A Arquitetura e Ambiente
Por: Icaro Ryad • 18/8/2019 • Resenha • 2.298 Palavras (10 Páginas) • 248 Visualizações
- INTRODUÇÃO
O caso a ser estudado traz algumas discussões sobre arquitetura, construção e meio ambiente, mencionando um quadro de colapso no meio ambiente, que junto com o agravamento do quadro social, tem produzido impactos de edificações mais rígidas e complicadas. Nesse sentido, o texto do caso aponta para a necessidade de uma equipe multidisciplinar para a resolução de tais problemas e tomada de decisões. Enfatizando que tanto o arquiteto quanto os demais profissionais da área não possuem um conhecimento necessário para atuar nessa dinâmica entre questões ambientais e o ambiente construído, precisando a interação com profissionais de outras áreas.
O texto do caso aponta ainda para algumas respostas já encontradas para diminuição desses impactos ambientais causados pelas construções, citando meios de construir que valorizam o meio ambiente e recursos que ele oferece, em substituição de materiais que degradam as áreas em volta das edificações. Modos de construir que se utilizam da força dos ventos, da água da chuva, da energia solar. Isso levando para diminuição de impactos causados pelas construções. Reciclagem e reaproveitamento de materiais também são colocados como possíveis soluções para diminuição dos efeitos negativos das construções no meio ambiente.
As colocações do caso a ser estudado remetem a alguns questionamentos sobre a proposta de discussão exposta nos parágrafos acima, problematizando sobre qual melhor caminho a ser seguido em relação ao tema sinalizado. Como considerar o impacto ambiental já que o desenvolvimento econômico é visualizado socialmente como mais importante. Além do que deve ser feito para inclusão dos valores, que não só devem ser da Arquitetura, mas de toda sociedade, em relação a uma construção sustentável.
Diante do contexto exposto no caso a ser estudado é pertinente colocar em evidência alguns pontos importantes em relação a uma construção sustentável, na compreensão da proposta de meios de construir considerando o meio ambiente, na diminuição de impactos ambientais. Na demonstração da necessidade de modificação de atitudes que tem levado a degradação ambiental em volta dos espaços construídos. Trazendo uma parcela da responsabilidade para os profissionais de Arquitetura e Urbanismo, e demais da área, em comprometimento para desenvolvimento de técnicas construtivas que se configurem em preservação ambiental, isso visualizado já na graduação, através de disciplinas que tratem do tema.
- DESENVOLVIMENTO
- Resumo dos problemas
O caso em estudo aponta para diferentes problemáticas que podem ser debatidas afim de desenvolver uma compreensão mais ampliada sobre o tema em evidência, construção sustentável. Assim, a problemática que ganha destaque, está relacionada a proposta de substituição de um modo de construir que causa impacto ambiental, através da degradação do espaço natural e não aproveitamento de recursos, pela utilização de materiais sustentáveis, valorizando elementos da natureza que podem ser usados nas construções. Outra problemática, relacionada a primeira, refere-se à responsabilidade dos profissionais de Arquitetura e Urbanismo, e demais da área, em desenvolver estratégias de construção que valorizem o meio ambiente, em detrimento de práticas de degradação do espaço e recursos naturais.
- Fundamentação teórica e discussão
A responsabilidade que um profissional em arquitetura, bem como engenheiros e outros profissionais da área tem perante a sociedade hoje é inegável, junto a isso, vários institutos de pesquisa tem trabalhado para o avanço na criação de métodos a fim de facilitar a incorporação de novas variáveis na arquitetura. Assim, é necessário que os arquitetos e outros projetistas envolvidos em uma construção tenham elementos para tomarem decisões conscientes em seus projetos, pensando, de acordo com as possibilidades, as variáveis econômicas e ambientais, bem como a utilização de ferramentas tecnológicas limpas e sustentáveis, como por exemplo a energia solar e eólica. Diante disso, as atuais realidades econômicas, sociais e politicas vigentes na maioria dos países reforçam as inúmeras razões não só para os arquitetos se preocuparem com o futuro que se vislumbra, mas sobretudo, para constatarem a necessidade de tomada de consciência, promovendo a qualidade da arquitetura e minimizando seu impacto no meio ambiente.
Nesse sentido, (Corrêa, 2009), aponta que o primeiro passo para a sustentabilidade na construção seria o compromisso das empresas da cadeia produtiva a criarem as bases para o desenvolvimento de projetos efetivamente sustentáveis. Nesse sentido, é necessária uma série de condições práticas que devem ser tomadas para o desenvolvimento dessa sustentabilidade. A primeira delas diz respeito ao projeto sustentável que deve possuir um nível de qualidade elevado, pois assim os níveis de excelência serão garantidos, e mantidos, fazendo com que a utilização dos recursos naturais se torne cada vez mais eficiente, evitando-se desperdícios ou excessos de dejetos nas cidades. A segunda prática fundamental para que a sustentabilidade da construção civil seja mantida é a formalidade nos processos de construção civil; assim, (Corrêa, 2009) também ressalta a necessidade de selecionar a dedo os fornecedores dos materiais para a construção, é necessário também a fiscalização da qualidade dos materiais, assim também da mão de obra que será utilizada nas obras, para que seja de qualidade afim de não causar problemas futuros devido à sua incompetência.
Materiais e sistemas utilizados na terraplanagem, manutenção, construção e no uso efetivo das edificações e instalações precisam de um fim sustentável, afim de não contaminar o ar ou a água, por exemplo. Assim, (SILVA e CHAVES, 2014) trazem como possíveis soluções: o mapeamento, a utilização de madeira reflorestada, fomentar a pesquisa e desenvolvimento de novos materiais, bem como o consumo de energia dos EEZa, podendo ser realizado através de uma rede de fornecimento de energia baseada em fontes renováveis como a solar e a eólica, tornando-os mais práticos de serem adotados por diminuir o consumo dos combustíveis fósseis e o impacto climático no planeta.
Juntamente a isso, o autor (Boff, 2012), coloca que a sustentabilidade é permitir que um bioma se mantenha vivo, protegido, alimentado de nutrientes a ponto de sempre se conservar bem e estar sempre à altura dos riscos que possam advir, ou seja, implica dizer que o bioma tenha condições não apenas de conservar-se assim como é, mas também que possa prosperar, fortalecer-se e evoluir. A partir desses conceitos percebe-se que a arquitetura, bem como construção civil e demais abordagens profissionais, exercem um papel importante para a preservação dos recursos naturais não renováveis, pois o autor ressalta que a indústria da construção absorve cerca de cinquenta por cento de todos os recursos mundiais, daí a sua grande importância na sustentabilidade do planeta. Nesse contexto, o uso de metodologias e ferramentas para introduzir sustentabilidade, no ato de projetar e construir, surgem como mecanismos para possibilitar a redução de impactos, controlar e avaliar os seus resultados. Nesse sentido, para termos uma construção ambientalmente correta é preciso primeiramente passar pelo processo de projeto sustentável que, segundo (Burke e Keeler, 2010), é o que orienta a tomada de decisões referente ao consumo de energia aos recursos naturais e à qualidade ambiental, tornando-o assim a faze mais importante para uma construção sustentável, colocando também que é a partir dele que serão decididas todas as intervenções que poderão integrar a obra ao meio ambiente, prevenindo impactos causados pela falta de planejamento sustentável do projeto convencional normalmente utilizados.
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