ARTIGO – ANÁLISE DA CIDADE DE PRESIDENTE PRUDENTE NO PERÍODO DE 1917-1969
Por: REIOH • 4/9/2015 • Artigo • 1.591 Palavras (7 Páginas) • 518 Visualizações
Universidade do oeste paulista – curso de arquitetura e urbanismo.[pic 1]
ARTIGO – ANÁLISE DA CIDADE DE PRESIDENTE PRUDENTE NO PERÍODO DE 1917-1969 DESCREVENDO RELAÇÕES APRESENTADAS COM O LIVRO “ESPAÇO INTRA-URBANO NO BRASIL” – FLÁVIO VILLAÇA.
2015/05/27 NOMES: RENATA FRANCIELE DE OLIVEIRA ALVES/ DANILO ROCHA/ MARÍLIA. 7ºE
ANÁLISE DA CIDADE DE PRESIDENTE PRUDENTE NO PERÍODO DE 1917-1969 DESCREVENDO RELAÇÕES APRESENTADAS COM O LIVRO “ESPAÇO INTRA-URBANO NO BRASIL” – FLÁVIO VILLAÇA.
Introdução
O livro “ Espaço Intra-Urbano no Brasil” escrito pelo professor Flavio Villaça que é uma das maiores autoridades brasileiras em planejamento urbano, e seu livro, é um verdadeiro clássico, uma vez que ele expõe de forma didática conceitos fundamentais como metropolização, conurbação, que a maioria dos teóricos da área tem dificuldades em definir. Orienta como pensar a cidade, seu desenvolvimento, suas espacialidades, analisa criticamente a formação das elites, as classes de renda mais alta, se relacionarem com a cidade, "criando" centros, "abandonando-os" e "criando novas centralidades". Explica a forma como se dá o caminhamento (deslocamento) de centros urbanos, como se agrupam as classes sociais no meio urbano e a importância das localizações na formação dos preços dos imóveis. Com este artigo, procuramos correlações com a cidade de Presidente Prudente nos períodos de 1917-1969 de acordo com os fundamentos descritos nos capítulos de Flávio Villaça.
Da abordagem.
Abordaremos de acordo com os capítulos do livro, a análise feita de Presidente Prudente na época de 1917-1969 de acordo com as ideias de Villaça retratadas em seu livro. Procuraremos entender como Presidente Prudente se encaixa na ideia de espaço intra-urbano descrita pelo autor.
das análises.
Capítulo 1.
Neste capítulo destacaremos a análise que Villaça faz com o aspecto comum entre a distribuição territorial das classes sociais além da óbvia distinção entre centro e periferia, no que o autor descreve como sendo a decadência do centro principal.
Ao analisarmos Presidente Prudente neste aspecto empregado pelo autor em seu livro, veremos que neste período estudado a cidade já apresentava traços do que seria sua decadência do centro principal, por exemplo, o centro que antes localizava-se perante as Vilas Marcondes e Goulart, pioneiras Vilas de Prudente, já migravam em direção ao que hoje conhecemos como quadrilátero central, vemos também que pistas sugerem que isso se dava pelo crescimento das Vilas e não migração de classes.
Capítulo 2.
No que o autor trata de espaço “intra-urbano”, neste capítulo é abordado e justificado como sendo o conjunto de todas as outras denominações sobre espaço urbano empregados nas diferentes escolas, entendemos assim que o autor usa tal termo para designar todo o universo deste contexto.
Para Villaça para haver espaço intra – urbano, é necessário haver primeiro comunicação e deslocamento do ser humano, enquanto portador da mercadoria força de trabalho enquanto consumidor, tendo isso o autor também cita diversos outros autores para explicar sua visão de espacialidade urbana, ao analisarmos Presidente Prudente, veremos que na época estudada, havia a comunicação das pessoas dentro da cidade e que cidades vizinhas que antes caracterizavam-se como pequenas vilas, já vinham fazer suas atividades em Presidente Prudente e isso ajudava-nos a entender suas relações.
Capítulo 3.
Neste capítulo Villaça trata a questão da conturbação urbana que é a junção das metrópoles, porém o autor destaca que não se ocorre tal junção apenas pela espacialidade física das cidades, mas sim pela junção e “intensa vinculação econômica”, as cidades tendem a juntar-se neste contexto por questões econômicas, ou seja, juntando o pensamento do capítulo anterior, a própria comunicação e deslocamento de pessoas contribuem para isso.
Em Prudente nesta época abordada, não havia junção espacial de cidades, até porque a cidade era pequena, mas a vinculação econômica já havia, pois, pessoas de cidades vizinhas já vinham trabalhar, estudar ou fazer negócio nesta região.
Capítulo 4.
A questão das direções de expansão urbanas, são retratadas neste capítulo pelo autor, e a investigação das localizações das classes sociais e sua articulação com outros elementos da estrutura urbana, são expostos pelo autor.
O elemento de previsão por parte dos planos diretores sobre para onde a cidade irá crescer, são retratados em diversos estudos, porém o autor nos mostra os principais meios de crescimento da cidade, Prudente segundo esta ideia teve seu crescimento inicialmente aos redores das linhas férreas que transportavam toda a economia da cidade, foi através dela que também as classes sociais altas se fixaram na cidade, vemos isso com a presença de casarões antigos nas Vilas Marcondes e Goulart.
Capítulo 5.
Neste capítulo o autor cita, o crescimento das cidades através do método dos círculos concêntricos, no que diz respeito a setorização de áreas da cidade onde dispõe-se classe média, classe alta e classe baixa, separadas por barreiras. Ele cita também o crescimento da cidade, em Prudente ao analisarmos no período estudado e voltarmos ao período de hoje vemos que o resquício presente desta organização da época se mostram nos bairros Vila Marcondes e Goulart, com a concentração da classe alto no alto das Vilas em direção ao centro, a classe média abaixo das principais avenidas das Vilas e a baixa bastante afastada do bairro, quase fundindo-se com o eixo rural.
Capítulo 6.
O autor retrata que a questão dos setores industriais, a articulação espacial entre metrópole e região, nos dizendo que tais setores tendem a concentrar-se ao redor de ferrovias e rodovias, em Prudente temos este exemplo citado na análise do capítulo acima, onde na época estudada a cidade concentrou-se em crescer abaixo da linha férrea, e hoje expande-se além dos limites das rodovias.
Capítulo 7.
Veremos agora o que diz respeito a segregação urbana que segundo Villaça é um processo fundamental para a compreensão da estrutura espacial intra-urbana. Analisaremos com relação a Presidente Prudente o mais conhecido padrão de segregação segundo o autor da metrópole brasileira que é a de centro X periferia. Tal segregação se dá de acordo com o preço do solo empregado nas localidades, em Presidente Prudente nota-se tal segregação com o que restou dos casarões que antes faziam das principais avenidas da Vila Marcondes serem residenciais e que hoje vemos que se tornaram comércios, sendo que um é relativamente predominante a venda de móveis usado.
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