Sonho grande e RH
Por: Odilia Cavalcanti • 20/9/2016 • Trabalho acadêmico • 2.443 Palavras (10 Páginas) • 305 Visualizações
- JUSTIFICATIVA
O livro escolhido foi Sonho Grande escrito por Cristiane Correa, ela narra à história de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, três empreendedores brasileiros conquistaram o mundo. Os três brasileiros, em pouco mais de quatro décadas, transforam uma simples corretora financeira em uma das maiores empresas mundial. Diante dessa trajetória tão bem sucedida, desperta algumas curiosidades tais como: Como foi o processo de construção desse império? Como é gerir empresas de ramos diferentes? E a pessoas que trabalham nelas? A cultura é a mesma?
Para a definição do livro uma pesquisa foi realizada para verificar se Sonho Grande atenderia todos os quesitos para o desenvolvimento do trabalho, durante o estudo foi verifica que os três empreendedores têm uma forma de gestão que é seguida a risca por seus colaboradores e baseia-se na meritocracia, simplicidade e busca constante por redução de custos.
Uma cultura tão eficiente, que não há espaço para o desempenho mediano. Aquele que traz resultados excepcionais tem a chance de se tornar sócio de suas companhias e fazer fortuna.
Sonho grande relata muito bem , com detalhes os bastidores da trajetória desses empresários desde a fundação do banco Garantia, nos anos 70, até os dias de hoje.
- RESUMO DA OBRA
O livro Sonho Grande escrito por Cristiane Correa em 2013 é uma biografia não autorizada de três grandes empresários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. Esta obra narra à história deles desde a fundação do Banco Garantia até os dias de hoje.
Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira ergueram, em pouco mais de quatro décadas, o um império brasileiro e ganharam uma importância no cenário mundial. Nos últimos cinco anos eles compraram nada menos que três marcas americanas conhecidas: Budweiser, Burger King e Heinz. A fórmula de gestão que desenvolveram, seguida por seus funcionários, baseia-se na meritocracia, simplicidade e busca incessante por redução de custos. Uma cultura tão eficiente quanto implacável, em que não há espaço para o desempenho mediano. Por outro lado, quem traz resultados excepcionais tem a chance de se tornar sócio de suas companhias e fazer fortuna.
Os três são os maiores acionistas de três grandes marcas dos Estados Unidos: a cerveja Budweiser, a rede alimentícia Burger King e a fabricante de condimentos Heinz. A Budweiser é uma das cerveja produzidas pela AB Inbev, que controla a brasileira Ambev, que fabrica também as cervejas Brahma, Antarctica, Skol, Bohemia e Stella Artois
O início de tudo aconteceu na Universidade Harvard e no banco Garantia. Jorge Paulo Lemann desembarcou em Cambridge — cidade do Estado de Massachusetts (EUA) onde se localizam grandes universidades, como o MIT — para estudar economia. Contudo, o surfista e tenista Lemann era pouco afeito aos estudos. Depois de quase ser expulso, o garoto decidiu levar a sério e com 20 anos deixou a universidade com o objetivo de ganhar dinheiro.
Foi assim que Lemann, baseado nos pilares meritocracia, gente boa, corte de custos e melhoria contínua, no início da década de 1970, empreendeu a compra de uma pequena corretora do Rio de Janeiro chamada Garantia. Sempre à busca de “gente boa” — como chamava os jovens que queriam trabalhar muito e ganhar dinheiro. Ele os classificava de PSD,( sigla em inglês para pobre, esperto, com grande desejo de enriquece), o então economista desenvolveu a corretora até que ela se tornasse um banco de investimentos.
A cultura do Garantia funcionava da seguinte forma: pagava salários abaixo do mercado, mas os bônus podiam chegar a quatro ou cinco salários extras, desde que os funcionários batessem suas metas. A regra era simples: trabalhe bem e será recompensado. Lemann pensava que só assim todos dariam o melhor de si para fazer a instituição crescer. E com o desenvolvimento, após a abertura do capital na Bolsa de Valores, os melhores servidores começaram a ganhar ações do banco.
Essa cultura permitiu que dois funcionários se tornassem os principais sócios, ao lado de Jorge Paulo Lemann. Marcel Telles e Beto Sicupira eram os funcionários com maior produtividade no Garantia e, por isso, acabaram formando o triunvirato conhecido hoje como os empresários de maior sucesso no Brasil.
De banqueiros a empresários Jorge Paulo Lemann analisou à distância a possibilidade de investir em empresas que pudessem trazer grandes retornos financeiros depois de passarem por um choque de gestão. Ele adorava o universo financeiro e as possibilidades de ganhos extraordinários.
Assim, no início da década de 1980, o Garantia adquiriu a rede varejista Lojas Americanas. Mas não foi Lemann a assumir a gestão da empresa e, sim, o sócio Beto Sicupira. O primeiro continuou à frente do banco. Nessa época a Americanas passava por dificuldades e o que Sicupira fez foi dar outro rumo à empresa com a ajuda de outro conceito do grupo: para que começar do zero se é possível aprender com os melhores do mundo. Foram buscar a experiência com Sam Walton do Walmart. No dia do encontro, a recepção não poderia ser mais simbólica: o empresário os recebeu de boné, roupa casual, em uma picape modesta. Eles não apenas imitaram o modelo de gestão da gigante americana – focada em controle total de custo e meritocracia – como se encantaram com os hábitos simples e o jeito modesto de Walton. Nascia ali uma amizade que duraria muitos anos e influenciaria para sempre o jeito de fazer negócios do trio. “Custo é como unha, tem que cortar sempre”, costuma dizer Beto Sicupira. Em meados dos anos 1990, a rede Lojas Americanas já era a maior do setor varejista no País.
Na década de 90 no Brasil nada se tinha em relação à gestão. O trio havia assumido o comando da Brahma , uma empresa que possuía uma marca forte, mas que era mal gerenciada. Ao assumir a consultoria, Falconi pôs em prática um plano que se resumiria à sigla em inglês PDCA – plan-do-check-act (planejar-fazer-checar-agir). Nascia ali o que seria conhecido até hoje como o modelo Ambev de gestão. Dessa vez, o indicado a gerir a empresa foi Marcel Telles. Com os mesmos conceitos, o empresário fez a centenária cervejaria sair do buraco e se tornar a principal do ramo no Brasil já início da década seguinte. Com pessoas devidamente qualificadas e com “faca no dente”, Telles conseguiu empreender a “guerra das cervejas”, que alcançou seu auge em 1994, ano de Copa do Mundo. A principal rival, a Antarctica, era até então a líder de mercado. Em 1999, o trio, que já tinha vendido o Garantia ao banco suíço Credit Suisse, conseguiu comprar a Antarctica, criando, assim, a maior empresa do Brasil: a Ambev, que nasceu detentora de 73% do mercado nacional. Contudo, o trio não se conteve em continuar crescendo, uma vez que pregavam a inovação e a meritocracia, o que proporcionava condições para que os funcionários crescessem. Se um banco com poucas dezenas de funcionários precisa estar em contínuo crescimento para que a cultura se mantivesse, imagina uma empresa com mais de 100 mil pessoas.
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