A Arquitetura Pós Moderna
Por: Daise Palaoro • 1/3/2017 • Resenha • 898 Palavras (4 Páginas) • 538 Visualizações
Arquitetura Pós- Moderna
Os conceitos aos quais fundamentamos a arquitetura atualmente são embasados em períodos distintos do passado, com suas características diferenciadas todos formam o conhecimento e contribuem para o fim desejado onde se produz o projeto.
O período atual encontra-se porém entre difusos ecletismos e posturas das mais diversas podendo ser vistas isoladas uma das outras e sendo positivas ou negativas. Aspectos que formavam rupturas no passado hoje podem ser analisadas com clareza e assim produzir material de forma coerente com o nosso período.
Nos anos sessenta com Aldo Rossi e Venturi vimos um período que se baseava na história e fundamentava suas intenções em períodos antigos buscando suporte histórico para dar solidez aos projetos, interpretavam a história como uma torrente sistemática de conhecimento e inspirações.
Estas questões nos trazem a questão do passado como premissa de projeto, porém atualmente sabemos que não se trata de imitação, mas que estudar clássicos e seus aspectos positivos assim como negativos auxiliam no aumento de repertorio e ajudam a tomar decisões, porém não empregado como nos anos sessenta onde se buscava sempre no passado as ideias futuras, hoje podemos ter ele como uma ferramenta, um instrumento que pode auxiliar a embasar o projeto e suas relações com outros fundamentos contemporâneos.
Já nos anos oitenta e noventa traz-se por Koollhaas a ruptura deste método pois a história é interpretada de maneira negativa, como um fardo, sendo assim a forma o que mais importava no projeto, que também não dava ao homem, usuário e genius loci importância, fazendo e buscando bastar a idéia de abstração e gratuidade, com experimentações de jogos e formas.
Este período foi de grande importância pois trouxe novas definições de desenho, com a ideia de experimentação se tratou também de novos modos de representar para o cliente o que o projeto pretendia, maquetes, cortes e formas perspectivadas surgem para um melhor entendimento do projeto e de sua relação formal e pura.
Após todos os períodos que se opunham um ao outro os anos noventa mostra posturas que estão cansadas dos excessos decorativos de uma arquitetura mais eclética, mas também não estão plenamente de acordo com atitudes de desconstrução perante o período da abstração formal. Este período atual traz de volta a sensibilidade com o entorno, com o usuário e seus contexto. É um momento que concilia as tradições modernas com as necessidades futuras, onde mantem o contexto e cultura como fator de importância posição.
As inserções feitas neste período buscam a descrição assim como dito por Mies van der Rohe – Less in more- elas renunciam a pretensão de se tornarem monumentos, buscam-se edificações que estejam respeitosamente inseridas no meio assim, edificações escalonadas que buscam se adequar a topografia, edifícios que trazem o aproveitamento de energia e reuso de água por exemplo, são edificações que buscam respeitar os aspectos atuais, frente a demanda de respostas e resoluções que pouco agridam o meio ambiente, essas formas ecológicas trazem um dos fatores problemáticos atuais que precisam ser resolvidos.
O período ao qual nos encontramos continua sendo um ecletismo, misturando todos os períodos mencionados, visto que cada indivíduo busca firmar suas ideias em propósitos que consideram correto frente ao problema que busca resolver. Os problemas a que nos apresentam quando se busca edificar estão relacionadas com o período atual onde se busca formas ecológicas de preservar frente as questões ecológicas e ambientais que pedem soluções e futuras formas de amenizar impactos no meio ambiente.
As preocupações para com a arquitetura devem estar de acordo com seu tempo e local, a ideia de uma arquitetura chamativa e que não considera o entorno e demais atributos ainda se desenrola e nada se pode fazer a não ser deixar a premissa de que o tempo estará provando o que deve ou não permanecer em suas cidades.
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