Os Objetivos organizacionais são satisfeitos na medida em que a empresa garante o atendimento

Benefícios

Para Marras (2010), denomina-se benefício o conjunto de programas ou planos oferecidos pela organização como complemento ao sistema de salários. O somatório compõe a remuneração do empregado.

Objetivos de um programa de benefícios

Um programa de benefícios atende normalmente a dois objetivos: o da organização e o dos indivíduos.

Os objetivos organizacionais são satisfeitos na medida em que a empresa garante o atendimento de necessidades básicas (higiênicas, conforme a teoria de Herzberg) e, portanto, auxilia na manutenção de baixos índices de rotatividade e de ausências, na boa qualidade de vida dos empregados, na redução do estresse, etc. Isso torna a empresa competitiva no mercado de trabalho.

O atendimento das necessidades dos indivíduos parte do pressuposto de que a empresa sabe o que é melhor para seus empregados, ao mesmo tempo em que carrega um forte tom de paternalismo ao fixar, de forma unilateral, o que um trabalhador necessita para garantir o nível mínimo de qualidade de vida.

Os benefícios e os serviços assistenciais são oferecidos ao empregado e consistem na compensação financeira indireta. Ao contrário do pagamento vinculado ao desempenho e de outros planos de incentivo, a maioria dos benefícios e serviços assistenciais é oferecida por uma organização aos trabalhadores desde que o admitem, independentemente do tempo de serviço ou do desempenho.

Por que o empregador concede benefícios e serviços assistenciais ao empregado?

Alguns empregadores oferecem esses programas por causa do mercado de trabalho, ou seja, para manter a organização competitiva em termos de recrutamento e retenção de empregados. Outros oferecem para manter o sindicato a distância ou devido a uma concessão obtida por meio de negociações sindicais. Outra razão muitas vezes apresentada para conceder benefícios e serviços assistenciais é a melhoria do desempenho dos empregados.4

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Benefícios

Planos flexíveis de benefícios

Os planos flexíveis de benefícios, adotados mais recentemente por organizações de países desenvolvidos, são aqueles em que os empregados têm a opção de escolher entre os benefícios disponíveis aqueles que acham mais interessantes. Esse modelo pressupõe uma empresa transparente, empregados responsáveis e uma relação aberta entre as partes, de forma a possibilitar análises e discussões sobre a relação custo-benefício para ambos.

Valores intrínsecos e extrínsecos

Um plano de benefícios pode atender a dois tipos de necessidades dos indivíduos:

1. necessidades intrínsecas; e
2. necessidades extrínsecas;

Necessidades intrínsecas

Necessidades intrínsecas são as internas, que nascem e florescem no interior do indivíduo e que são, em geral, de caráter psicológico.

Exemplos: necessidades sociais, de relacionamento, de status, entre outras. Podem ser supridas pela empresa graças a políticas sociais, valores culturais, práticas gerenciais e de outras formas, as quais privilegiam o atendimento desse tipo de necessidade de acordo com a tipicidade do ambiente, o momento vivido pela empresa e a intensidade das necessidades sentidas.

Necessidades extrínsecas

Necessidades extrínsecas são as externas, que têm origem no mundo externo do indivíduo e que lhe fornecem, em geral, a satisfação de fatores físicos.

Exemplos: incentivos financeiros, serviços, seguros, entre outros.

Essas necessidades são satisfeitas pelas empresas por meio de “pacotes” (conjuntos de benefícios), que, somados ao salário percebido pelo empregado, formam concretamente a sua remuneração.5

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Abrangência dos planos de benefícios

Os planos de benefícios e serviços assistenciais são planejados para auxiliar o empregado nestas três áreas de sua vida:

1. no exercício do cargo (gratificações, seguro de vida, prêmios de produção, etc.);
2. fora do cargo, mas dentro da empresa (lazer, refeitório, cantina, transporte, etc.);
3. fora da empresa, ou seja, na comunidade (recreação, atividades comunitárias, etc.).

Os planos de benefícios podem ser classificados de acordo com sua exigência, sua natureza e seus objetivos, conforme veremos a seguir.

Planos de benefícios – Classificação quanto à exigência

Quanto à exigência, os planos podem ser classificados como legais ou espontâneos.

Benefícios legais

São aqueles exigidos pela legislação trabalhista ou previdenciária ou por convenção coletiva entre sindicatos, tais como:

1. 13.º salário;
2. férias;
3. aposentadoria;
4. seguro de acidente do trabalho;
5. auxílio-doença;
6. salário-família;
7. salário-maternidade;
8. transporte;
9. horas extras;
10. adicional noturno.

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Benefícios espontâneos

São benefícios concedidos pela própria empresa, já que não são exigidos por lei nem por negociação coletiva. Incluem:

1. gratificações;
2. seguro de vida em grupo;
3. refeições;
4. empréstimos;
5. assistência médico-hospitalar diferenciada, mediante convênio;
6. complementação de aposentadoria.

Planos de benefícios – Classificação quanto a natureza

Conforme sua natureza, os benefícios podem ser classificados como monetários ou não monetários.

Benefícios monetários

São aqueles concedidos em dinheiro, pela folha de pagamento, gerando encargos sociais. Exemplos:

1. 13.º salário;
2. férias;
3. aposentadoria;
4. complementação de aposentadoria;
5. gratificações;
6. planos de empréstimos;
7. complementação de salário nos afastamentos prolongados por doença;
8. reembolso ou financiamento de remédios

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Benefícios não monetários

São oferecidos na forma de serviços, vantagens ou facilidades para os usuários. Exemplos:

1. serviço social e aconselhamento;
2. seguro de vida em grupo;
3. refeitórios;
4. clubes;
5. condução ou transporte de casa para a empresa e vice-versa;
6. assistência médico-hospitalar e odontológica;
7. horário móvel de entrada e saída.

Planos de benefícios – Classificação quanto aos objetivos

Quanto aos objetivos, os benefícios podem ser classificados como assistenciais, recreativos e supletivos.