A Arquiteta e Urbanista
Por: milenalr1230 • 16/4/2020 • Trabalho acadêmico • 736 Palavras (3 Páginas) • 252 Visualizações
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
Disciplina: Teorias do Desenvolvimento Regional I
Discente: Milena Luiza Ribeiro
RESENHA CAPÍTULO 3
O presente trabalho apresentará uma resenha crítica a respeito do Capitulo 3 do Livro “A cultura importa: os valores que definem o progresso humano”. Este livro apresenta um compilado de 22 textos escritos por profissionais de diversas áreas, organizados por dois professores da Universidade Harvard, Lawrence E. Harrison e Samuel P. Huntington. A temática abordada por todos os autores do livro remete à questão da cultura como fator determinante nas questões políticas, econômicas e sociais. No que diz respeito ao Capítulo 3, intitulado “Notas para uma Nova Sociologia do Desenvolvimento Econômico” escrito pelo economista Norte-americano Jeffrey Sachs, o foco é analisar alguns fatores que ajudam a compreender os enigmas do crescimento econômico em diferentes regiões.
O autor inicia o texto com o questionamento “o maior enigma do desenvolvimento econômico é o do crescimento econômico sustentado: por que é tão difícil consegui-lo?” já fomentando as discussões trazidas no decorrer do texto. Posteriormente, Jeffrey aponta três fatores de grande influência para o crescimento econômico a) geografia, alguns locais possuem vantagens geográficas como acesso a recursos naturais, acesso a rios e mares, proximidade de outras economias bem-sucedidas, condições propícias para a agricultura e para a saúde humana; b) sistemas sociais, certos sistemas sociais favorecem o crescimento econômico enquanto outros não; e c) feedback positivo, processos de feedback positivo ampliam as vantagens de crescimento para aqueles que se industrializaram cedo. A partir destes fatores pode-se esboçar uma estrutura contextual sociológica ampla para a compreensão da natureza incerta do crescimento econômico.
No caso do papel da geografia para o crescimento econômico, tem-se que regiões remotas são consideravelmente menos desenvolvidas do que sociedades de planícies costeiras e rios navegáveis, assim como há maior desenvolvimento nas zonas temperadas em relação as zonas tropicais, pois esta última enfrenta grandes problemas com a fraca produtividade agrícola e a alta incidência de doenças infecciosas devido ao seu clima.
Já no caso do papel dos sistemas sociais para o crescimento econômico existem mais fatores secundários relacionados como políticos, culturais e econômicos que são diretamente influenciados pelo modo de difusão do capitalismo em cada região: poucos países tiveram um processo de adoção ao capitalismo natural, em suma, a maioria dos países passou por esse processo de reforma social de modo resistente e marcado pela ruína. Tais fatores colaboram para o aumento cada vez maior da desigualdade, corroborando para a distância crescente entre ricos e pobres.
Após apontar os fatores de grande influência para o crescimento econômico, o autor apresenta alguns exemplos de países anômalos do ponto de vista geográfico, buscando entender os motivos para eles, mesmo tendo um posicionamento geográfico privilegiado, não serem tão desenvolvidos economicamente. A partir disso, observa-se que alguns obstáculos relacionados a cultura a às politicas internas desenvolvidas em determinados países também afetam seus crescimentos econômicos.
Em resumo, para o autor, há grandes divisões entre os países desenvolvidos e não desenvolvidos envolvendo a geografia e a política, sendo a cultura um fato importante na experiência entre os países mas possuindo um papel secundário em relação as dimensões geográficas e político-econômicas.
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