A Relação das Cidades e os Corpos D’água: Os problemas e soluções que desafia à reintegração ao meio urbano.
Por: Diego Sigdhara • 29/11/2019 • Trabalho acadêmico • 2.651 Palavras (11 Páginas) • 291 Visualizações
A Relação das Cidades e os Corpos D’água:
Os problemas e soluções que desafia à reintegração ao meio urbano.
O desafio de reintegrar o meio natural ao meio urbano.
Aluno: Diego P. Soares CPD 20081
Orientador: Marly Santos
Resumo
Palavras Chaves: Cidades, Corpos D’água, Degradação, forma urbana e meio ambiente.
Introdução
O histórico dos corpos d´águas no meio urbano remete ao início da própria cidade. A humanidade dependente da água, começaram a se fixar próximos aos leitos de rios, córregos entre outros recursos naturais para sua própria sobrevivência e desenvolvimento da agricultura para o crescimento desses grupos. A cidade evoluiu e os séculos se passaram tornando mais complexas as organizações das cidades e suas formas urbanas, suas relações e interações com o meio natural, principalmente os corpos d’águas.
Os corpos d’águas são tão importantes, e de inúmeras maneiras para as cidades, mas muitas vezes são vistos somente como um problema, um empecilho ao crescimento socioeconômico e geradores de gastos para esfera pública e prejuízos para a população. Tanto o poder público como a sociedade como um todo, esquecem desses corpos d’águas no meio urbano, são marginalizados e lembrados de modo negativo em acontecimentos como alagamentos, mau cheiro e etc.Com isso se levantam questões como o do porquê de estudar os corpos d’água, o que leva a degradação, as consequências e os caminhos encontrados para o tratamento adequado do uso no meio urbano.
O vínculo complexo entre meio urbano e meio natural nos tempos atuais é uma temática amplamente debatida por estudiosos de vários ramos, políticos e a sociedade, que ainda geram muitos conflitos e os arquitetos inclusos no debate também, tem por si como profissionais e catalizadores de conhecimentos pertinentes da discussão um grande papel para desempenhar e agregar ao embate para mudar a relação das cidades e dos corpos d’águas. O futuro das cidades depende de encarar os problemas e resolvê-los antes de um deterioramento e uma situação irreversíveis.
Essa relação conflituosa no meio urbano fornece muito o que se discutir e da luz ao tema aqui proposto, que é pertinente e condiz com os problemas aos quais as cidades pequenas e grandes metrópoles atuais enfrentam seja a nível mundial e principalmente no Brasil. O Brasil, país rico em recursos naturais e uma longa extensão territorial que ainda está em fase de desenvolvimento, e que sofre bastante com ações ou falta delas para lidar com seus corpos d’água nas cidades. No Brasil as discussões dessa relação ficam mais restritas nas esferas teóricas e quando se aplicar ações, mesmo que poucas, na pratica para possíveis soluções são de modo geral pontuais.
O assunto abrange uma gama de possibilidades a serem discutidas, e a abordagem do presente artigo focará na relação dos corpos d’águas nas cidades. Num contexto geral, será realizada uma revisão literatura teórica sobre estudos realizados sobre o tema relacional dos corpos d’água e as cidades, sob olhar arquitetônico. Dado a importância do tema, quanto a estrutura do artigo será divido em tópicos com objetivos respectivos, cada um contribuindo para salientar no final a importância do resgate da relação harmônica das cidades e o meio natural em foco os corpos d’água, e como o arquiteto pode propor estratégicas para chegar nesse fim.
Como primeiro objetivo do artigo será o histórico da relação das cidades e os corpos d’água. A ligação indissociável dês da gênese até os dias atuais, descrevendo como foi a evolução dessa relação chegando ao momento de ruptura que levaria a resultados negativos que se estendem ao momento presente. Como respaldo teórico o texto A Importância dos Rios para As Primeiras Civilizações do professor de história Marcos Faber, a dissertação de mestrado em arquitetura de Ana Maria Fonseca e a tese de doutorado em arquitetura e urbanismo de Sandra Soares de Mello.
O segundo objetivo do artigo serão os problemas do relacionamento entre os corpos d’águas com o meio urbano atual. Aborda os problemas ocasionados dessa relação e o crescimento descontrolados das cidades, os conflitos socieambientes no espaço urbano, o uso antiquado do sistema de coleta de esgotos e produtos descartados de difícil degradação, desmatamento das matas ciliares e transformações das margens dos corpos d’água em moradias de grupos não assistidos pelo poder público. Para embasar a discursão as fontes serão a pesquisa A negação dos rios urbanos numa metrópole brasileira de Lutiane Q. de Almeida e Pompeu F. de Carvalho, o texto Infra-estrutura urbana de Witold Zmitrowicz e Generoso Angelis Neto e a tese de doutorado Parques lineares ao longo de corpos hídricos urbanos de José Marcelo Martins Medeiros.
O terceiro objetivo quais são os instrumentos e políticas de proteção do meio natural ao meio natural. O surgimento de políticas, conscientização e ações ambientais como armas para proteger os recursos naturais nas cidades e os instrumentos que possibilitam a integração ao meio urbano. As fontes teóricas para esse objetivo são o livro Planejamento Urbano e Meio Ambiente de Gilda A. Cassilha e Simone A. Cassilha.
O quarto objetivo irá apresentar as soluções para integração dos corpos d’águas no meio urbano atual. O despertar da consciência ambiental da população para preservação dos rios, as soluções adotadas para resolver os efeitos negativos, propostas de recuperação do meio natural no perímetro urbano e exemplificação de projetos que foram bem-sucedidos. A literatura adotada foi o livro Rios e Cidades: ruptura e reconciliação da Maria Cecilia Barbieri Gorski.
E por último as considerações finais e a conclusão que o artigo levou a refletir e proporcionar sobre o tema abordado para acrescentar ao escopo teórico voltados para os arquitetos e estudantes e todas as referências bibliográfica levantadas.
Tópico: Histórico da Relação das Cidades e os Corpos D’água
A história das cidades e os corpos d’águas está no cerne da humanidade dês dos tempos antigos. Não tem como dissociar ou esquecer, que rios, lagos, córregos e ou outros recursos hídricos estão presente ao meio urbano dando identidade e uma forma única.
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