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Resumo: O que é psicologia organizacional - Silvia Lane

Por:   •  16/5/2017  •  Resenha  •  2.428 Palavras (10 Páginas)  •  628 Visualizações

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Disciplina: Psicologia Organizacional                  Período: 1º

         Resumo: LANE, Silvia T. Maurer. O que é Psicologia Social


         Silvia T. Maurer Lane começa o livro trazendo uma base do que é psicologia social e algumas questões polêmicas dentro desta área como: Quando  o comportamento se torna social e se são possíveis comportamentos não sociais nos seres humanos. Segundo a autora, a Psicologia Social tem um foco no estudo do comportamento dos indivíduos no que eles são influenciados socialmente. E isto acontece antes do nascimento, por influências históricas. Um  bom exemplo é a aquisição da linguagem . Todos os paradigmas aprendidos por um indivíduo, sendo bons ou ruins, são decorrentes da cultura histórica daquele grupo social.
         
Cada grupo social possui normas que regem a  relação entre os seus membros, e isso estabelece os papeis sociais. Com relação aos papeis sociais, podemos dizer que um completa o outro, e em relação a todos os papeis existem expectativas de comportamentos mais ou menos definidos.
          “O viver em grupos permite o confronto entre as pessoas e cada um vai construindo o seu eu nesse processo de interação, através de constatações de diferenças e semelhanças entre nós e os outros”. Assim, surge a individualidade, a identidade social e a consciência de si mesmo, que diferenciam/distinguem os indivíduos do restante do grupo. A identidade social representa um conjunto de papeis que desempenhamos.
          É preciso compreender que as condições sociais através da história pessoal determina a aquisição das características que nos definem, que os papeis sociais foram criados para garantir a manutenção das relações sociais necessárias para reproduzir as condições de produção da vida, realizando a manutenção da sociedade de classes.
         
“Quando encontrarmos as razões históricas da nossa sociedade e do nosso grupo social capazes de explicar por que agimos hoje da forma como fazemos é que estaremos desenvolvendo a consciência de nós mesmos.”

          “Assim a consciência de si poderá alterar a identidade social, na medida em que, dentro dos grupos que nos definem questionamos os papéis quanto a sua determinação e função histórica.”

           Esse processo não é simples, pois os grupos e os papéis que nos definem são cristalizados e mantidos por instituições bem aparelhadas capazes de anular ou amenizar os questionamentos e ações de grupo em nome da “preservação social”. Através da linguagem a experiência da prática sócio-histórica da humanidade se generaliza. Com isso foi possível o trabalho cooperativo, planejado que submete a natureza ao homem.

A linguagem assim deixa de ser apenas uma ação de falar e passa a corresponder a todo um conjunto de sinais, gestos, códigos e até rituais, que tenham por objetivos comunicar, dando caráter instrumental à Linguagem. Sendo assim, a linguagem surge para transmitir ao outro o resultado, os detalhes de uma atividade ou da relação entre uma ação e uma consequência. A linguagem é produzida socialmente; Pode se tornar, portanto, uma arma de dominação, e a contra-arma desse poder (instituído pela dominação de instituições e lideranças sociais) da palavra se encontra na própria natureza do significado: ampliá-lo (o significado), questioná-lo, pensar sobre ele e não, simplesmente, agir em resposta a uma palavra. Entre uma palavra e uma ação deverá sempre existir um pensamento para não sermos dominados por aqueles que detêm o poder da palavra. A linguagem permite ainda a elaboração de representações sociais. É através dela que acreditamos na nossa realidade e o fazemos de acordo com o nosso grupo social.

É através das relações  com os outros que elaboramos nossas representações do que é o mundo. A representação é o sentido pessoal que atribuímos aos significados que elaboramos socialmente. Porém em outros casos a representação ocorre através das imposições consideradas necessárias para a reprodução das relações sociais, ocorrendo assim a transmissão ou imposição da ideologia dominante. Obviamente, esta produção da ideologia não se dá conscientemente, mas sim em decorrência de uma visão da sociedade da posição de quem a domina e que a precisa justificar e valorizar sua dominação. Por isso é difícil termos consciência de nós, e termos assim consciência de classe.

Quando apenas reproduzimos as representações sociais que nos foram transmitidas, estaremos apenas reproduzindo as relações sociais necessárias para a manutenção das relações de produção da vida material em nossa sociedade. Somente quando confrontamos as nossas representações sociais com as nossas experiências e ações e com a de outros de nosso grupo social é que seremos capazes de perceber o que é ideológico em nossas representações e ações consequentes. Falar e fazer são distintos, só o fazer produz alterações sociais. Se falarmos, confrontarmos as representações de nosso grupo social com a realidade deste e grupo e mudarmos a nossa relação para com outros, estaremos transformando o falar em fazer.

A família é o grupo necessário para garantir a sobrevivência do individuo e por isto mesmo tende a ser vista como natural e universal  na sua função de reprodução dos homens. A instituição familiar é regida por leis e normas. Com relação ao indivíduo, em sua socialização primária, a família é responsável durante o processo de desenvolvimento do individuo pelo seu cuidar, até que este se perceba distinto dos outros e assim possa se identificar emocionalmente, criar uma representação do mundo que vive, sendo para este individuo criança, possível apenas um mundo. Na adolescência, esta visão única de mundo e de um sistema de valores será confrontada, no processo de socialização secundária.

Isso explica os conflitos entre pais e filhos, que ao contrário de serem naturais, sua origem está na relação destes filhos que descobrem novas visões de mundo e de seus pais que precisam manter o papel de poder representado socialmente. Sendo assim a família tende a manter-se conservadora, pois as relações de poder que caracterizam os papéis familiares são sempre apresentadas como condições naturais, em vez de discutir os determinantes históricos.

A rebeldia dos jovens são expressões que retratam bem a existência de uma luta pelo poder, que na sociedade humana se refere não a sobrevivência da espécie e sim à manutenção do poder de alguns, na sociedade, para a preservação desta.
          Da mesma forma que a família, a educação também é institucionalizada. Sua estrutura de disciplinas é programada para cada série, e no fim de cada período é dado um veredito, aprovado ou não. Esta estrutura irá determinar como se darão as relações sociais na escola, entre alunos e entre professores e alunos. O poder de aprovar e reprovar já coloca o professor nem posição de dominação inquestionável.

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