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ARQUITETURA, ERGONOMIA E O ESPAÇO URBANO PÓS­MODERNO  

Por:   •  24/8/2016  •  Artigo  •  542 Palavras (3 Páginas)  •  401 Visualizações

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ARQUITETURA, ERGONOMIA E O ESPAÇO URBANO PÓS­MODERNO    

Autora: ZSCHABER, Lorena 

Faculdade Izabela Hendrix   

Resumo    Passado os tempos áureos do chamado Modernismo, a produção arquitetônica no Brasil apresenta atualmente  a necessidade de ser repensada. Para isso, é imperativa a discussão sobre novas formas de expressão,  considerando­se as novas condicionantes, bem como uma reavaliação na forma como se é debatida e ensinada  a arquitetura nos cursos profissionais. Para elaboração de projetos, acredita­se que a ergonomia e sua  preocupação com a qualidade de vida, podem colaborar para que uma nova forma de se produzir arquitetura  surja, priorizando o homem e o meio ambiente. Também se acredita ser necessário voltar a tona o debate sobre  assuntos pertinentes ao chamado pós­modernismo, corrente esta que tentou questionar os paradigmas  estabelecidos pelo Modernismo mas que, entretanto, não consegue manter sua força.     Palavras chaves: : Arquitetura. Ergonomia. Espaço­urbano​ .    1. INTRODUÇÃO A arquitetura brasileira contemporânea passa por um momento de  transição, deparando­se com novos desafios oriundos da constatação de que os modelos  de pensar a edificação e a cidade até o momento adotado não mais são capazes de  atender as necessidades atuais. Paralelo à nova realidade, grande parte dos profissionais  arquitetos e urbanistas da nova geração dão mostras de não estarem envolvidos com a  discussão sobre os caminhos a serem tomados pela sua profissão, muitas vezes  negligenciando o objetivo maior que é o ser humano. Fazem­se obras referenciadas em  imagens muitas vezes desprovidas de significado e, quanto ao espaço urbano, este ainda é  pensado dentro de uma metodologia que está comprovadamente ultrapassada. O objetivo  geral deste artigo é instigar a discussão sobre a necessidade de se repensar a produção da  arquitetura tendo como parâmetro a qualidade de vida, assunto este de competência da  ergonomia. Como objetivos específicos, pretende­se apontar os principais pontos dos  assuntos estudados, deixando claro que todos eles possuem um leque muito maior de  conceitos que, pela limitação física, não poderiam ser amplamente discutidos neste ensaio.  A relevância do assunto proposto é justamente pela carência de melhor produção do  espaço urbano, cenário este onde acontecem as vidas da grande maioria da população  brasileira. Confrontados com uma realidade diferente da imaginada em meados do século  XX, essa população tem necessidade de novas soluções para a cidade que, até o  momento, prioriza o automóvel. É assunto de interesse sobretudo de arquitetos urbanistas,  bem como de gestores e profissionais envolvidos na construção das cidades. A metodologia  proposta é da pesquisa baseada em material científico de autores consagrados, buscando  conceitos sobre arquitetura, ergonomia, espaço urbano e pós­modernidade. Após essa  conceituação, espera­se com a discussão e reflexão dos temas que possa ser acareada a  interdisciplinaridade dos assuntos, verificando sua real importância.   2. ERGONOMIA E ARQUITETURA: SUA RELAÇÃO NO ESPAÇO URBANO  PÓSMODERNO Discorrer sobre assuntos com particularidades como os tratados no  presente artigo, exige que seja feita uma desconstrução do tema, de tal modo que ao final  possa ser feita a justaposição dos assuntos, promovendo sua melhor compreensão. Com  essa premissa, o presente título está dividido em subtítulos onde os objetos pertinentes são 

apoiados em trabalhos técnicos científicos de autores consagrados em suas respectivas  áreas de atuação. 2.1 Ergonomia Em agosto de 2000, a Associação Internacional de  Ergonomia – AIE adotou a definição oficial como de Ergonomia (ou Fatores Humanos)  como sendo uma “disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os  seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados  e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do  sistema.” Como afirma Wisner (1995), a Ergonomia se sustenta em dois pilares: Um de  base comportamental, que permite apreender as variáveis que determinam o trabalho pela  via da análise do comportamento, o segundo, subjetivo, que busca qualificar e validar os  resultados, ambos com o intuito de elaborar um diagnóstico que vise transformar as  condições de trabalho. Os estudos voltados à ergonomia visam atender dois objetivos  básicos, a saber: a produção de conhecimento voltados ao trabalho, suas condições e a  afinidade do homem com o trabalho; em seguida, estabelecer conhecimento e informação,  instrumento e princípios suscetíveis de orientar racionalmente a ação de transformação das  condições de trabalho, tendo como perspectiva melhorar a relação homem­trabalho. Sendo  assim, a produção do conhecimento bem como a racionalização da ação, constitui o eixo  principal da pesquisa focadas na ergonomia (Abrahão & Pinho, 2002). Na sua relação com  as outras ciências, a Ergonomia não busca simplesmente uma aplicação das mesmas e,  sim, uma relação de pareamento, entre conhecimentos novos e antigos. Este cotejamento à  transformação dos conhecimentos oriundos destas ciências, pois o modelo de homem no  trabalho nem sempre corresponde aquele estudado nas outras disciplinas. Enfim, como  salienta Dejours (1996), existe o reconhecimento de que a Ergonomia atua como alavanca  para estas ciências, despertando­as para a produção de conhecimentos em áreas nas quais  a prática as revela lacunárias. O mesmo autor, afirma que este confronto da Ergonomia com  as ciências vizinhas pode levar a emancipação da Ergonomia enquanto ciência de campo,  construindo os seus próprios modelos, conceitos e teorias. 2.2 Arquitetura A arquitetura  pode ser entendida sobre diversos pontos de vistas, tais como: edificação, tratamento do  espaço, arte entre outros. De forma sucinta e etimologicamente falando, arquiteto significa 

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