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A Luz do Iluminismo e o Vapor da Revolução

Por:   •  30/6/2016  •  Artigo  •  1.743 Palavras (7 Páginas)  •  439 Visualizações

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UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS[pic 1][pic 2]

FAU – FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

HISTÓRIA DA ARTE, ARQUITETURA E CIDADE 3

A Luz do Iluminismo e o Vapor da Revolução

        

Maceió - AL, 08 de Outubro de 2014

UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS[pic 3][pic 4]

FAU – FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

HISTÓRIA DA ARTE, ARQUITETURA E CIDADE 3

Arthur Philipe Correia da Silva

Lissa Gabriela Araújo Rocha

A Luz do Iluminismo e o Vapor da Revolução

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Trabalho discursivo dos avanços intelectuais e tecnológicas impactantes nas mudanças sócio-políticas e culturais nos séculos XVIII e XIX

[pic 5]

Maceió- AL, 08 de Outubro de 2014

RESUMO

A presente pesquisa tem como objetivo esclarecer, através de análise e aprofundamento de poucos tópicos, as mudanças cruciais dos aspectos sócio-políticos e culturais que vinculam a modernidade no período entre os séculos XVIII e XIX. Irão ser abordados dois pontos em especial, para estudo e pesquisa mais aprofundada. Assim como o impacto que esses pontos vão causar, direta ou indiretamente, em todo o período e as consequências que irão ser provocadas com tais eventos. Poderá ser percebido uma certa conexão entre alguns estilos para causas semelhantes.

CONTEÚDO

É válido destacar que os séculos XVIII e XIX irão dispor de dois pontos críticos responsáveis pelas mudanças sócio-políticas e culturais, tais tópicos irão ser abordados com maior foco neste trabalho. Tais pontos foram o surgimento do movimento iluminista e o avanço tecnológico acarretando na revolução industrial.

Preliminarmente é necessário nos situar no cenário anterior aos pontos que irão ser abordados, ou seja, pré-iluminismo e pré-revolução.

O VAPOR E A TECNOLOGIA

A liberação da indústria e do comércio na Inglaterra no início do Séc. XVIII causou um progresso na tecnologia e um grande aumento da produtividade, aliado com acordos de comércio (para obtenção de materiais), o grande número de mão de obra que estava disponível nos centros urbanos devido ao êxodo rural e a quantidade imensa de reservas naturais que o país disponha, foram fatores responsáveis pela Revolução Industrial em si.[pic 6]

[pic 7]

Na pintura mostrada acima é possível perceber um local com uma grande quantidade de fumaça e uma claridão imensa, demonstrando ser uma fornalha à base de carvão, além disso também é perceptível a presença de casas próximos ao local de trabalho, uma interferência arquitetônica e urbanística que será bastante comum nesse período. Nesta pintura é abordado justamente o nascimento da revolução industrial, o autor se refere as fornalhas da Madeley Wood (que pertencia a companhia Coalbrookdale) localizado em Ironbridge. Juntamente com esse impulso industrial foram surgindo novos meios estruturais, substituindo os materiais até então mais utilizados (pedra e madeira) pelo metal.

No período pré-revolução grande parte dos produtos eram feitos de maneira artesanal, então não havia necessidade do proletariado se locomover de sua casa até o local de trabalho (geralmente eram o mesmo ambiente). Já durante a revolução e a propagação da maquinofatura é possível perceber um impacto social direto, visto que para sobreviver os trabalhadores tiveram que sair do campo e ir para a cidade, além deste êxodo rural também é possível observar a queda na taxa de mortalidade (fato inédito) e surge uma diferença entre este fator e a natalidade, causando assim um crescimento populacional enorme. Segundo o arquiteto BARREIROS (2012) é possível se ter uma noção do crescimento através de Londres, que em 1801 continha 864.845 habitantes, em 1841 1.873.676 e em 1891 apresentava 4.232.118.

Esse crescimento desmesurado leva a uma transformação estrutural das cidades. Isso se traduz na abertura de grandes artérias, na construção de grandes estações ferroviárias, na especialização dos setores urbanos (quarteirões comerciais, bairros operários, bairros industriais, aumento expressivo nas circulações de pessoas e materiais, condições precárias de habitação etc). (BARROS, 2012, p.03).

        Foi a partir daí que o urbanismo moderno surgiu, pois com o passar do tempo o governo – de forma geral – começou a se preocupar com esse crescimento desordenado, sem controle populacional. A opinião publica exigia providências a serem tomadas e com isso conjuntos com habitações uniformes e distribuídas categoricamente sugiram.

A história da urbanística moderna é, numa primeira fase, uma história de simples fatos: as mudanças produzidas gradualmente pela revolução industrial nas cidades e nos campos só mais tarde surgem claramente e são percebidas como problemas, quando as quantidades em jogo se tornam suficientemente grandes. (BENEVOLO,1994, p.13)

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        Logo acima é possível observar uma disposição urbana bastante uniforme, com vários blocos habitacionais e ruas principais e secundárias, contendo casas padronizadas, porém sem nenhum planejamento de conforto ou oportunidade de expansão planejada, causando improdutividade de algumas áreas comuns, criando assim camadas sociais. A partir disso se tem o subúrbio, visto que a compactação da área anterior, pois não sobra espaço para estabelecimentos industriais, armazéns e etc. E conclui-se com o raciocínio de que: “Segue-se assim um ciclo de adequações habitacionais e urbanísticas, que conduzirão sempre a novos fatos, que exigirão outros modelos e planos para a excelência da qualidade de vida nas cidades. Uma tarefa que desafia-nos até hoje.” (PALASSI, 2007).

A LUZ E A INTELECTUALIDADE

A Revolução Francesa, por volta de 1789, institui a Constituição como sua normativa para governo, fundada na ideia de que se deve governar para o povo e na vontade do mesmo, e é essa ideia de liberdade se torna a precursora do pensamento iluminista. E com essa liberdade de pensamento e uso da razão acabam por substituir, na arte e arquitetura, o Rococó (estilo conceituado pela leveza de traço, o grande número de detalhes e a caracterização pela frivolidade).[pic 10][pic 11]

Observando o interior do palácio acima é facilmente perceptível os mínimos detalhes impostos e o grau de ostentação que o ambiente demonstra, características clássicas do Rococó. Mesmo que a situação atual do palácio seja resultado de restauração (houve um grave incêndio que destruiu o interior original) é perceptível todo o esbanjamento da época e da construção original.

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