Tomada de Decisão
Por: polly1 • 9/4/2015 • Ensaio • 1.673 Palavras (7 Páginas) • 412 Visualizações
Universidade Federal de Lavras – UFLA
Programa de Pós-Graduação em Administração Pública
Disciplina: Teoria das Organizações
Profª: Valéria da glória Pereira Brito
Ensaio 03 sobre os seguintes temas:
Cap. 04 (Denhardt) – Modelo racional de organização.
Cap. 07 (Denhardt) – Administração pública e o novo serviço público.
Cap. 04 (Morgan) – As organizações vistas como cérebros.
Cap. 05 (Morgan) – As organizações vistas como cultura.
Aluna: Pollyanna Lopes Mota
Matricula: 201516389
Lavras
2015
Tomada de Decisão.
Esse ensaio resolveu por focar em somente um dos aspectos que são comuns aos quatro capítulos lidos. Como o material lido é rico em informações, paradigmas, modelos, comparações e analogias, todos com enfoques diferentes, a opção por falar somente sobre o tema “Tomada de Decisão” vai trazer os diferentes pontos de vista desses enfoques dados por cada autor em cada um desses capítulos aprofundando assim o conhecimento em um ponto.
A Tomada de Decisão é um dos núcleos centrais da administração. Ela é a gestão da organização. É através de tomadas de decisão assertivas que uma empresa prospera. E é através de tomadas de decisão erradas que uma empresa pode quebrar!
Vamos começar a falar da Tomada de Decisão no Modelo Racional de Organização. Nesse modelo, descrito por Denhardt no capítulo 04, na tomada de decisão em uma organização os indivíduos devem fazer suas escolhas orientadas pelos interesses da organização e não por interesses pessoais.
Para, Morgan, capítulo 04, esse modelo mecanicista é baseado em informação e sistemas de tomada de decisão que são altamente pré-planejados. A ênfase é seguir o programado. Além disso, onde há grande divisão da estrutura em departamentos, das pessoas em cargos e hierarquia, existe menor chance de se questionar o que já se sabe porque esse tipo de organização está fragmentada, não se tem a visão do todo e ele é regido formalmente e duramente por normas, objetivos e conceitos bem definidos. Existe, também, uma tendência a amenizar os problemas que não possuem solução já que seus administradores objetivam só a certeza e recusam a incerteza.
Ainda de acordo com o Modelo Racional, Morgan cita Simon e sua teoria da racionalidade limitada que se resume no seguinte conceito: “As pessoas: a) usualmente têm de agir sobre bases de informações incompletas a respeito de possíveis cursos de ação e as suas conseqüências, b) são capazes de explorar somente um limitado número de alternativas relativas a qualquer dada decisão e c) são incapazes de dar acurados valores aos resultados. Na melhor das hipóteses, elas podem chegar somente a limitadas formas de racionalidade” (p.85). Ou seja, nossa racionalidade é limitada e, sendo assim, nossas decisões podem ser, no máximo, satisfatórias. É necessário fazer o melhor que se pode com o que se tem.
Um método usado para a Tomada de Decisão que se baseia na racionalidade limitada é o Método Incremental de Lindblom: não é possível se enumerar todas as opções possíveis, todos os objetivos e valores devido à racionalidade limitada. Então se trabalha com algumas propostas apenas, já conhecidas, reconhecidas e valorizadas e as mudanças nessas propostas são incrementais. “Assim o administrador simplifica e reduz o processo de escolha a proporções administráveis. Já não é preciso levar tudo em conta, como preconiza o modelo racional (p.115)”
O método incremental evita erros e facilita a conciliação de diversos interesses. Isso porque você dá passos sempre semelhantes ao que você já deu no passado e cujos resultados anteriores você já conhece. É uma evolução que não precisa resolver todos os problemas ou ser perfeita. Dessa maneira, a probabilidade de se corrigir os erros passados e de unir os diversos interesses é maior do que tentando algo extremamente novo com uma nova proposta.
Allison cita 3 modelos de tomada de decisão: “Racional”, “Modelo do Processo Organizacional” e “Modelo da Política Governamental”.
- Racional: estabelecimento de objetivos; projeção de alternativas; exame das conseqüências; decisão pela alternativa que maximiza os objetivos. Foca mais o meio que o fim.
- Modelo do Processo Organizacional: a tomada de decisão deve ser feita sempre por vários órgãos e/ou suas subdivisões.
- Modelo da Política Governamental: políticas resultantes da negociação entre indivíduos e grupos que tem interesses diversos e variados de poder. Vence o que for conseguido durante as negociações.
Essa linha de Alisson e Lindblom dão menos ênfase a racionalidade limitada e mais atenção aos fatores ambientais.
Outro modelo de tomada de decisão comentado por Morgan, capítulo 04, é o Cibernético: sentir/monitorar o ambiente → relacionar as informações encontradas com as normas operacionais programadas → detectar os desvios dessas normas → iniciar uma ação corretiva que faça diminuir a discrepância encontrada.
Mas esse modelo é limitado porque o sistema está sempre agindo de acordo com as normas preestabelecidas. Não possui a habilidade do auto-questionamento.
É nesse contexto que Morgan conceitua dois tipos diferentes de aprendizagem:
- Aprendizagem em circuito único: onde é detectado e corrigido o erro em relação a um conjunto de normas operacionais. Circuitos simples podem ser monitorados por sistemas. Exemplo: o de finanças, que monitora desvios grandes de comportamento da empresa.
- Aprendizagem em circuito duplo: questiona-se a relevância do que já se sabe. É o aprender a aprender: habilidade de permanecer aberto às mudanças que estão ocorrendo no ambiente.
E ainda nessa linha da aprendizagem, como falar dela e de tomada de decisão sem falar de informação. É através de dados, informações e conhecimento que se toma uma decisão. Esses conceitos são a grande chave para uma tomada de decisão com maior chance de acerto. Por isso, para Morgan, capítulo 04, “as atividades incertas requerem que maiores quantidades de informação sejam processadas entre os tomadores de decisão durante o desempenho da tarefa.” (p. 86).
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