ANÁLISE DA SEGURANÇA URBANA: ÁREAS CRÍTICAS DO BAIRRO DE JARDIM DA PENHA, VITÓRIA, E.S.

A segurança é um dos indicadores de qualidade de vida, influenciando diretamente nas relações do usuário com o espaço habitado e percorrido. Por isso, constitui um dos assuntos mais recorrentes nas diversas frentes de atuação, unindo autoridades, associações comunitárias, órgãos públicos e privados na busca de soluções efetivas para melhoria da segurança. Mas esses esforços não tem considerado o desenho urbano como elemento facilitador para ocorrência de delitos, o que torna as intervenções pouco eficazes na prevenção do crime. Em um estudo recente, Pinto da Silva (2014) faz uma análise paralela entre Portugal e o Brasil, sobre a diversidade de usos e a relação com a segurança, onde desenvolveu o Sistema Integrado de Desenho Seguro (SIDES). Assim, numa escala local, foi proposta a análise das áreas críticas do bairro de Jardim da Penha, ES, partindo dos dados criminológicos fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SESP) e utilizando como métodos a Análise Pós-Ocupacional (APO) da segurança do ambiente construído, a coleta de dados por meio de questionários com a população local e o processamento dos dados no SIDES, foi possível classificar os espaços arquitetônicos - os edifícios e espaço urbano público coletivo - de acordo com o grau de segurança. Foram gerados gráficos e tabelas com os indicadores, porcentagens e as respectivas classificações, que demonstraram iluminação noturna ineficiente, controle visual do espaço comprometido pelo excesso de barreiras visuais, locais isolados não utilizados, espaços públicos e privados degradados e segregação de usos, que torna os percursos desertos e favoráveis ao crime.

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