Arquitetura Jesuítica no Brasil
Por: Matheus_Passos • 15/10/2021 • Resenha • 362 Palavras (2 Páginas) • 151 Visualizações
Os jesuítas foram enviados para o Brasil a partir de 1549, como em outros lugares do império português, foram os primeiros missionários a fazer contato com os nativos. Quando chegaram se depararam com uma população indígena dispersa no território e com hábitos de vida nômade, então foi necessário assentar e concentrar os índios em aldeias, no entanto, tal empreendimento era constantemente ameaçado pelas exigências da escravização em massa.
Por seu prestígio e suas habilidades, os jesuítas se tornaram expoentes dos desenvolvimento da arquitetura e arte brasileira nos dois primeiros séculos da colonização, visto que até os dias atuais a expressão “estilo jesuítico” ainda está em uso. Além de numerosos estabelecimentos pequenos, contavam também com instituições de grande importância como colégios, seminários, e noviciados em grandes centros urbanos ao longo do litoral brasileiro. Após 1759, ano em que os jesuítas foram expulsos da colônia, grande parte dos edifícios foram destruídos por negligência, ou foram convertidos para outros usos, muitos sendo descaracterizados em virtude de reformas e reconstruções, gerando uma perda lastimável para o patrimônio brasileiro. Em alguns casos foram preservados desenhos com plantas, elevações e vistas de algumas dessas obras, o Arquivo Militar do Rio de Janeiro conserva uma coleção de desenhos das construções dos jesuítas no brasil, feitos pelos engenheiros militares portugueses.
Das igrejas que se mantiveram preservadas após a expulsão de 1759 e o posterior abandono, podem ser classificados em duas categorias: em primeiro, edificações de menor importância, antigas, nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, incluindo também as igrejas das fazendas da companhia e de aldeias indígenas. Alguns exemplos mais preservados de igrejas em aldeias encontram-se no estado de São Paulo, a capela de São Miguel, é uma das que apresenta melhor estado de conservação. O lintel de madeira sobre a porta de entrada traz a data de 1622, a construção simples, mal pode ser considerada um trabalho de arquitetura formal , mesmo assim é encantadora.
Em segunda existem várias edificações de dimensões maiores e de datação mais recente nas regiões litorâneas do norte e nordeste, que são de grande interesse, como a antiga igreja do colégio jesuíta, que hoje é a catedral de Salvador na Bahia.
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