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Alfabetização no brasil

Por:   •  22/10/2015  •  Seminário  •  484 Palavras (2 Páginas)  •  226 Visualizações

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Pesquisa revela números críticos da alfabetização no Brasil

Mais de 50% dos alunos não entendem o que leem ou não sabem resolver problemas simples de matemática. Situação é pior no Norte e Nordeste.

Os números da alfabetização no Brasil mostraram uma situação crítica: crianças com 8 anos que estão no Ensino Fundamental público não conseguem ler um texto, escrevem muito mal e na matemática têm a pior avaliação. A prova foi feita no ano passado com mais de dois milhões de alunos.

Na leitura, 56,2% estão no pior nível e não entendem o que leem, nem mesmo histórias em quadrinhos.

Quase um terço dos alunos não aprendeu a escrever de forma minimamente satisfatória e não sabem escrever palavras de forma correta e os textos são incompreensíveis. A maioria que consegue escrever um texto comete muitos erros ortográficos e de concordância.

Na matemática, a situação é vergonhosa: 57% estão no pior nível. Quase seis em cada dez alunos não conseguem resolver problemas simples.

As piores avaliações estão no Norte e no Nordeste.

'Uma tragédia', diz Alexandre Garcia sobre pesquisa da alfabetização

O Ministério da Educação só vai fazer uma nova avaliação sobre a alfabetização no Brasil no ano que vem. Disse que não é por falta de recursos, mas porque as mudanças de um ano para outro não são significativas. O problema é que as mudanças deveriam ser urgentes, em um ano dá para mudar muita coisa. Mas parece difícil que aqueles que desviaram os caminhos do ensino reconheçam que esse resultado pífio é um alerta sério sobre o futuro do país.

Os empresários se queixam que seus funcionários não conseguem entender as instruções que leem para operar uma máquina, por exemplo. O resultado da pesquisa mostra, em suma, que na leitura, na escrita, na matemática, alunos de 8 anos, na terceira série fundamental, têm apenas 10% de resultado ideal. O resto é uma extensa faixa de mediocridade e uma insuficiência de dar pena.

Estão com oito anos e na terceira série. E nos perguntamos: como? Então não deu certo essa história de passar de ano sem prova, sem aproveitamento.

No grupo escolar em que eu fiz o primário, há quase 70 anos, na terceira série já frequentávamos a biblioteca e fazíamos o jornalzinho da escola. E era escola pública. No primeiro ano já havíamos deixado para trás o ‘Ivo viu a uva’ porque ler e escrever já não eram obstáculos, mas caminhos para aprender mais.

E não havia alunos atrasados como hoje. Vão dizer: foi naquele tempo, anos 40 e 50. Sim, mas de lá para cá não se progrediu, com tantos avanços na tecnologia, na pesquisa, nos estudos? Então de lá para cá se regrediu?

Um país que só se liberta pela educação, e esta é a pátria educadora. Se o presente vai mal e futuro vai pior se não for mudado o que não está dando certo. Ficar tudo solto, sem ordem, não resulta em progresso, e sim isso que a pesquisa mostra, uma tragédia.

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2015/09/uma-tragedia-diz-alexandre-garcia-sobre-pesquisa-da-alfabetizacao.html

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