Artigo Os Quatro Conceitos da Arquitetura
Por: Jeniffer Souza • 23/6/2020 • Artigo • 4.475 Palavras (18 Páginas) • 295 Visualizações
RESUMO
A iniciação de tal artigo cientifico tem como objetivo, através da obra principal de Richard Scoffier “Os Quatros Conceitos Fundamentais da Arquitetura Contemporânea”, fazer uma análise aprofundada da primeira parte dessa obra, sendo ele OBJETO. Nessa etapa, o estudo mostra partes instigantes de partes a ser consideradas na arquitetura contemporânea, sendo o edifício inspirado em objeto. Além do mais será feito analise da obra principal encontrada ao longo do texto, como o edifício Chiat Day de Frank Gehry, instigando suas características projetuais e estruturais sendo relacionado com o edifício brasileiro de Ruy Ohtake – Hotel Unique. Para tanto a relação de ambas mostrará como a palavra objeto usada por Scoffier, faz sentido ao uso de cada edifício citado ao longo do artigo.
Palavra-chave: Richard Scoffier, Objeto, Arquitetura Contemporânea.
ABSTRACT
The initiation of such a scientific article aims, through Richard Scoffier's main work "The Four Fundamental Concepts of Contemporary Architecture", to make an in-depth analysis of the first part of this work, which is OBJECT. At this stage, the study shows thought-provoking parts of parts to be considered in contemporary architecture, the building being inspired by an object. In addition, an analysis will be made of the main work found throughout the text, such as the Chiat Day building by Frank Gehry, instigating its design and structural characteristics being related to the Brazilian building of Ruy Ohtake - Hotel Unique. For both, the relationship of both will show how the word object used by Scoffier, makes sense to the use of each building cited throughout the article.
Keywords: Richard Scoffier, Object, Contemporary Architecture.
1. INTRODUÇÃO
Pode – se fazer uso da bibliografia de Scoffier relacionando seus usos explícitos ao longo do texto, uma vez que o mesmo se divide em capítulos correspondentes aos conceitos, sendo eles o Objeto, Tela, Meio e Acontecimento, esses têm significados diferentes, segundo o autor. (SCOFFIER, 2009)
De acordo com Scoffier (2009), a palavra objeto é um termo usado causado pela descontextualização causada em algumas obras contemporâneas, perdendo a utilidade em seu contexto, ressurgindo transfiguradas, se libertando das suas funções e se tornando um simples objeto. A partir disso, o edifício não consegue transparecer sua história, e o contexto em que está inserido, perdendo suas raízes, seu conceito, invertendo a relação que seria subordinada a seus usuários. (SCOFFIER, 2009)
Esses objetos paradoxiais cuja interioridade tende ao ilimitado enquanto o volume externo é claramente delimitado, essas figuras irracionais, onde a oposição do interior e do exterior calça-se no do infinito, estabelece-se como formas simbólicas da nossa contemporaneidade. (SCOFFIER, p.11, 2009)
Além do mais, dentro da parte do objeto tem-se subitens, abordado pelo mesmo, como: a transfiguração, singularidade, esquizofrenia e rituais. Cada qual com seu significado dentro do contexto arquitetônico, sendo segundo o autor: A transfiguração faz com que objetos que sejam triviais, tornem-se monumentais, e nem sempre esses “objetos monumentais” tenham o significado que tinha quando era trivial, como o Chiat Day, de Frank Gehry, onde um binóculo gigante faz o papel de uma fachada de uma agencia publicitária. A singularidade é o conceito de que nem sempre o objeto precisa se afirmar pelo modo de construção, ou seja, não necessariamente diz seu uso, sua materialidade ou entradas, no caso da arquitetura. A esquizofrenia mostra o “mistério” do objeto. São cada vez menos transparentes e cada vez mais silenciosos e introspectivos, com intuito de se impor. Os rituais mostram as ambiguidades dos edifícios. Não se sabe o uso, quando foi construído, do que é construído. (SCOFFIER, 2009).
Como sequência, é nítido observar na leitura, a clareza em que o mesmo faz enquanto o uso da contemporaneidade versus o uso da palavra objeto, sendo o mesmo segundo ele o objeto como um incongruente que não representam nada além deles mesmo, sem composição, sem simbologia de nada e sem definição, sendo apenas uma estética da fascinação e do real. (SCOFFIER, 2009)
2. METODOLOGIA
O presente artigo, tem como embasamento estudo da bibliografia de Richard Scoffier – “Os Quatros Conceitos Fundamentais da Arquitetura Contemporânea”, artigos científicos, análises e aplicações dos conceitos, diretrizes e concepção do uso da palavra Objeto de acordo com Scoffier, juntamente com breve explanação sobre o contexto relacionado a Arquitetura contemporânea.
3. RESULTADO
Segundo Jenks, a arquitetura contemporânea nega a arquitetura moderna e a sua forma de organização do espaço, homogêneo em todas as direções, e nos limites de uma geometria definida e controlada, colocava como oposição o espaço pós-moderno “ambíguo no seu zoneamento e irracional no que se refere à sua relação entre as partes e o todo. Os limites a miúdo não ficam claros e o espaço se estende indefinidamente, sem limite aparente”. (JENKS apud FRACALOSSI, 2013)
Essas condicionantes, exponencializadas em escala mundial no período tecnológico pós-guerra, ou “cibernético-monopolista” no dizer de Andrés Zarankin, da etapa atual do capitalismo globalizante, ditam o que, a quem e como deve ser direcionada a produção material, definindo os contornos e os limites da arquitetura, como seu reflexo e efeito. (ZANETTINI apud FRACALOSSI, 2013)
Segundo Zanettini, a nova arquitetura é uma valorização da estética, já que a mesma com o uso da tecnologia avançada consegue tais recursos, porém em decorrência dessa limitada e unidimensional crítica, opôs ao “estilo moderno” os demais estilos no seu tratamento plástico-formal, como uma evocação retro-nostálgica e com colagens formais artificiais. Assim aparecem desenhos evocando motivos “Art-Deco”, desenhos geométricos, imitações fabricadas e inspiradas em materiais nobres e soluções em cenários apostos, encobrindo estruturas e com superfícies e revestimentos não vinculados à função. “ A estética da concepção arquitetônica parece mais e mais sempre ditada,
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