A Obscuridade do Arquiteto
Por: AntonioSamuel • 30/4/2023 • Resenha • 1.102 Palavras (5 Páginas) • 69 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E HUMANAS
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO I
ANTONIO SAMUEL ALVES COSTA
JOSIELLE CANUTO SALES RODRIGUES
D'AGOSTINO, Mario Henrique S. A obscuridade do arquiteto. Vitrúvio e a redação dos dez livros De Architectura. São Paulo: Annablume, 2010. p. 63-91.
08 de março de 2023
PAU DOS FERROS/RN
D'AGOSTINO, Mario Henrique S. A obscuridade do arquiteto. Vitrúvio e a redação dos dez livros De Architectura. São Paulo: Annablume, 2010. p. 63-91.
Mario Henrique Simão D’Agostino, nascido em 13 de julho de 1963 na cidade de Penápolis SP, possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1985), mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1991) e doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1995). Tem experiencia na área de Estética e História da Arquitetura e do Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: tratados de arquitetura, arquitetura clássica, perspectiva e arquitetura do renascimento.
No início do capitulo D’Agostino faz um breve resumo da passagem dos dez livros sobre arquitetura escritos por Vitrúvio, publicado no ano de 1999 em uma edição brasileira. A obscuridade de vitrúvio e considerada ainda hoje por muitos especialistas como um misto de incapacidade ao escrever o De Architectura, pois era necessário reparos. Diante disso D´Agostinho aborda relatos e críticas bem acentuadas de outros especialistas que corrobora para o livro de vitrúvio com seus adendos, buscando compreender a subjetividade da escrita vitruviana. A profundidade analítica da obra de Vitrúvio estabelece um outro patamar para a compreensão do Renascimento.
D’Agostinho destaca na passagem da excelência da arquitetura o porquê vitrúvio dedica em seu prefácio do livro ao imperador César, porém vitrúvio apesar de dedicar ao imperador um trecho, ele salienta em atentar se sempre aos quesitos importantes como os gêneros de edificações e preceitos básicos. Vitrúvio era um escritor que buscava para seu livro o entendimento geral, pois era como se o intuito da sua escrita fosse um escrito sobre arquitetura mais do que para arquitetos, isso sendo ponderado das mais diversas formas. Mario cita que o foco principal de vitrúvio é uma nova ação, que no seu ver desvia o caminho correto e dos princípios racionais.
A doutrina das ordens arquitetônicas, parte da definição dos parâmetros de excelência da arte de Vitrúvio com a coordenação do princípio da simetria e às conveniências do decoro que consiste no aspecto correto de uma obra, sua competência. Há uma relação exata entre essas espécies de colunas, os templos dóricos têm caráter vigoroso e despojados de ornamentos, os templos coríntios têm certa delicadeza, floridos, ornados de flores e volutas, já os templos jônicos há um equilíbrio entre a severidade do dórico e a delicadeza do coríntio.
A origem e os aspectos singulares das colunas incorporam à ordem dos termos poéticos, ou seja, a dórica tem associação com a delicadeza, firmeza e beleza do corpo masculino, já a jônica com a delicadeza e esbeltez feminina e a coríntia com a delicadeza virginal das donzelas. Vitrúvio faz ligação também das ordens triádicas com o domínio das harmonias musicais, onde os gêneros são três: a harmonia, o croma e o diácono. Assim, é perceptível que na teorização dos gêneros das colunas é dada de forma mais sistemática e normativa, com a combinação de interpretações antropomórficas com os musicais.
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