A TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO
Por: crisgermana • 25/10/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 779 Palavras (4 Páginas) • 480 Visualizações
Relatório de Visita Técnica
1. Informações Gerais
Local: Academia Pernambucana de Letras
Data: 17 de Outubro de 2017
2. Profissional Responsável
Nome: Andréa Romão
Profissão: Professora/Arquiteta e Urbanista
3. Natureza da Visita
Curso: Arquitetura e Urbanismo
Disciplina: Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo
Professora: Andréa Romão
Turna: 2º período NA
4. Objetivos Didáticos da Visita Técnica
- Desenho à mão livre da fachada do prédio;
- Conhecer a história da edificação;
- Visitar as dependências do prédio;
- Desenvolver atividade que complementará a nota da avaliação 1.
5. Descrição das Atividades
As informações foram colhidas a partir da palestra de José Luiz Mota Menezes, arquiteto responsável pela restauração do casarão neoclássico de 1878, pertencente ao Barão Rodrigues Mendes, revestido por azulejos portugueses, forrado com piso de mosaico inglês, mobiliado com móveis de carvalho austríaco e iluminado por lustres franceses. Hoje, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e reaberto à visitação desde Janeiro desse ano. Ele explanou a cerca da estreita relação da Arquitetura e do Urbanismo, que desde o século XIX já caminhavam juntos, mesmo sem o conhecimento de técnicas e materiais que poderiam facilitar sua compreensão e concepção.
Também que, naquela época, havia poucos estudos onde se poderia averiguar as necessidades dos moradores e como isso influenciaria a estrutura das moradias e a decoração. Em meados desse mesmo século, com o fim de muitos engenhos, foi configurada a divisão de lotes de terrenos que eram usados para cultivos agrícolas, onde hoje está situada a Zona Norte da cidade. Nessa divisão, foram construídos casarões e com passar do tempo, estes foram sendo utilizados para configurar a divisão dos bairros, sendo este chamado bairro Ponte d'Uchôa (o mais aristocrático subúrbio recifense).
A divisão foi baseada em fatores como locomoção e clima: as áreas a beira do rio eram mais disputadas e ricas por serem caracterizadas como frescas, com grande incidência de ventos e de fácil locomoção. Isso porque, naquela época, o meio de transporte mais utilizado era o barco, que fazia parte de um sistema eficaz, que transportavam as pessoas para grande parte da cidade. Poucos Barões tinham carros e poucas pontes, de madeira, permitiam a ligação entre as margens dos rios.
Com o aparecimento da especulação imobiliária, as casas situadas na beira do rio foram surgindo em número significativo e isso resultou na necessidade de ampliação do sistema de urbanização. Assim, surgiu uma ferrovia que atendia as diversas áreas próximas. Com a utilização do sistema ferroviário, foram feitas evoluções para a melhoria das condições dos usuários e assim, agregou-se mais uma opção aos meios já existentes.
Pudemos conhecer o interior do casarão, detalhes das restaurações realizadas e verificar soluções encontradas para problemas da época como: a separação de alguns cômodos da casa (como cozinha e banheiro, por exemplo), que se situavam em um anexo recuado ao fundo da edificação, devido a falta de saneamento.
Atualmente, verificamos o aumento das construções no entorno do prédio da Academia. Essas edificações mesclam vários estilos arquitetônicos e essa mistura de estilos nos remete as influências que foram utilizadas na construção e decoração do casarão, onde observamos hoje, como antigamente, que os moradores trazem de outros países e moradias anteriores as referências para a construção e decoração de suas residências, como também, buscam por meio de soluções arquitetônicas e de engenharia, a solução de problemas relacionados a precariedade ou inexistência de serviços para melhoria da condição de vida.
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