A TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO V
Por: Monica Rabelo Sampaio • 24/6/2020 • Trabalho acadêmico • 779 Palavras (4 Páginas) • 160 Visualizações
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – UniCEUB
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – FATECS
Curso: ARQUITETURA E URBANISMO
Disciplina: TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO V
Alunos: Aline Santana, Gabriel Fireman e Mônica Sampaio
AVALIAÇÃO
IGREJA DO REDENTOR EM VENEZA
Devido ao período conturbado provocado pela pressão político-social, econômica e religiosa, principalmente com o aparecimento da peste em 1348, originou-se uma nova classe sendo o elemento chave para a origem ao Renascimento do século XV. O surgimento desta nova classe vai determinar um novo conceito urbanístico fazendo surgir vários palácios e palacetes dentro dos centros urbanos. Entretanto, Veneza vinha sendo seriamente afetada pela praga entre 1575 e 1577. Após diversas tentativas falhas para a reestruturação das infraestruturas de higiene da cidade, o Senado decidiu construir uma nova igreja voltada a Cristo Redentor, para renovar a esperança de uma libertação.
Orientada de Sul para Norte, nas margens norte da Giudecca, encontra-se a Igreja do Redentor. Com uma imponente fachada, a igreja possui dois corpos, a nave e uma cúpula com pseudo-transepto quase imperceptível do exterior (figura 1), principal diferença entre as demais igrejas do Palladio, além de torres sineiras que emolduram sendo quase impossível observar o corpo do coro, quando vista de outra margem. Assim como no interior, o exterior apresenta uma tripartição do espaço, primeiro o corpo da nave, seguido do grupo de elementos verticais do presbitério e o terceiro volume é o que integra o coro (figura 2).
Na fachada lateral da nave, podemos observar uma repartição através de pilastras coríntias, acompanhados pelos contrafortes (elemento que não estão presente em outras obras palladianas) que se fundem com as pilastras, intervalados por uma sequência de janelas em dois níveis, também tripartidas que relacionam o interior com a fachada (figura 3). Seguido com o volume do presbitério, essa riqueza de elementos desaparece, tendo como elemento decorativo apenas as aberturas com moldura branca e simples, além da coloração avermelhada que se estende a toda a igreja, exceto na fachada composta por pedra branca Ístria (figura 4). Essas simplicidades se mantem no volume do coro, fazendo jus a simplicidade dos frades Capuchinhos, tendo como elemento decorativo somente as aberturas que iluminam o interior (figura 5).
Na fachada principal, podemos perceber um elemento complexo e elaborado, onde o pórtico, alas laterais, as colunas, os vários frontões, compõem uma fachada sobrepostas que integra todos os elementos exteriores. A nave central e a cúpula correspondem a mesma largura do pórtico da entrada, composto por frontão apoiado por dois pilares e duas semi-colunas, (diferente de outras fachadas, em que o pórtico é definido por quatro semi-colunas) diante a uma escadaria que vence a plataforma de 2,5 metros (figura 6).
Os pilares e semi-colunas sustentam o frontão que é suportado por dentículos, característica comum das igrejas palladianas (figura 7). O espaçamento entre eles cria nichos estreitos para a colocação de estátuas. Além disso, a porta de entrada é composta por duas semi-colunas de ordem coríntia e um arco. As pilastras laterais com capitel coríntio segue para o centro, tendo ainda dois semi-pilares crescendo para a ordem maior, com um pilar de capitel compósito, seguido de uma semi-coluna compósita e também a presença de pilastras nos limites das fachadas que crescem no pórtico para a ordem monumental (figura 9). Esses pilares possuem uma relação hierárquica das ordens no interior e exterior, estabelecendo vários valores de importância (figura 10). Além disso, todos os elementos diagonais como frontões, cornijas e coberturas apontam num sentido aplicando ritmo e ordem à fachada (figura 10).
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