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A RESENHA DE CORPOGRAFIAS URBANAS

Por:   •  19/11/2016  •  Resenha  •  424 Palavras (2 Páginas)  •  777 Visualizações

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RESENHA

CORPOGRAFIAS URBANAS

Belo Horizonte

2016

O texto se trata de corpografias urbanas que, segundo a autora é um tipo de cartografia através do corpo, de uma forma que a memória ficasse gravada no corpo, o registro de sua experiência na cidade.

A ação urbana vem diminuindo e com isso, a ausência de “corporeidade” faz com os espaços urbanos se tornem simples, espaços desencarnados.

Atualmente, os espaços públicos estão cada vez mais inadequados e restritos. A cidade deixa de ser cenário, ela ganha corpo quando é praticada e se torna “outro” corpo. Desse modo, a relação entre corpo do cidadão e corpo urbano, configura uma nova forma de percepção urbana, tornando ensaio da intervenção na cidade contemporânea.

A cidade se revela através das condições interativas do corpo cidadão e corpo urbano, e isso passa a ser chamado de corpografia urbana. Cada corpo possui cartografias diferentes, que são frutos das diversas vivências urbanas de cada indivíduo. A partir destas vivências que determina a sua forma de inscrição na cidade.

O conceito de corpogafia serve de entendimento do urbanismo mediante o crescimento das outras formas corporais ou incorporais para ter diversas intervenções nas cidades. Esse tipo de vivencias é denominado “errâncias”.

O urbanista detecta múltiplos meios de uso para os espações projetados, mas, são os indivíduos que usufruem no dia a dia que modificam esses espaços reinventando-o na sua rotina.

Os moradores partem de um ponto em que a prática corporal não se pode ser resumida a uma simples imagem, ou seja, a cidade passa de um simples espetáculo a partir do momento em que ela é analisada, notando, assim, como um ato de ponto de vista sobrevivendo no corpo de quem a usa.

As corpografias urbanas apontam que muitas vezes em um projeto urbano, se podem extinguir demandas que não são apresentadas e que apresentam algum tipo necessidade a partir do momento que se vive aquele local.

Errância se diz respeito ao ato de errar na cidade, gerando lentidão e perda entre as paredes de concreto em que os indivíduos vivem. Em destaque, os pobres e aos mendigos (que lidam com a cidade de uma forma totalmente diferente dos “ricos”), não acompanham a movimentação da cidade, tornando-os errantes.

As práticas de verificação das cidades pelos errantes mostram a possibilidade de um urbanismo menos morto, ou seja, um urbanismo que usa das errâncias e das corpografias para usar de cenário para a cidade.

Portanto, as corpografias urbanas, sucedem das errâncias pelas próprias práticas vividas pela cidade, julgando os novos projetos de urbanização das cidades contemporâneas, as errâncias propõem que o cenário das cidades poderia ser um urbanismo “incorporado”.

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