A Análise dos Principais Meios de Transportes e Vias Utilizados pela População

MOBILIDADE URBANA EM GUARAPUAVA

Análise dos principais meios de transportes e vias utilizados pela população

GONÇALVES, Thais

RESUMO: Este estudo analisa a questão da mobilidade urbana na cidade de Guarapuava, apontando a falta de infraestrutura necessária na cidade em que os cidadãos acabam enfrentando dificuldades de locomoção e acessibilidade. As cidades vêm crescendo cada vez mais, e consequentemente causando o aumento da circulação de pessoas, feita por variados tipos de transportes, mas principalmente os particulares seja para trabalho, lazer, e seus compromissos sociais. Como metodologia, foi realizada uma pesquisa bibliográfica de autores que abordam o tema crescimento urbano e mobilidade na cidade de Guarapuava.

Palavras-chave: Mobilidade urbana, acessibilidade, transporte, cidade.

1 INTRODUÇÃO

O assunto abordado é a mobilidade urbana em Guarapuava e os desafios que os cidadãos enfrentam no seu dia a dia. Ela se refere às condições que permitem que as pessoas se desloquem em uma cidade e está relacionada com a qualidade e custo de vida, é a forma que proporciona circulação de pessoas e que possa fluir de forma tranquila, segura e agradável.

Ultimamente o tema vem se tornando um grande problema, as cidades e centros urbanos estão crescendo gerando empregos e um grande fluxo de pessoas, como consequência temos engarrafamentos, acidentes e poluição. Um dos principais problemas é o excesso de carros, que vem crescendo a cada instante gerando um grande volume, que é incentivado pelo governo para combater a crise econômica assim aumentando as vendas, e vem surgindo cada vez mais meios que facilitam a compra dos veículos. Percebemos que com o aumento acaba gerando um impacto nos espaços urbanos, como enormes estacionamentos, aumento de faixas e vagas nas ruas.

Diante da importância do tema, foi abordado algumas situações na cidade que devem ser questionadas e analisadas buscando uma solução eficaz, para que ela cumpra a função dela de forma fluida e cada vez mais satisfatória para seus moradores

2 DESENVOLVIMENTO

        A mobilidade urbana é classificada como diferentes formas de movimentação de pessoas dentro de um espaço comum. Com o papel de integrar e expandir a cidade, está relacionada ao crescimento urbano e populacional, pois há uma alta necessidade dos indivíduos transitarem nos centros para sua reprodução social e econômica. Garantindo o transporte de itens e materiais, visando o melhor deslocamento e condições que contribuam e promovam a utilização de transportes coletivos, ciclovias e calçadas, além de gerar um menor fluxo de carros, acarretando uma significativa diminuição de engarrafamentos.

A cidade de Guarapuava, localizada no Paraná, apresenta três principais rodovias de acesso, as quais ligam o município às regiões do Corredor do Mercosul e ao restante do Nordeste e Norte do Paraná. Entretanto, a presença destas vias seccionam as regiões que fazem parte do município, resultando no aparecimento de cidades fragmentadas.

Além disso, outras questões como a sustentabilidade urbana e os desafios globais presentes na mobilidade de grandes metrópoles que fazem divisa com o Estado, como São Paulo e Rio de Janeiro, “estão prestes a colapsar devido a questões de trânsito e o aumento excessivo da utilização de automóveis individuais”. (CICLOWAY, 2021).

Estes são apenas alguns dos pontos recorrentes do planejamento da mobilidade urbana, pois esta age de maneira desigual e pode até gerar impasses em relação à expansão das cidades. Como cita BRITO (2017) “Isso faz com que a mobilidade urbana seja um desafio de inovação contínua”. Desse modo, através de pesquisas e referenciais teóricos, a análise dos dados referente a Mobilidade Urbana em Guarapuava obteve resultados sucintos, onde destacam-se as principais carências e possíveis soluções para os problemas abordados no texto, baseadas no plano diretor e no plano integrado de transporte do município.

        Dentre os principais aspectos da mobilidade urbana, questões como o crescimento vertical e horizontal, causados pelos agentes produtores e consumidores do espaço, geram um grande fluxo de pessoas e necessidades, que dão às cidades uma função e as organizam espacialmente. Em Guarapuava, é possível identificar um fluxo muito grande de pessoas com problemas relacionados ao deslocamento e acidentes de trânsito. Pode-se  observar que a cidade possui um transporte coletivo com alto índice de insatisfação , além das carências em relação à acessibilidade em ruas e passeios. Em inúmeros bairros, as vias não são asfaltadas ou não possuem calçadas. Há um número reduzido de ciclovias presentes na cidade e não há incentivo para que elas sejam implantadas em mais lugares.

 A falta de infraestrutura necessária em todos os quesitos da mobilidade é algo muito evidente dentro do município. Habitações, edificações comerciais e industriais só deveriam ser construídas se estivessem em áreas que são somente destinadas ao fim que necessitam, o que não ocorre dentro da cidade. Em outras palavras, “a constatação de que cidade e mobilidade são indissociáveis, se co-produzem mutuamente e se explicam reciprocamente, sendo a mobilidade, a contrapartida da localização das atividades sociais no espaço” (AMARAL, 2015, p.32). Logo, dentro do perímetro urbano, o valor de um ponto ou de uma edificação é muito mais alto e desejável considerando seu espaço e tempo, onde o próximo é atrativo e necessário e o distante pouco desejável e dispensável. Um exemplo disso é a forte segregação urbana que ocorre com bairros mais afastados do centro.

Diante dos dados apresentados, é possível observar que, em relação aos meios de transporte, a cidade possui apenas uma empresa de transporte público e coletivo que abrange todo o município. Nomeada Pérola do Oeste, o serviço de transporte exibe alta insatisfação por parte dos usuários, onde demandas como a alta tarifa das passagens; a ausência de segurança em determinadas linhas, especialmente à noite; o atraso entre uma linha e outra; ônibus sobrecarregados em horários de pico, acabam gerando um aumento relativo na venda de veículos automotores, pois o descontentamento atua como um das razões para a alta compra de veículos próprios.