A ORIGEM DAS CIDADES
Por: ElizeuAfonso • 3/5/2019 • Trabalho acadêmico • 2.489 Palavras (10 Páginas) • 334 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Inicialmente, às margens de rios, como pequenas aldeias, surgiram as cidades. Com o passar do tempo, houve o crescimento da população, e consequentemente o crescimento das atividades que culminou no fundamento e constituição de cidades com maior proporção aumentando várias demandas. Ao longo dos vales dos rios Tigres e Eufrates surgiram as primeiras cidades, na Mesopotâmia. A antiga Mesopotâmia corresponde a maior parte do atual território da República do Iraque (SCHNEEBERGER, 2003). Na Mesopotâmia meridional haviam os sumérios que eram considerados os mais primitivos e habitavam na região que hoje é o sul do Iraque. Seus conhecimentos foram diversos e bastante aproveitados por povos mesopotâmicos e de outras regiões, como os gregos e romanos, mas, inacessíveis à maioria da população suméria. (MICHULIN, 1980).
O significativo crescimento da população urbana teve seu começo na primeira metade do século XIX, mas a ocupação do espaço urbano é bem mais antiga, a mais de 5.000 anos atrás. Caracterizados por seus padrões econômicos, políticos, tecnológicos e sociais existindo em três níveis de organização humana, sendo o mais complexo deles “a sociedade de gente”, tipicamente formada por grupos pequenos autossuficientes e homogêneos, de caráter pré-urbano.
Chegando a estabelecer vilas e organizar e aperfeiçoar suas técnicas, estes grupos, porém, desencadearam o processo de evolução a ponto de transformarem-se em sociedades cada vez mais complexas. Porém, sua maior preocupação era a subsistência, o que não favorecia em nada o surgimento da especialização do trabalho e estratificação social.
Os gregos apresentavam uma produção cultural diferenciada no meio dos povos antigos. Ao passar do tempo desenvolveram obras de arte, esculturas, projetos em arquitetura. No início havia muita semelhança a obras dos egípcios. Mas, não seguiram as influências religiosas dos sacerdotes e reis. Para os gregos, a expressão da razão, o conhecimento, era superior à crença nas divindades, pois acreditavam que o ser humano tinha um lugar especial no universo.
2 UTOPIAS URBANAS
Juntamente com a invenção, o domínio da escrita e o advento do comércio surgiram as cidades. Fatos que marcaram a passagem da sociedade arcaica para um novo tipo de organização social, inaugurando assim, com estas três grandes evoluções, um novo tempo na história da humanidade. A Mesopotâmia era um povo típico sem escrita.
A ideia de cidade, lugar cívico, de realização do homem no plano coletivo, desvinculado de aspectos como sobrevivência, alimentação e proteção, já aparece nos primeiros locais em que eram celebrados ritos, normalmente fúnebres. O ajuntamento organizado de pessoas pode ser considerado como uma manifestação da identidade da natureza humana. Esta organização do homem em aldeias, que é resultado de sua sedentarização no território, vai tornando a ideia de cidade mais próxima. Acredita-se que, com o início das primeiras cidades, o processo de destribalização termina. Concluindo que a cidade, lugar cercada por muralhas, seriam os principais locais de culto e as células dos futuros palácios reais; o subúrbio, local das residências e instalações para o plantio e a criação de animais; e o porto fluvial, lugar de prática de comércio e admissão de estrangeiros.
No Brasil, falando da história de Brasília, surge então as primeiras ideias de uma capital brasileira no centro do país. Fora totalmente planejado o plano urbanístico de Brasília, diferentemente de outros planos criados para cidades já existentes. Brasília foi planejada desde o início. Sua arquitetura foi desenvolvida por Niemeyer que era um discípulo das obras estéticas originais e brilhantes do modernista Le Corbusier. Niemeyer buscou a criação de formas claras, leves, simples, livres, nobres e belas, sem considerar apenas seu aspecto funcional. Mas isto não foi barato. O preço pago, no entanto, foi alto. Pois promoveu o endividamento externo, inflação alta e a participação do Fundo Monetário Internacional nos destinos econômicos da população.
Agora, a obra escrita por Agostinho, A Cidade de Deus que retrata seu pensamento político fora escrita por causa dos ataques feitos aos cristãos pelos pagãos. Pois, os pagãos entenderam que o abandono dos costumes e tradições romanas, em favor do cristianismo, era culpa do ataque que Roma sofrera pelos godos. Agostinho então faz uma crítica agressiva ao paganismo e uma apologia ao Cristianismo e também mostra um quadro da história da humanidade onde ele nos apresenta a existência de duas cidades: a celeste e a terrestre. Também discute a problemática do bem e do mal, o destino do homem após a morte, noções filosófico-jurídicas sobre o Direito e o Estado, e principalmente sobre a justiça.
3 A CIDADE COMO HISTÓRIA
É muito comum a busca da definição de cidade por algo que é oposto ao rural. Entretanto, não basta somente isso para defini-la. Vemos que a cidade surge como um produto resultante de novas necessidades e transformações humanas. Em “O apogeu da cidade medieval” Jacques Le Goff enfatiza uma importante característica do novo mundo urbano: a cidade cria um tempo e um espaço próprios, diferentes daquele dos feudos e principalmente diferentes das visões clericais. Como em muitas cidades, o urbanismo é contemporâneo à instalação dos conventos mendicantes, estes modelaram a configuração urbana em um período em que não se saiba com precisão diferenciar o que é cidade do que era campo.
A urbanização é um fenômeno contemporâneo, tal como ocorre atualmente, e suas características estão ligadas à Revolução Industrial que aconteceu na Europa, a partir do século XVIII, no Japão e nos Estados Unidos. A industrialização cria empregos diretos nas zonas urbanas, em construção, comércio e serviços. Mas, nos atuais países em desenvolvimento, a industrialização ocorreu de forma mais acelerada apenas após a II Guerra Mundial, como é o caso do Brasil, e provocou maior urbanização nos últimos 60 anos. As nações ricas já estão muito urbanizadas, com pelo menos 75% da população morando em cidades. Mas nos países em desenvolvimento, na África e Ásia, 60% da população ainda é rural A América Latina e o Caribe são uma exceção, pois apresentam taxas de urbanização tão elevadas quanto as dos países desenvolvidos. Como resultado dessa diferença no processo histórico, a vida urbana nos países desenvolvidos traz um acesso maior e melhor a recursos, mas não é o que ocorre necessariamente nos países em desenvolvimento. O amontoamento de pessoas em cidades sem infraestrutura adequada agrava os problemas, pois a ampliação dos serviços públicos não pode ser feita tão rapidamente quanto necessário.
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