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Resumo Sobre "Psicologia, Uma (nova) Introdução" (FIGUEIREDO, LC; SANTÍ, PLR . 2ª ed. São Paulo: Educ, 2006)

Por:   •  2/8/2023  •  Resenha  •  536 Palavras (3 Páginas)  •  92 Visualizações

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A Psicologia Científica surgiu com o objetivo de compreender a subjetividade privatizada do ser humano. Cada indivíduo é único, livre para pensar e sentir de forma independente. Por meio de análises socioculturais de obras de arte ao longo da história, é possível perceber como a sociedade e a cultura influenciam na formação do nosso mundo subjetivo. No entanto, a crise da subjetividade privatizada ocorre quando nos damos conta de que não somos tão livres e diferentes como imaginávamos. Essa crise é importante para a formulação de projetos em Psicologia Científica, pois nos leva a questionar e explorar mais a fundo as complexidades da mente humana.

No livro "Psicologia: uma (nova) introdução", os autores apresentam uma visão panorâmica e crítica da psicologia como ciência independente. A ideia de criar uma psicologia científica surgiu apenas na segunda metade do século XIX, quando surgiram estudiosos que buscavam estabelecer um território próprio para os estudos psicológicos. No entanto, a psicologia enfrentou dificuldades, uma vez que os grandes sistemas filosóficos já abordavam conceitos relacionados ao que hoje faz parte do domínio da psicologia científica. Além disso, os temas psicológicos estavam dispersos em especulações filosóficas, ciências físicas, biológicas e sociais. O principal desafio para a psicologia era seu objeto de estudo, a psique, que não se apresenta como um objeto observável, dificultando sua aplicação dentro dos princípios do positivismo. Embora a psicologia tenha estabelecido faculdades e institutos de pesquisa próprios, ela continuou a se desenvolver estabelecendo relações cada vez mais estreitas com as ciências biológicas e sociais. Essa interdependência pode justificar a visão inicial de Auguste Comte de que não há lugar para uma psicologia independente. No entanto, atualmente percebe-se a necessidade de uma abordagem mais integrada, que respeite a multiplicidade de ângulos e abordagens no campo da psicologia.

Além disso, o surgimento da Psicologia como ciência no século XIX foi impulsionado por duas pré-condições socioculturais: a experiência da subjetividade privatizada e a crise dessa subjetividade. A subjetividade privatizada se manifesta quando sentimos que parte de nossas experiências é íntima e que mais ninguém tem acesso a ela,

valorizando a privacidade como forma de sermos livres para decidir nosso destino. Por outro lado, a crise da subjetividade ocorre em situações em que uma tradição cultural é contestada e surgem novas formas de vida, nas quais os indivíduos são

obrigados a tomar decisões sem o apoio da sociedade, recorrendo com mais frequência à sua própria consciência.

Essa crise leva ao desenvolvimento da reflexão moral e ao surgimento da tragédia como gênero artístico, no qual o indivíduo se encontra em conflito entre duas obrigações igualmente fortes, mas incompatíveis, levando-o a questionar o que é

certo e errado. Além disso, surgem novos sistemas religiosos que enfatizam a responsabilidade individual e atribuem mais valor à consciência e às intenções do que aos atos e obras em si.

Esse movimento em direção ao aprofundamento da experiência subjetiva privatizada não foi linear e variou em diferentes sociedades ao longo dos séculos. No entanto, atualmente, a experiência da subjetividade privatizada tornou-se cada vez mais determinante para a consciência que os seres humanos têm de sua própria existência. Nossa compreensão da subjetividade e da psicologia como ciência continua a evoluir, levando em consideração tanto as influências socioculturais como as complexidades individuais.

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