Artigo sobre romantismo na literatura
Por: Kivia Maria Batista Marinho • 27/3/2017 • Resenha • 383 Palavras (2 Páginas) • 347 Visualizações
Romantismo na literatura
Esse movimento foi a marcante primeira escola literária brasieira e não colonial. Surge no século XIX, no mais tardar do ano de 1860, e teve seu contexto histórico com a revolução francesa, a ascenção da burguesia, além da chegada da família real a cidade do Rio de Janeiro. Sendo a chegada a família real portuguesa relacionada a possível invasão da tropa napoleônica a cidade de Lisboa, antes sede de moradia da realeza. A independência do Brasil e a declaração dos direitos do Homem e do cidadão (“art11: a livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem; todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, e imprimir livremente”), também estavam inseridos no contexto histórico. Pode-se inferir que o romantismo na literatura teve seu pilar construído em cima de alguns e recém valores cultivados por uma sociedade que viu o fim dos privilégios da nobreza e o crescimento conseguinte do pensar burguês, com um novo sentido da vida decorrente do decaimento da igreja católica, a livre iniciativa e mais competição, individualismo, o “fim de barreira” entre classes, e um novo público leitor, com uma sociedade mais letrada, no caso brasileiro. Com essa situação, infere-se que a aristocracia ao perder espaço possibilita a arte transcrever o que a burguesia está pensando. Aliás, um exemplo clássico é a ilustre pintura francesa “A liberdade guiando o povo” de Eugène Delacroix.
Ao relatar as influências do romantismo é necessário recordar publicações europeias, principalmente alemã e francesa. Sendo a alemã o famoso livro “Os sofrimentos do Jovem Werther”, com configuração ultrarromântica e de fim trágico, mas também o movimento “Sturm um Drang”, com a tradução livre de “Tempestado e Ímpeto”, que valorizava principalmente o nacional e o popular. Já a francesa sendo representada pelo mito do bom selvagem de Jean J. Rousseau, que representa um choque cultural, basicamente ao relatar que enquanto o homem selvagem não tiver contato com outra sociedade, ele é puro.
Podemos citar características comuns às três escolas literárias brasileiras, que apresentam particularidades, mas têm em sua essência o individualismo e subjetivismo, o sentimentalismo, o culto à natureza (este observa-se profundamente nas pinturas românticas), formas de evasão (sonho/fantasia), retornando, pois ao medievalismo, no Brasil, aos índios, o que inclui-se culto do passado. Ademais, retoma-se a liberdade artística, promovido principalmente pela ascensão burguesa.
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