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A cidade permanente Ralé – O cortiço resiste: Chicago St. Louis, Londres (1920-1987)

Por:   •  2/11/2020  •  Resenha  •  625 Palavras (3 Páginas)  •  285 Visualizações

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Peter Hall – Cidades do Amanhã

Capitulo 12

A cidade permanente Ralé – O cortiço resiste: Chicago St. Louis, Londres (1920-1987)

- Chicago descobre a ralé...

No início do século XX, a atenção norte-americana estava centrada no problema do imigrante e sua socialização, já que os imigrantes estavam indo sobretudo para as cidades, os grandes centros urbanos. Assim, o medo da classe média com relação à criminalidade era grande. Com isso, estudos e experimentações sociais passaram a ser analisados. O autor então enfatiza que em 1989, Jane Addams, funda uma centro de assistência social que a partir de 1914 se torna a primeira faculdade de sociologia urbana do mundo. A partir daí, Park ( que é um dos fundadores da escola de Chicago), junto com Burgess, McKenzie e Worth ele então vão unir as tradições das técnicas modernas de observação social de massa de Londres da década oitocentista e a sociologia teórica alemã para formar um novo trabalho visando um total conhecimento da estrutura social de uma grande cidade. Tanto que  em 1925 publicaram sua clássica coletânea de ensaios sobre a sociologia da cidade. Desenvolvendo estudos principalmente no âmbiro de Chicago.

Hall também faz referência de Park que afirma que a forma mais simples e elementar de associação na cidade era a vizinhança local. Nisso há uma tendência de certas vizinhanças urbanas que o autor cita como “nocivas” se isolarem,  mas não só isso. Paralelamente, o que ele chama de “colônia de imigrantes” viviam isoladas, mas cada uma com sua própria organização social. Assim, nessa configuração de socialização, a organização delas se ser pela “região moral” na qual a população tende a se segregar não somente de acordo com interesses próprios, mas segundo os gostos e temperamentos. Então a fim de se evitar isso seriam feitos centros sociais capaz de integrar essas “vizinhanças” à comunidade.

Ele vai especula que um dos fatores que levou ao altíssimo índice de delinquencia juvenil e adulta foi a não capacidade dos migrantes se acomodarem de imediato a um meio novo e relativamente estranho, assim como a ruptura dos vínculos locais e o enfraquecimento das restrições sob a influência do ambiente urbano. Porém, Park não propõe em suas análises nenhuma solução. Daí, os membros da escola de Chicago vão tentar responder às questões levantadas por Park.

Então aí, através dos estudos, eles observam que as gangues e a criminalidade surgem em virtude da omissão das instistuições sociais convencionais em propiciar no minimo uma vida organizada à população de Chicago. Uma vez que a Chicago é um mosaico de colônias estrangeiras com heranças sociais conflitantes. Então, não houve espaço para o desenvolvimento de uma ordem social consistente e autocontrolada. A gangue, nesse caso, vai ser um sintoma desse “descompasso cultural”. Que se alia a perda do poder familiar em controlar os filhos em razão dessa americanização rápida e superficial dos jovens imigrantes. Aí ele entra na questão dos costumes domésticos cairem por terra.

Hall aborda também que Park desenvolveu um tema sobre delinquencia juvenil onde afirmava que a agitação social num período de individualização e de desorganização social foram potencializados pela industrialização, assim o automóvel,  o jornal e a indústria cinematográfica havia contribuído fortemente para essas mudanças. Por exemplo o deslocamento mais simples e mais rápido, novas oportunidades econômicas e as próprias trocas culturais. Gerando um impacto maior na geração mais jovem de imigrantes.

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