produtos intangíveis encontra maior dificuldade em mensurar a sua aceitabilidade e, consequentemente, de perceber inadequação de seus objetivos.
O controle do ambiente sobre a organização está presente de diversas formas, podendo ocorrer por meio de boatos e do ridículo em sociedades mais simples, ou contratos, meios jurídicos e regulamentos governamentais em sociedades complexas. Existem organizações que são totalmente dominadas pelo seu ambiente, enquanto outras o dominam, porém são poucas que se aproximam desses extremos. Assim, a maioria das organizações se situam entre esses extremos, necessitando-se de estratégias para se ajustar ao ambiente, podendo ser classificadas como competidoras ou cooperativas – essa última subdividida em negociação, co-opção e coalisão.
O processo de tomada de decisão constitui-se das quatro etapas seguintes: reconhecimento da necessidade ou oportunidade da decisão; análise da situação existente; identificação de diferentes cursos; avaliação das consequências de cada opção; e escolha da melhor solução.
A concorrência corresponde à rivalidade entre duas organizações por meio de um terceiro ente mediador (cliente, fornecedor, força de trabalho...). Em um livre mercado essa concorrência se mostra de maneira mais óbvia entre empresas que ofertam o mesmo produto ou serviço, mas mesmo o monopólio enfrenta concorrências, quando se avalia questões como matéria prima, força de trabalho e apoio de mercados financeiros.
Mesmo algumas organizações menos óbvias competem entre si de maneira mais sutil, como as Universidades que concorrem entre si, não apenas pela escolha dos alunos e dos mais qualificados, mas também por subsídio público, doações e apoio de fundações. Da mesma forma, escolas públicas concorrem pelas verbas e professores.
Portanto, as organizações enfrentam concorrência em uma rede complexa de relações sociais e financeiras, tentando influenciar a decisão dos terceiros com algum tipo de apelo ou oferta. Assim, a concorrência é um processo pelo qual a escolha de objetivos é afetada pelo ambiente, trabalhando como meio de eliminar organizações ineficazes ou que proporcionam bens e serviços não aceitos pela sociedade.
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