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Trabalho de teoria

Por:   •  4/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.886 Palavras (8 Páginas)  •  286 Visualizações

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Teoria Estruturalista

Introdução

Ao final do ano de 1950, a Teoria das Relações Humanas entrou em declínio. Foi à primeira tentativa de introduzir as ciências do comportamento na Teoria Administrativa através da filosofia humanística e participativa. De um lado ela combateu a Teoria Clássica, mas por outro, não proporcionou bases adequadas de uma nova teoria que pudesse substituir. A oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das relações Humanas criou um impasse que a Teoria da Burocracia não teve condições de ultrapassar. A Teoria Estruturalista é um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma aproximação à Teoria das Relações Humanas, ela representa uma visão crítica da organização formal.

Origem da Teoria Estruturalista

A origem da Teoria Estruturalista está relacionada com o fato da divergência entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas.  Sendo elas incompatíveis, as características básicas da origem do estruturalismo são:

  • Oposição entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas: Tornou-se necessária uma posição mais ampla e compreensiva que abordasse os aspectos que eram considerados por uma e omitidos por outra e vice versa. A Teoria Estruturalista é a síntese da Teoria Clássica (formal) e da Teoria das Relações Humanas (informal), inspirando-se na abordagem de Max Weber, e até certo ponto nos trabalhos de Karl Max.
  • Necessidade de visualizar a organização com uma unidade social: Uma unidade grande e complexa, onde se interagem grupos sociais que compartilham alguns dos objetivos da organização – como viabilidade econômica da organização – mas que pode incompatibilizar com outros – como a maneira de distribuir os lucros da organização –. Nesse sentido, o diálogo maior entre a Teoria Estruturalista foi com a Teoria das Relações Humanas.
  • A influência do estruturalismo nas ciências sociais: O estruturalismo teve grande influência na Filosofia, Psicologia, Antropologia, Matemática, Linguística, chegando até na Teoria das Organizações.
  • Novo conceito de estrutura: o conceito de estrutura é bastante antigo, estrutura por sua vez é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece inalterado seja na mudança, na diversidade de conteúdos.  Isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações.

A Sociedade de Organizações

Para a Teoria Estruturalista a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de organizações, das quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer. Essas organizações são altamente diferenciadas e requerem dos seus participantes determinadas características de personalidade. Essas características permitem a participação simultânea das pessoas em várias organizações, nas quais os papéis desempenhados variam.

O estruturalismo ampliou o estudo das interações entre os grupos sociais iniciados pela Teoria das Relações Humanas, para as interações entre as organizações sociais. Da mesma forma como interagem entre si os grupos sociais, também interage entre si as organizações.

As organizações

Constituem a forma dominante de instituição da moderna sociedade:

  • É a manifestação de uma sociedade altamente especialidade e interdependente, que se caracteriza por um crescente padrão de vida.
  • As organizações permeiam os aspectos da vida moderna e envolvem a participação de grande número de pessoas.

Cada organização é limitada por recursos escassos, e por isso não podem retirar vantagens de todas as oportunidades que surgem, daí o problema de terminar a melhor alocação de recursos. A eficiência é obtida quando a organização aplica seus recursos naquela alternativa que produz melhor resultado.

A Teoria Estruturalista concentra-se no estudo das organizações, na estrutura interna e na interação com outras organizações.  As organizações por sua vez, são concebidas como unidades sociais ou agrupamentos humanos intencionalmente construídos e reconstruídas, a fim de atingir objetivos e específicos.

As organizações caracterizam-se por conjuntos de relações sociais estáveis e deliberadamente criadas com a explícita intenção de alcançar objetivos ou propósitos. Assim, a organização é uma unidade social dentro da qual as pessoas alcançam relações estáveis entre si, no sentido de facilitar o alcance de um conjunto de objetivos ou metas.

O Homem Organizacional

Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o homem como ”homo economicus” e a Teoria das Relações Humanas o caracteriza como sendo o “homem social”, a Teoria Estruturalista o denomina como o “homem organizacional”, ou seja, o homem que desempenha papéis sem diferentes organizações.

Na sociedade organizacional, moderna e industrializada aparece a figura do “homem organizacional”, que participa simultaneamente de várias organizações. O homem moderno, ou seja, o homem organizacional, para ser bem sucedido em todas as organizações, precisa ter as seguintes características de personalidade:

  • Flexibilidade: em face das constantes mudanças que ocorrem na vida moderna, bem como na diversidade dos papéis desempenhados nas diversas organizações, que podem chegar à inversão, aos bruscos desligamentos das organizações e aos novos relacionamentos.
  • Tolerância as Frustrações: para evitar o desgaste entre as necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja mediação é feita através das normas racionais, escritas e exaustivas, que procuram envolver toda a organização.
  • Capacidade de adiar as recompensas: poder, compensar o trabalho e cooperação com as normas que asseguram e controlam o acesso a posições de carreiras dentro das organizações, proporcionando recompensas e sansões sociais e materiais.

Análise das Organizações

É utilizado pelos estruturalistas para estudar as organizações, uma análise organizacional mais ampla do que qualquer teoria anterior, pois concilia a teoria Clássica com a Teoria das Relações Humanas, baseando também na Teoria da Burocracia. A análise das organizações é feita a partir de uma abordagem múltipla que leva em conta simultaneamente os fundamentos da Teoria Clássica, da Teoria das Relações Humanas e da Teoria da Burocracia. Trata-se de uma abordagem múltipla utilizada pela Teoria Estruturalista que envolve:

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