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Vantagens competitivas são a chave para o sucesso no longo prazo

Por:   •  12/2/2020  •  Dissertação  •  1.428 Palavras (6 Páginas)  •  198 Visualizações

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Vantagens competitivas são a chave para o sucesso no longo prazo

Já mencionei algumas vezes, nos Suno Calls, a necessidade de buscarmos vantagens competitivas estruturais. Isso é algo que investidores que têm uma boa diligência procuram constantemente. É um fator determinante para um investimento bem-sucedido.

Warren Buffett é um exemplo de investidor que alcançou o sucesso ao dar extrema importância às vantagens competitivas quando avaliava seus potenciais investimentos.

Ele também foi o responsável por cunhar o termo “moat” para se referir às vantagens competitivas estruturais de um negócio.

“Moat” é o fosso que fica em volta de um castelo, protegendo-o de potenciais ameaças. Buffett, então, transportou este termo como uma analogia para o mundo dos investimentos – trata-se da vantagem estrutural que protege os retornos de uma empresa.

No longo prazo, é isso que permitirá que uma empresa tenha sucesso. Isso porque as vantagens competitivas geralmente se traduzem em retornos mais significativos no longo prazo, fazendo com que as empresas possam retornar mais capital aos seus sócios.

O Oráculo de Omaha explicou sua visão acerca das vantagens competitivas na reunião anual dos acionistas da Berkshire Hathaway de 1995, quando respondia à pergunta de um participante.

“O que estamos tentando fazer é encontrar um negócio com um moat grande e duradouro em volta de si, protegendo o castelo econômico grandioso”.

Então Buffett vai além, explicando alguns traços característicos que uma companhia com um moat deve ter.

Ele diz que, para que se tenha um moat, é desejável que a companhia apresente baixos custos de produção em alguma região, ou uma posição de destaque na mente dos consumidores, ou alguma vantagem tecnológica. Além destes aspectos, vários outros podem auxiliar na formação de vantagens competitivas duradouras.

No entanto, não basta ter um moat em torno da empresa. É preciso dar um passo adiante, tentando entender o que é capaz de manter a vantagem competitiva intacta.

Ou seja, por que o castelo está de pé? O que será capaz de mantê-lo (ou não) de pé nos próximos cinco, dez ou vinte anos? Quais são os principais pontos e quão perpétuos eles podem ser? Quanto estes pontos dependem da genialidade do rei do castelo, isto é, da gestão do negócio?

Após descobrir as respostas para estas perguntas, a próxima etapa é avaliar a qualidade da gestão da empresa, de acordo com Buffett.

Este processo de três etapas é utilizado por Warren para avaliar empresas, conforme comentado pelo investidor na reunião de 1995. Desde então, diante de todos os comentários dele acerca do assunto, podemos afirmar que o processo não mudou muito até os dias de hoje.

Em suma, primeiro buscamos negócios com fortes vantagens competitivas. Após encontrá-los, o próximo passo é determinar a durabilidade do negócio e de suas vantagens competitivas. Por fim, é necessário avaliar a qualidade da gestão.

Para que o investimento seja interessante para o longo prazo, é necessário que todas as etapas mostrem resultados positivos. No entanto, apenas isso não basta, devemos avaliar também outros aspectos, como valuation (processo que determina o valor justo a se pagar por uma empresa).

Por mais que pareça simples, essa estratégia não é fácil de ser colocada em prática. É necessário esforço e trabalho. No entanto, os resultados no longo prazo são recompensadores.

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Vale (VALE3) comunica sobre plano de descaracterização de barragens e projeções para 2020

Nesta terça-feira, dia 11 de fevereiro, a companhia comunicou que um dos principais marcos para a redução do risco da empresa é a descaracterização das estruturas a montante. O processo de descaracterização é aquele pelo qual a estrutura é reincorporada ao relevo e para de exercer a função de barragem. Dessa maneira, não apresenta qualquer risco para o meio ambiente e para a comunidade.

Após a ruptura da Barragem I, a companhia iniciou uma série de estudos sobre as condições atuais de todas as suas barragens. As análises devem se seguir até meados de junho de 2020, com foco em estruturas antigas adquiridas pela Vale cujos projetos não têm completude e precisão de dados adequados às normas vigentes.

A primeira descaracterização ocorreu na barragem 8B, em dezembro de 2019, e a segunda, na barragem de Fernandinho, será finalizada em 2020.

Com a proposta de aumento de segurança das barragens à jusante, foi concluída a estrutura de contenção para a barragem Sul Superior na cidade de Barão dos Cocais, enquanto as estruturas de contenção para as barragens B3/B4 e Forquilhas serão finalizadas no primeiro semestre de 2020. Com isso, será permitido que os trabalhos de descaracterização se iniciem em sequência.

Os resultados das pesquisas, como a Inspeção Regular de Segurança de setembro de 2019, fizeram com que as barragens de Doutor e Campo Grande fossem incluídas no plano de descaracterização. Após publicação da Agência Nacional de Mineração, foram criadas obrigações no que diz respeito a barragens a montante para estruturas de empilhamentos drenados. Dessa forma, a companhia teve de incluir três dessas estruturas no plano de descaracterização.

O efeito líquido na provisão de descaracterização de barragens é de US$ 671 milhões, considerando a adição de US$ 87 milhões relacionados a ajustes de provisão de estruturas localizadas próximo ao Córrego do Feijão. O cronograma de ações previstas para a descaracterização é mostrado a seguir.

Por fim, a companhia comunicou que realizou alterações nas projeções para 2020. Para tanto, a produção de finos e de minério de ferro e pelotas será entre 63 e 68 Mt no primeiro trimestre, a produção de pelotas será de 44 Mt no ano, a de níquel estará entre 200.000 t e 210.000 t no ano e a de carvão ficará entre

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