A TENDÊNCIA ARQUITETÔNICA DO SÉCULO XX MODERNIDADE NA TECNOLOGIA
Por: Ana Dotto • 8/11/2017 • Trabalho acadêmico • 2.447 Palavras (10 Páginas) • 405 Visualizações
HIGH TECH: TENDÊNCIA ARQUITETÔNICA DO SÉCULO XX MODERNIDADE NA TECNOLOGIA
MAURICIO SANTIN1 RENANN GUSTAVO DE ANDRADE2
ANDRÉ LUIZ PASINI3
RESUMO: O presente artigo tem por objetivo abordar aspectos referente a arquitetura High Tech, ou de alta tecnologia, compreendida como uma corrente da arquitetura centrada no emprego de tecnologia avançada nas construções.
O estudo baseia-se em uma abordagem teórica que destaca sobre o movimento Higt Tech, os aspectos social, cultural e político, bem como suas características e funcionalidade, e ainda, seus principais defensores.
As informações foram obtidas através da leitura de artigos já publicados, que forneceram evidências que reforçam a ideia de que o Higt Tech é uma tendência do século XX, que trouxe modernidade à arquitetura, no qual tenta unificar, a arte, a funcionalidade e a técnica, tendo como referência a alta tecnologia, apresentando estruturas mais complexas, fugindo ao formalismo, criando novas imagens arquitetônicas e com diferentes orientações estéticas.
Palavras-chaves: Tecnologia, modernidade e funcionalidade.
ABSTRACT: This article aims to address aspects relating to High Tech architecture, or high technology, understood as a chain of architecture centered on the use of advanced technology in buildings.
The study is based on a theoretical approach that highlights Higt Tech, about the movement aspects social, cultural and political, as well as its features and functionality, and yet, their leading proponents.
The information was obtained by reading articles already published, which provided evidence that reinforces the idea that the Higt Tech is a 20TH-century trend that brought modernity to architecture, in which attempts to unify, the art, the functionality and the technique, with the reference to high technology, featuring more complex structures, fleeing to the formalism, creating new images with different architectural aesthetic guidelines.
Keywords : Technology, modernity and functionality.
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1 MaurícioSantin, 4° período do curso de Arquitetura e Urbanismo da faculdade UDC – União Dinâmica Das Cataratas; E-mail: maurício_santin@hotmail.com
2 RENANN GUSTAVO DE ANDRADE, 4° período do curso de Arquitetura e Urbanismo da faculdade UDC – União Dinâmica Das Cataratas; E-mail: renann_foz@hotmail.com
3 Especialização em Docência no Ensino Superior. Formado em Arquitetura pelo Centro Universitário Dinâmica das Cataratas. E-mail: andrepasini@hotmail.com
INTRODUÇÃO
Os cidadãos do último quarto do século XX, normalmente classificavam os edifícios em antigos e modernos. Segundo Heidgger, eram leigos quando se falava em obras clássicas, renascentistas e barrocos. Não saberiam distinguir algo radical, com grandes diferenciações.
Com a tecnologia, a eletrônica e a informática avançaram em um andamento inimaginável, revolucionando muitas áreas. O design gráfico foi implacavelmente transformado pelo hardware e software dos microcomputadores e pelo desenvolvimento grandioso da internet. A revolução chegou à mesa de trabalho dos designers, arquitetos, projetistas, entre muitos outros profissionais.
A chegada da arquitetura ao mundo visual se deu através de desenhos, maquetes ou de técnicas digitais. Neste momento é somente uma influência daquilo que poderia vir a ser. Sua existência se estabiliza no instante em que ela se torna um edifício, um objeto presente no mundo com um uso prático e apoiando-se em técnicas construtivas.
Contudo, o verdadeiro valor da arquitetura é o conjunto de atributos que a tornam célebre que reside, na maioria absoluta dos casos, nos seus aspectos visuais: suas aparências. Inteiramente as ações humanas ocorrem no espaço. Homem e espaço são entidades indissociáveis no mundo, conforme nos ensina HEIDEGGER (1962), “O espaço pertence à essência do ser e incorpora todas as necessidades, expectativas e desejos que fazem parte da existência humana.”4
Para que se compreenda essa relação entre existência e espaço é fundamental a compreensão do espaço arquitetônico, pois, na sua lida no mundo, e o sujeito e o corpo que fazem acontecer o evento e produz o lugar. O processo de criar e modificar lugares para propósitos sociais é dinâmico e dialético. As formas arquitetônicas são formadas na experiência vivida do espaço e do tempo. A arquitetura contém uma dimensão simbólica que fala à nossa sensibilidade. Por isso ela também é arte e, como tal, se manifesta visualmente, mas a arquitetura não é só arte.
Ela tem uma dimensão utilitária e um valor de troca. Além disso, ela demanda técnica para se corporificar e por isso a dimensão tecnológica lhe é imprescindível. A forma
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- HEIDEGGER, M. Being and Time. Transl. by John Macquirre & Edward Robinson. London: SCM Press, 1962.
arquitetônica é, portanto, mediadora das relações sociais e só pode ser compreendida nessa relação.
O QUE É O MOVIMENTO HIGH TECH
O termo High Tech é usado como uma abreviatura de High Tecnology, segundo Heidegger é uma coletivização da proporção grandiosa da tecnologia e da arquitetura. Termo usado, desde o início da década de 70, para identificar um movimento cultural então em desenvolvimento procurava utilizar tecnologias alternativas, sendo frequentemente imbuída de conotações negativas. Mais tarde foi utilizado, no campo da arquitetura, para designar uma corrente (erradamente confundida com um estilo) que teve expressão particularmente significativa em Inglaterra e nos Estados Unidos da América. 5
A partir do século XIX a arquitetura se desenvolveu sobre a base das possibilidades formais do aproveitamento de novos materiais e do suporte das tecnologias, fazendo-se menção nas referências clássicas: Palácio de Cristal e Torre Eiffel. Nos anos 60 do século XX apareceram às utopias tecnológicas, e nos anos 80, retorna uma confiança racionalista na tecnologia. Nas sociedades avançadas, a tecnologia é a ideologia universal, a "única saída".
BROADBENT (1992),é demolidor ao criticar as propostas high-tech dizendo que preferiria estar imerso em algum espaço impossível de ser realmente criado, alguma realidade virtual, do que nos translúcidos prédios, reais e inabitáveis, que o Richard Rogers descreve como sendo o futuro da arquitetura. 6
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