Resumo - Conhecimento e construção da cidadania

A universidade tem estado distante da sociedade e, com raras exceções,

não buscam aproximação. A sociedade se encontra frustada, muitas vezes por perceber que as universidades não cumprem o objetivo proposto, sendo a restrição de empregos e à perda de prestígio das carreiras profissionais de nível universitário um dos principais fatores que pesam na desvalorização da instituição.  A universidade brasileira precisa abrir as portas para a cidadania,  mobilizando pessoas para um debate profundo sobre as nossas desigualdades sociais,  sobre a afirmação de valores éticos na condução da vida pública, sobre o conceito de sustentabilidade que deve prevalecer entre nós, etc. Deve formar profissionais comprometidos com a proteção do meio ambiente,  com o consumo consciente, com o humanismo,  com os direitos humanos e com a liberdade de expressão.  A universidade precisa incorporar, na grade curricular das suas disciplinas e na definição dos problemas de pesquisa de que se ocupa as reais demandas da sociedade brasileira, fazendo retornar, com conhecimento e resultados práticos, o investimento e a confiança nela depositados.

O tripé básico em que se apóia uma universidade  ( pesquisa, ensino e extensão) deve contemplar a sociedade e nela os segmentos menos favorecidos. Uma universidade socialmente responsável é aquela que atenda a este compromisso.

O texto o “conhecimento murado” destaca bem os acontecimentos em torno das universidades ao longo dos últimos séculos, mostrando claramente que as mesmas viveram um período de atraso no final do século XIX, pois não enfatizava formação na área técnica e também não reconheciam inventores independentes, com isso o conhecimento técnico avançou indiferente a elas. No início do século XX perceberam que estavam se transformando em centro de estudos modernos e viram a necessidade de trazer para dentro de si as áreas do conhecimentos técnicos, como a engenharia e as ciências aplicadas. Já em meados do século XX  a universidade  estava tão transformada que os campos tecnológicos eram agora dominantes em relação aos campos tradicionais da filosofia, das artes e da literatura. No começo do século XXI  foi percebido que a  priorização do conhecimento tecnológico, mais uma vez, volta a cercear (limitar) o conhecimento de nível superior, impedindo os livres saltos do espírito humano em direção a um futuro libertário e com isso a universidade sofre hoje do mesmo problema que afligiu a ela própria, há um século.

O texto enfatiza também o fato de que atualmente tando as universidades quando os profissionais formados pelas mesmas devem se adaptarem as mudanças continuamente. A formação de um profissional no passado valia por um longo período ou até para a vida toda. Hoje em, dia as mudanças ocorrem rapidamente  e em todas as áreas de formação. Este fato está dando poder para centros de estudos internos a empresas e até mesmo independentes, os quais possuem muitas das vezes menos burocracia, com maior acesso a financiamento de estudos e pesquisas.

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