Arquitetura - plano diretor
Por: Vanessa Sant'Ana • 28/4/2015 • Artigo • 537 Palavras (3 Páginas) • 342 Visualizações
A Pós-retórica – Denise Xavier
O uso do termo pós-moderno tem ficado cada vez mais escasso nas publicações de arquitetura, isso ocorre pelo contexto crítico negativo da reação aversiva alimenta pelo pós ao movimento moderno.
O comentário de Jencks em seu livro “El Languagem de la arquitetura pós-moderna, no qual ele diz: será que testemunhamos o fim de mais um projeto estético – Explica claramente a fé em que o autor tinha sobre o relato histórico da arquitetura pós-moderna no qual ele integra a superação e a afirmação dos princípios estéticos que a história revela, onde cada elo se fecha em si para que possa dar andamento ao próximo movimento, com isso, conclui-se que uma estética só poderia se destacar a partir dos escombros do passado da anterior.
A pouca disposição crítica dos Arquitetos tem demonstrado gerar novos emblemas sob a luz de critérios iluminados, a exemplo da última tentativa que foi a edição do construtivismo, considerada no período em que foi lançada que desbancaria o movimento pós.
Existe a hipótese de que, o pós pode ter sido acabado sem ter sido sucedido por estética nenhuma, ou seja, vai além da proclamação do fim de uma etapa ou período histórico, colocando em xeque o próprio raciocínio de superação dos períodos históricos. Jurgem Habermas,defende que, a partir do movimento moderno essa prática de períodos históricos encontra-se interrompida, pois, essa produção coloca a necessidade de autocertificação, o que acaba sendo apagado os componentes que distinguem as épocas em si. Ao discordar desse contexto, temos o pós-moderno como sendo tomado, não como a negação do moderno., mas, como uma afirmação de outro estágio da modernidade, um estágio mais agravado e complexo.
Podemos considerar, que, as artes como matéria inseparável do desenvolvimento humano e a expressão mais acabada da realização dos anseios e necessidades de uma cultura, nesse caso, revelar o mecanismo de estruturação de uma época é igual revelar a forma que lhe é correspondente. Outro autor que fez uma análise mais acurada sobre esse contexto é David Harvey, no qual, ele acredita na diferença entre modernidade e pós-modernidade, deixando claro em seu livro “Condição pós-moderna”, que o que se chama de pós-moderno, é algo que se distingue do momento anterior, não por oposição, mas, por seu grau de complexidade. Para ao Harvey, a condição pós-moderna, é definida por um contexto na passagem do mundo capitalista, as alterações na base econômica da sociedade pós-industrial, seriam os responsáveis pelo surgimento de uma nova percepção do mundo e de uma consequente expressão plástica.
Para Harvey, a alteração da cultura encontra-se nas mudanças provocadas pela expansão do capitalismo, o que ele denomina de acumulação flexível, e, com esse conceito ele tenta ilustrar um novo estágio do mundo capitalista, que surge a partir da recessão da década de 1970 tendo como sua maior característica estabelecer uma nova conduta econômica, baseada na flexibilização dos padrões de trabalhos adotados da época.
A consolidação de um estágio do capitalismo avançado trouxe uma série de consequências no qual Harvey descreve e destaca: “a volatividade e efemeridade de modas, produtos, técnicas de produção; processos de trabalho; ideias e ideologias, valores e práticas estabelecidas”.
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