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UMA DISCUSSÃO ACERCA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NO ESTADO BRASILEIRO

Por:   •  19/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.341 Palavras (10 Páginas)  •  312 Visualizações

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UMA DISCUSSÃO ACERCA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NO ESTADO BRASILEIRO

Jordélio Alves

Prof. Dr. Elinaldo Silva Santos

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB

Pós-Graduando em Gestão Pública Municipal

30/05/2017

RESUMO

O presente estudo tem como foco tecer considerações acerca do desenvolvimento a fim de que se possa entender a lógica que faz com que países se desenvolvam de maneira tão intensa, outros de maneira mais lenta e outros praticamente dão um passo para frente e para trás. O método baseia-se na pesquisa bibliográfica, tendo como suporte alguns estudiosos em questão como Luiz Carlos Bresser Pereira, Elinaldo Santos, Elizabeth Ribeiro, Fábio Gomes, Vitor Braga. Em relação ao cenário brasileiro podemos constatar que, nas últimas décadas muitas ações foram efetivadas na busca de um efetivo desenvolvimento econômico, portanto a um caminho longo a ser trilhado, considerando que nossa economia ainda está muito dependente do mercado externo, o que dificulta a exportação e reconhecimento dos nossos produtos junto ao mercado externo.

Palavras-chave: Brasil. Desenvolvimento Econômico. Mercado.

1 INTRODUÇÃO

Falar em desenvolvimento econômico é avaliar o cenário que permeia várias variáveis, que indicam melhoria do bem-estar ou da qualidade de vida, distribuição de renda, acesso à educação, à saúde, ambiente de incentivo à pesquisa científica e tecnológica. Estas variáveis devem andar juntas com o crescimento do PIB, per capita, produção, produtividade agrícola e industrial.

Os baixos índices de desenvolvimento humano no Brasil refletem
justamente esse incentivo ao crescimento de grandes empreendimentos e que
beneficiam uma pequena parcela da sociedade e alguns poucos privilegiado pelo capital. Na verdade, se os incentivos que são dados as grandes empresas fossem repassados à população, os índices de desenvolvimento no Brasil melhorariam e passaríamos a ter uma população com mais acesso à oportunidade dos serviços aos quais tem direito.

Sendo assim, falar do conceito de desenvolvimento se faz necessário para que possamos entender a lógica que faz com que países se desenvolvam de maneira tão intensa, outros de maneira mais lenta e outros praticamente dão um passo para frente e para trás. Eis, portanto, o foco desse estudo.

Tendo como suporte alguns estudiosos em questão como Luiz Carlos Bresser Pereira, Elinaldo Santos, Elizabeth Ribeiro, Fábio Gomes, Vitor Braga, realizaremos um estudo enfocando o desenvolvimento econômico e analisaremos algumas informações relevantes para o estudo em questão.

A partir do que foi exposto e do auxílio de várias leituras e pesquisas
feitas, vou tentar discorrer o presente paper da forma mais sucinta possível para que haja além do bom entendimento pelo público leitor, uma boa avaliação do professor que idealizou esta atividade.

2 DESENVOLVIMENTO

A dependência financeira externa do Brasil é tão antiga quanto sua história. A evolução da política cambial no Brasil deve ser analisada junto com o processo gradual de liberalização financeira e a liberalização da conta de capitais do país, que se iniciou no final da década de 1980 e início dos anos 1990.

A década de 1980 se revelou em um quadro de profunda estagnação. O desempenho econômico foi desastroso: altas taxas de inflação, crescimento da dívida externa, aumento do déficit público, queda nos investimentos e no crescimento do PIB. Todas essas variáveis levaram o país a uma crise sem precedentes.

Em novembro de 1989, acontecia nos Estados Unidos um encontro com funcionários do governo americano e organismos internacionais como FMI, BID e Banco Mundial. Com um formato acadêmico e sem caráter deliberativo, seu objetivo era avaliar a política americana em relação aos países altamente endividados nos anos 1980, principalmente os países da América Latina. Expresso por John Williamson, o encontro propiciaria oportunidade para coordenar ações por parte de entidades com importante papel nas reformas. (BRESSER PEREIRA, 2004).

De acordo com as ideias do autor supracitado, na década de 1990 o Brasil passou por ondas de liberalizações tanto comerciais quanto financeiras, isso tornou a economia mais dependente do capital estrangeiro. Segundo a escola neoliberal, liderada pelas ideias do Consenso de Washington, a globalização era uma forma de integração da economia nacional com o resto do mundo, e como consequência desse processo, o crescimento econômico e a estabilidade seriam alcançados. Para tanto, o papel do Estado sofreu algumas mudanças deixando de atuar ativamente no setor produtivo para passar a privatizar grande parte das empresas estatais.

Em meados dos anos 80 uma nova ordem social se consolidava. Ocorreu o colapso do comunismo na Europa Central e a desintegração da União Soviética, com a queda do Muro de Berlim, as ideias do Consenso de Washington ganharam força. Nessa época, o Brasil vivia um contexto de alta dos preços do petróleo, altas das taxas internacionais de juros e a deterioração dos termos de intercâmbio.

O mercado internacional na década de 80 apresentava grande liquidez apoiado pelos “petrodólares” e nesse contexto grande parte dos países latinos americanos contraíram empréstimos internacionais. Isso os elevou a um nível imprudente de endividamento, principalmente pelos empréstimos serem contraídos a taxas de juros flutuantes. Com a 2° crise do petróleo, as taxas de juros internacionais dispararam, provocando fortes desequilíbrios nas contas externas dos países em desenvolvimento (BRESSER PEREIRA, 2004).

Um país começa a se desenvolver economicamente quando realiza uma revolução capitalista, que pode ser entendida como a acumulação de capital e incorporação de progresso técnico ao trabalho e ao capital. É assim que o autor Luiz Carlos Bresser Pereira (2004) começa disseminando seus pensamentos sobre o histórico do desenvolvimento. O desenvolvimento depende de incentivos para o continuado aumento do estoque de capital, mas não quer dizer que as taxas do desenvolvimento serão iguais para todos. Ele dificilmente regride, a economia dinâmica e competitiva se mostrará como condição de sobrevivência das empresas do mundo todo.

O desenvolvimento econômico é medido por índices internos, pertencentes às instituições nacionais e externos, estes referentes aos parceiros e instituições estrangeiras. O desenvolvimento dessa natureza é considerado um processo que requer estudos, planejamento e ações constantes, atua em determinadas potencialidades do país e pode representar modificações e novas direções em virtude de algumas variáveis (políticas, ambientais, mercadológica, etc.).

O capitalismo é coordenado pelo mercado, desde a revolução capitalista o desenvolvimento econômico é um objetivo político central das nações. Seu êxito é a existência de uma nação capaz de formular uma estratégia nacional de desenvolvimento ou competição. A sociedade aproveita de seus recursos naturais e humanos para crescer, o desenvolvimento se mostra ineficaz quando não tem lucro e investimentos.

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