UM ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DE MATERIAL RECICLÁVEL, EM UMA CONCRETEIRA
Por: andreaaa1111 • 28/8/2019 • Trabalho acadêmico • 9.048 Palavras (37 Páginas) • 304 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
LEONARDO YOICHI TSUKINO
UM ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL DE MATERIAL RECICLÁVEL, EM UMA CONCRETEIRA
RIO DE JANEIRO
2019
Justificativa
O seguinte estudo tem como objetivo, diminuir o impacto ambiental, de material indesejável, que é produzido em uma concreteira. Depois da construção civil, é o local que mais acumula esse material, e com isto aumenta a quantidade de lixo que é produzida, na cidade do Rio de Janeiro. Por isso, serão propostas soluções econômicas e possíveis alternativas, para diminuição deste inconveniente, e assim propor estudos, que possam diminuir a quantidade deste material tão indesejado nesta cidade. Não só será estudado esse material, mas também outros materiais de alto grau de poluição, como pneus de caminhão, concreto não utilizado em obras, água aditivada, corpos de obras, assim como o grande desperdício de água que ocorre em uma concreteira, para poder no final, concluir os impactos ambientais que resultaram neste ambiente tão agredido.
Objetivo Principal
Dado o problema proposto acima, será detalhado como será feito um estudo que diminua o impacto ambiental de uma concreteira. Isso faz parte, na verdade, da Engenharia de Sustentabilidade, que prega uma nova forma de fazer engenharia, ou seja, ela como um fator econômico, social, ecológico, sustentável, ou até mesmo na Inovação[1]. Todas as empresas querem ter um diferencial, e serem revenciadas como “A Inovadora”. Mas para isso, tem que investir em algo que o concorrente não tenha, algo em que ela abarque de novo, e isso requer muita pesquisa e desenvolvimento. Uma das possíveis soluções seria o uso de super-plasticantes[2]. São aditivos que diminuem a quantidade de ar na hora da concretagem, e assim usa muito menos material para a formação do concreto propriamente disso, tem o porém, em altas temperaturas como a cidade do Rio de Janeiro. Esse efeito é perdido devido à alta temperatura latente desta, e nas obras têm, em média, 35 graus de temperatura anuais[3], isso levando em conta a realidade desta cidade (Rio de Janeiro). O que desnatura toda a propriedade química destes elementos. Esses aditivos, foram em boa parte, patenteados como Concreto Okamura[4] e está largamente sendo usado nas construções em todo o mundo.
O que chama a atenção, é que uma concreteira não pode ser vista somente como um locus econômico, tem que ser revisto como ela atua num ecossistema como um todo, pois ela seria um meio ambiente em constante transformação. Vide o caso, que todos os dias, ela produz toneladas de um material, não renovável, e que polui em alta escala, ou seja, ela produz alto valor agregado para transformar o seu meio em torno. Isso remete a biogeografia de Alexander Von Humboldt, que prega que o homem transforma o seu meio de vida através da urbanização. Se ela inicia dentro de uma comunidade[5], se ela inicia suas atividades numa reserva ecológica[6], ou até mesmo, se ela inicia no meio rural[7], em todos esses meios é que se localiza boa parte dessas concreteiras, o que remete que todos os dias, ela transforme o seu meio ambiente de forma bastante agressiva. Um livro que detalha como o homem é um ser agressivo, é o livro de Jared Diamond, no seu livro chamado Armas, germes e aço: o Destino(2003). Ninguém consegue sair impune, por agredir o meio ambiente, pois o ambiente que permanecemos nos disponibiliza de determinados meios energéticos, e estes nos oferecem até um certo limite, o seu uso. Depois de usar toda essa biomassa oferecida, consequências graves são expostas ao homem, como voçorocas, poluição por pó de cimento, degradação de ruas e estradas, e fim da vegetação original do local. Por isso, nesse livro mostra como o tolo do homem degradou o ambiente, e depois foi obrigado a se retirar do local, por causa da poluição que ele próprio causou, já que o meio ambiente não produziu o mínimo para sua permanência. Como exemplo, o autor Diamond mostrou como os vikings no século X ocuparam a antiga Groelândia, e que por causa das queimadas e do uso indevido das madeiras. Estes tiveram que ir embora, por causa da alteração climática que eles próprio causaram, matando o seu próprio gado. E por fim, as alterações climáticas vieram com tudo, desde super invernos, até grandes tempestades. O autor se baseou na paleontologia, e nos resquícios de madeiras, e de estruturas geológicas que estavam nos locais.
Foi possível chegar a conclusão, até quantas vacas existiam no local, o clima como era antes da ocupação deles, e depois da ocupação deles através de investigações remotas de clima, tempo e duração de cada estação de ano. Será que o homem aprendeu a lição? Acredita-se que não, porque todas as vezes que se altera a natureza, algo virá para cobrar essa conta, e ela é bem cara.
Com esse livro, conclui-se que o homem não mede as consequências, e as concreteiras poder-se-iam ser comparadas as fazendas de gado produzidas pelos vikings. Estamos muito próximos de estar perto de grandes colapsos climáticos, basta ver o que aconteceu no Rio de Janeiros nos últimos cinco anos. Quase todas as vias que essas concreteiras ocuparam, acidificaram o solo, petrificou sua superfície, e desmantelou toda a vegetação original. Os caminhões betoneiras compactaram o solo, impossibilitando a infiltração da água. A analogia é séria e verdadeira, os caminhões betoneiras fizeram o que as vacas da Groelândia fizeram. Impedir que a água entre no solo, consequentemente, ruas e vias alagadas, e acúmulos de pó de cimento no chão, impossibilitando de poder reflorestar ou tentar repor a vegetação original. O pó de cimento pode ser comparado ao metano que as vacas soltam no meio ambiente, não tem como tratar o ar também.
Outra parte que assusta, é o uso tardio de EPI nos colaboradores, existem muitos casos em que motoristas e laboratoristas que adquiriam pleura com água. Ou seja, acumulou-se tanto pó de cimento, que este petrificou nas pleuras pulmonares. Essa doença é muito comum em concreteiras e ano a ano, PPCMOS detecta com frequências determinadas doenças laborais.
Cronologia das Convenções de Sustentabilidade
Ela virou uma questão muito recente. Para aqueles que acham que a sustentabilidade está há anos na academia, se engana e muito. Ela tem um marco a ser considerado. Com o livro de Rachel Carson, publicado em setembro de 1962, e se chama Primavera Silenciosa, publicado pela Editora Houghton Mifflin. Neste livro, a autora chama atenção de um dia acordar da sua casa, e não ouvir sequer um pio de pássaro, e isso a incomodou muito, aí ela percebeu que estava num meio ambiente completamente destruído e sem árvores. Aliás, a crítica ácida dela faz sentido, pois os Estados Unidos é o país que mais polui do mundo, ao lado também da China. Imagine, esses dois países são os que mais poluem, e os que menos querem obedecer aos tratados climáticos impostos pela ONU, e por outras organizações internacionais.
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