A Quinta da Malagueira
Por: Patricia Isabel Calhau • 14/4/2020 • Trabalho acadêmico • 534 Palavras (3 Páginas) • 333 Visualizações
Quinta da Malague[pic 2][pic 3]ira
Álvaro Siza
A Quinta da Malagueira situa-se na periferia de Évora, uma antiga cidade romana. Está implantada numa área de 27 hectares, tendo 1200 habitações com dois pavimentos.
A Malagueira não foi pensada para ser uma instalação típica de habitações sociais e subvencionadas, ou seja, a ideia inicial do projecto não era de “habitação social”.
No lugar existiam dois bairros, Santa Maria e Nossa Senhora da Glória, que cresceram ao longo de uma das vias radiais que saem da cidade, criando um eixo leste-oeste. Um dos limites é o rio que passa por esses bairros delimitando também a nova construção.
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O projecto foi dividido em vários grupos de habitações, implantados em diferentes ângulos formando distintos bairros, formando espaços públicos nos intervalos desses mesmos, como lojas, estacionamento, recreação e circulação de pedestres.
Esse alinhamento foi baseado na malha urbana pre-existente do bairro Santa Maria, criando um padrão de novas ruas em pequenos fragmentos numa malha ortogonal.
Estes grupos de habitações estão ligados por um sistema de aquedutos de betão, proporcionando a infraestrutura para água e distribuição eléctrica.
Os aquedutos eram uma característica da época romana e depois da época renascentista, e que ainda estão presentes em Évora.
Foram utilizados canais feitos com blocos de betão apoiados em colunas que formam uma estrutura contínua, como se fosse uma galeria que conecta os bairros.
O aqueduto foi justificado pelo baixo custo e que, ao mesmo tempo, funciona como um elemento em grande escala que liga os bairros e forma áreas públicas definindo as entradas aos grupos de lojas e outras instalações públicas.
As habitações da Malagueira têm características de Pátio, ou Átrio, com uma planta em “L” com dois grupos de recintos que dão a um pequeno pátio interior.
Há duas plantas diferentes das habitações, são ambas construídas num terreno de 8x11 metros, um com pátio de entrada e o outro com um pátio de fundos. Ambos apresen[pic 7]tam terraços no segundo andar em que podem ser conjugados de várias maneiras, resultando em diferentes jogos de cheios e vazios.
A dimensão vertical dos muros varia entre a altura da porta da entrada, a altura do segundo andar, uma parede de ventilação que é perpendicular à rua e estende-se até à altura da laje do segundo andar. Esta conjunção de alturas, junto com a posição alterada dos pátios e dos terraços, resulta numa rica composição tridimensional.
A construção segue a topografia existente, o que traz a cada casa uma identificação própria. De longe, as casas parecem ser mais altas do que são porque ao intensificar os contornos cria a impressão de uma organização mais densa e mais alta.
O conjunto limitado das formas das portas e janelas varia também em altura com o objectivo de organizar e agrupar as paredes.
As casas foram projectadas para permitir a construção de mais quartos, de acordo com as necessidades e possibilidades de cada família.
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