Resenha do Administração de Marketing

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Universidade Veiga de Almeida - UVA

A1 (2/2) – Administração de marketing

Aluna: Ana Clara Vieira Lopes

Matrícula: 20191106449

Professor: Ronaldo Alipio da Costa Piloto

Rio de Janeiro

2021

No artigo Miopia em Marketing, o autor Theodore Levitt traz uma crítica as empresas que decidem focar grande parte da sua energia e recursos em investir apenas em seu produto já fabricado e não se atentam ao mercado, aos seus clientes e as necessidades e desejos que mudam com o tempo. Levitt acredita que quanto mais a empresa ouvir seus clientes a longo prazo, mais tempo ela conseguirá se manter estável no mercado.

Levitt critica vorazmente a relação afetiva que muitas empresas desenvolvem com seus produtos, não sendo capazes de perceber que muitas vezes, eles acabam ficando pra trás rápido demais e não se adequando mais ao mercado. Ele nos traz dois exemplos que costumavam ser bem sólidos nos anos 60, ano em que o artigo foi publicado, que são o das ferrovias e o das indústrias cinematográficas, ele diz seu declínio não se deu ao fato de outros segmentos terem tirado seus clientes e sim porque seus donos/investidores não se atentaram  as mudanças, não terem se adaptado a alternativas que surgiram e quando perceberam, era tarde demais para atender essa demanda.

Neste ponto podemos citar e confirmar o que Levitt diz, que não é apenas porque você é líder de mercado agora, que seu produto seja referência, que assim permanecerá. Enquanto não entendermos que a necessidade é gerada pelo cliente, muitas empresas ainda fecharão suas portas. Levitt também acreditava que dificilmente as empresas venham a falência por saturação de mercado, e isso acontece mais por falhas administrativas ou por falta de visão a longo prazo. Não necessariamente porque há mil empresas de salgadinhos no mundo, há saturação, mas se houver mil empresas e nenhuma delas tiver um diferencial e reinventá-lo com o tempo, acompanhando o mercado e as tendências, ai estará a problemática. O foco deve estar sempre em satisfazer o cliente, sempre.

Ciclo auto ilusório  -  Teodore também nos apresenta o que ele acredita que possa ser chamado de ciclo auto ilusório, que é composto por quatro condições:

Crença de expansão assegurado por população em expansão – Aqui se acredita que a população crescendo, existirá mais capital por pessoa, mas a gente bem sabe que as coisas não são assim, na verdade podemos até dizer que é quase inversamente proporcional.

Crença de que não existe produto substituto – Basicamente é o que diz o nome, é a certeza que nunca existirá algo para substituir seu produto, sendo que essa talvez seja uma das maiores miopias que possa existir, quando falamos sobre produtos. Por exemplo, uma água pode ser substituída por um suco e um suco pode ser substituído por um café.

Excesso de fé na produção em massa – Tratar tudo sem muita personalização e acabar tornando o seu próprio produto só mais uma cópia de tantos outros, perdendo assim a originalidade e até seu diferencial.

Cuidado com o produto – Quando falamos em cuidado com o produto, estamos falando sobre criar alternativas mais saudáveis para o que já fabricamos. Procurar tratar de forma mais sustentável e responsável a produção do item.

Para ilustrar este ciclo, Levitt já naquela época nos traz o exemplo da indústria petrolífera, que é muito atual ainda nos dias de hoje. Essa indústria acredita que não há  produto substituto em relação à gasolina e por isso continua voltando seus esforços apenas no produto em que produzem e não em estudar alternativas a ela, mais uma vez a empresa deixa de ter como foco o que o cliente busca como produto final, que é uma solução energética. Ele usa muito esse exemplo, uma vez que essa indústria já passou por maus bocados, conseguiu se reerguer, mas parece não ter aprendido com seus erros.