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A Arquitetura Jesuitica Brasileira

Por:   •  5/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.379 Palavras (22 Páginas)  •  842 Visualizações

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 FANOR - FACULDADE NORDESTE

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

ALEX MOZART PASCOA -

ARYCÉLIO MESQUITA - 141010258

FRANCISCO DE ASSIS ALVES DE CASTRO - 13111646

FRANCISCO OLIVEIRA NETO - 141010246

GIZELY RODRIGUES DOS SANTOS - 141013419

JESSICA ELENA SILVEIRA NASCIMENTO - 13113593

JOSÉ JACKSON SECUNDINO CRISÓSTOMO FILHO - 141010240

LEONARDO DOS ANJOS SILVA

MARIA MEIRIANE ROCHA - 141013493

PAMELA REIS SOUSA

ARQUITETURA RELIGIOSA JESUITA

FORTALEZA

2016 2


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3

A ATIVIDADE DOS JESUITAS NO BRASIL ...................................................... 4

A PRIMEIRA FASE DA ARQUITEURA JESUITA NO BRASIL .......................... 7

OS PRIMEIROS EDIFICIOS DOS JESUITAS EM PORTUGAL, INDIA E CHINA............................................................................................................. 9

O GESÚ DE VIGNOLA E SÃO VICENTE DE FORA, DE TERZI. ................ 11

A FASE FINAL DA ARQUITETURA JESUÍTICA NO BRASIL .......................... 15

CATEDRAL DE SALVADOR ........................................................................ 15

IGREJA SANTO ALEXANDRE (BELÉM DO PARÁ) .................................... 18

INFLUÊNCIA DO ESTILO JESUÍTICO ............................................................ 22

PROGRAMA DE CONTRUÇÕES JESUÍTAS .................................................. 26

ORGANIZAÇÃO DOS ALDEAMENTOS DAS MISSÕES JESUÍTAS ........... 26

RETÁBULOS NA DECORAÇÃO INTERIOR .................................................... 27

CONCLUSÃO ................................................................................................... 28

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 29 3


INTRODUÇÃO

É indiscutível dizer que a arquitetura no Brasil é muito diversificada, levando o nosso olhar para muitos estilos arquitetônicos de épocas diferentes ou até mesmo em paralelo. Uma delas é o estilo jesuítico, que teve como seus precursores os Jesuítas, esse estilo disseminou em vários territórios brasileiros, a partir do século XVII, deixando o seu legado de obras como um todo e/ou no interior de edificações com suas singularidades de construções no contexto brasileiro e assim constituindo a nossa "antiguidade" de forma verdadeira. 4


A ATIVIDADE DOS JESUITAS NO BRASIL

Os jesuítas faziam parte de uma ordem religiosa católica chamada Companhia de Jesus que tinham o objetivo de disseminar a fé católica pelo mundo, os padres jesuítas eram subordinados a um regime de privações que os preparavam para viverem em locais distantes e se adaptarem às mais adversas condições. No Brasil, eles chegaram em 1549 com o objetivo de cristianizar as populações indígenas do território colonial.

Ao mesmo tempo em que atuavam junto aos nativos, os jesuítas foram responsáveis pela fundação das primeiras instituições de ensino do Brasil Colonial. Os principais centros de exploração colonial contavam com colégios administrados dentro da colônia. Dessa forma, todo acesso ao conhecimento laico da época era controlado pela Igreja. A ação da Igreja na educação foi de grande importância para compreensão dos traços da nossa cultura: o grande respaldo dado às escolas comandadas por denominações religiosas e a predominância da fé católica em nosso país.

Além de contar com o apoio financeiro da Igreja, os jesuítas também utilizavam da mão de obra indígena no desenvolvimento de atividades agrícolas. Isso fez com que a Companhia de Jesus acumulasse um expressivo montante de bens no Brasil. Fazendas de gado, olarias e engenhos eram administradas pela ordem.

No Brasil os jesuítas se dedicaram a pregação da fé católica e ao trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever. De Salvador a obra jesuítica estendeu-se para o sul e em 1570 já era composta por cinco escolas de instrução elementar: Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga, e três colégios: Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia.

Os jesuítas não se limitaram ao ensino das primeiras letras; além do curso elementar eles mantinham os cursos de Letras e Filosofia, considerados secundários, e o curso de Teologia e Ciências Sagradas, de nível superior, para formação de sacerdotes. No curso de Letras estudava-se Gramática Latina, Humanidades e Retórica; e no curso de Filosofia estudava-se Lógica, Metafísica, Moral, Matemática e Ciências Físicas e Naturais. Os que 5


pretendiam seguir as profissões liberais iam estudar na Europa, na Universidade de Coimbra, em Portugal, a mais famosa no campo das ciências jurídicas e teológicas, e na Universidade de Montpellier, na França, a mais procurada na área da medicina.

Os jesuítas permaneceram como mentores da educação brasileira durante duzentos e dez anos, até 1759, quando foram expulsos de todas as colônias portuguesas por decisão de Sebastião José de Carvalho, o marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777. No momento da expulsão os jesuítas tinham 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários, além de seminários menores e escolas de primeiras letras instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus. A educação brasileira, com isso, vivenciou uma grande ruptura histórica num processo já implantado e consolidado como modelo educacional.

Figura 1 - Igreja Nossa Senhora do Rosário – Largo dos Jesuítas

Fonte: Elaborada por um dos autores, Maria Meiriane. 6


Figura 2 - Igreja Nossa Senhora dos Prazeres – Itapecerica da Serra Fonte: Elaborada por um dos autores, Maria Meiriane.

Figura 3 - Pátio Escola - São Paulo Fonte: Elaborada por um dos autores, Maria Meiriane. 7


A PRIMEIRA FASE DA ARQUITEURA JESUITA NO BRASIL

Atividade jesuíta já estava limitada desde o inicio do século XVII (não tiveram acesso a Minas Gerais, por exemplo) eles continuaram construindo seus imóveis que eram desde pequenos a imóveis de grande importância , só que após a expulsão dos mesmos no ano de 1759. Boa parte desses imóveis se deterioraram, ou foram transformado para outros fins.

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