A DEFINIÇÃO E NOMENCLATURA
Por: Gisceli Gabardo • 12/8/2019 • Projeto de pesquisa • 710 Palavras (3 Páginas) • 354 Visualizações
1 DEFINIÇÃO E NOMENCLATURA
As treliças são estruturas constituídas de segmentos de hastes, unidos em pontos chamados nós, formando uma configuração de geometria triangular, que suporta esforços de tração e compressão. Todas as articulações permitem livre rotação e as forças externas e reações são aplicadas nos nós.
A distância entre os montantes e os banzos superior e inferior deve ser parecida, de maneira com que se formem quadrados ou triângulos equiláteros na treliça. Geometrias com lados muito diferentes entre si, ou por retângulos, tendem a não ser tão eficientes.
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Imagem 1 – Nomenclatura dos componentes de uma treliça. (PFEIL, 2014).
As estruturas podem ser bidimensionais (Imagem 2) ou tridimensionais (Imagem 3).
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Imagem 2 – Treliça bidimensional.
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Imagem 3 – Treliça tridimensional.
2 APLICAÇÕES E VANTAGENS
As principais aplicações dos sistemas treliçados são coberturas de edificações, contraventamentos de edifícios e pontes. Quando os vãos não podem ser superados com vigas tradicionais, se tornam uma boa solução, pois apresentam vantagens práticas e econômicas:
- Feitas sob medida, agilizando a montagem em obra;
- Pode ser elemento arquitetônico com valor estético;
- Permitem maiores vãos;
- Leves visual e fisicamente;
3 MATERIAIS
As treliças podem ser de aço (Imagens 2 e 3), ferro ou madeira (Imagem 4).
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Imagem 4 – Treliça de madeira, muito usada para jardinagem e Paisagismo.
Nos casos de treliças metálicas (Imagens 2 e 3), os perfis laminados são produzidos em segmentos únicos ou agrupados de comprimento limitado ou por perfis de chapa dobrada. (Imagem 5).
Treliças médias são obtidas com barras formadas por pares de cantoneiras ou perfis. Os agrupamentos mais usuais encontram-se nas imagens 5(a) até 5(g). Com quatro perfis – 5(h) até 5(j) – são obtidas barras de maior capacidade. As treliças pesadas de pontes são geralmente formadas por perfis “I” – imagem 5(k) – isolados ou perfis fechados – 5(L).
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Imagem 5 – Perfis metálicos possíveis em treliças. (PFEIL, 2014).
4 TIPOS CONSTRUTIVOS CONSAGRADOS
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Imagem 6 – O modelo Pratt é usado frequentemente em coberturas de edificações. Já os tipos Howe e Warren são geralmente encontrados em pontes e passarelas. (PFEIL, 2014).
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Imagem 7 – O tipo Howe, já citado na imagem anterior, também é encontrado em tesouras de telhados de edificações. O tipo Marquise é encontrado em coberturas de marquises. Já o tipo Bowstring é usado com frequência em pontes. (MOLITERNO, 2010).
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Imagem 8 – O sistema Cruz de Santo André é usado para contraventamento de edifícios. (MOLITERNO, 2010).
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Imagem 9 – Contraventamento de edifício em sistema Cruz de Santo André.
5 PRÉ DIMENSIONAMENTO DE TRELIÇAS
Para determinar os esforços existentes nas barras de uma treliça, dispõe-se dos seguintes métodos:
- Método das juntas ou nós: analisa-se junta por junta da estrutura;
- Método das seções (Ritter): apresenta a vantagem de permitir a determinação do esforço em uma barra isolada qualquer de uma treliça sem o conhecimento das demais. É o método mais generalizado, pois apresenta facilidade na aplicação das linhas de influência.
- Softwares de computador, como SAP e STRAP (para estruturas complexas) e FTOOLS para estruturas de pequeno porte.
Segundo Pfeil (2014 apud GALAMBOS, 1998), para o dimensionamento dos elementos, usa-se o critério de barras tracionadas ou barras comprimidas. O dimensionamento dos elementos comprimidos pode ser feito tomando-se K=1, tanto para flambagem no plano da treliça quanto fora desse plano. Naturalmente, o comprimento da flambagem fora do plano de treliça depende dos pontos de contenção lateral. Somente em alguns casos especiais, K pode ser menor que 1.
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