Teorias da Administração II .

Disciplina: Teorias da Administração II

Atividade: Atividade à Distância 1

Nome: Marília de Oliveira Gonçalves

Pólo: Bom Jesus do Itabapoana                       Matrícula: 15213110144

A leitura das unidades iniciais do livro-texto da disciplina permite avaliar que o estudo da administração foi se desenvolvendo com fulcro nas transformações econômicas, sociais e políticas das mais diversas culturas. Os indivíduos precisavam satisfazer suas necessidades, valendo-se, para tanto, da soma de esforços. A partir daí, surgiram as noções iniciais de organização.

Num primeiro momento, os autores procuram relacionar os termos conhecimento, ciência e administração, voltando-se para as escolas do pensamento da Administração. Preocupam-se em diferenciar senso comum e ciência, aduzindo que o primeiro corresponde a forma humana de interpretar o ambiente que nos cerca e a nós mesmos, na busca de soluções para problemas cotidianos, enquanto a segunda refere-se ao estudo sistematizado de algum objeto ou campo específico.

Posteriormente, diferem ciência básica (que procura explicar a realidade dos fatos de maneira ampla) de ciência aplicada (que utiliza conhecimentos advindos da ciência básica para buscar novos conhecimentos, exercendo controle sobre determinados setores da realidade), ressaltando que a Administração faz parte do campo das ciências sociais aplicadas. Nesse contexto, destacam ainda o conceito de paradigma, estabelecendo que este é responsável por estruturar a ciência, harmonizando os fenômenos ocorridos com a teoria.  

Cabe mencionar que a Revolução Industrial foi um evento histórico de suma importância para consolidação da Administração como área do saber. Àquela época, a nova concepção de trabalho transformou tanto a estrutura social, como também a comercial do mundo, o que resultou em modificações de ordem econômica, política e social. Ressalte-se que tal evento trouxe inúmeras inovações como a substituição do ferro pelo aço, do vapor pela eletricidade, o desenvolvimento de maquinaria automática e um alto grau de especialização do trabalho, o domínio da indústria pela ciência, novas formas de organização capitalista e expansão da industrialização. Isso sem falar nas profundas transformações no transporte e nas comunicações. Nesse diapasão, economistas liberais como Adam Smith, James Mill e David Ricardo também contribuíram para a consolidação da administração, na medida em que reforçaram a importância do planejamento e da organização como funções essenciais à mesma.  De forma simétrica, o Iluminismo, movimento caracterizado pela racionalidade crítica no questionamento filosófico, também denominado filosofia das luzes, ilustração ou esclarecimento, muito auxiliou nessa consolidação. Cumpre destacar ainda, influências de instituições como o exército e a igreja católica.

No que tange ao exército, a organização linear, a escala hierárquica e o princípio da unidade de comando foram cruciais para o desenvolvimento das teorias da administração ao longo do tempo. Isso porque remetem a um sistema no qual cada subordinado pode ter apenas um superior, o que é fundamental para o exercício da função de direção.

A igreja católica estruturou-se através de uma hierarquia de autoridade, sendo comandada por uma única pessoa, de maneira tão simples, satisfatória e bem sucedida, que acabou por influenciar estudos na área administrativa.  Por essa razão, muitas organizações passaram a incorporar princípios e normas utilizados por tal instituição. Desse modo, os autores recomendam a leitura da obra “A arte da Guerra”, de Sun Tzu, que se refere ao império chinês, com a narrativa de histórias metafóricas que podem ser empregadas contemporaneamente nas organizações.