As Reflexões Arqueóloga Australiana
Por: Helen Cabral • 27/2/2023 • Ensaio • 1.337 Palavras (6 Páginas) • 80 Visualizações
Aula de seminario avancado I – 17/08/2022
Arqueologa australiana – ela fala a partir da periferia e nao no centro cultural que é a Inglaterra.
Precisamos olhar para o mundo olhando sobre a propria biografia.
Discurso autorizado do patrimônio – perceber diversos olhares sobre patrimônio.
Conceito de intocado, raro, claro, limpo, confortável responde o que a elite representa. Portanto o patrimônio é propositalmente excludente e serve pra manter a herança da classe dominante. ;e um discurso hegemônico que faz calar as dissonâncias. Então e um discurso suave para quem esta ocupando as relações do poder.
Choay fala do dialogo dos surdos, pois nem todo lugar podemos contar a verdadeira historia. Em determinados ambientes não são ouvidos dentro de museus que se relacionam a historias nacionais. Esse grito dissonante dos subalternizados não são ouvidos.
Existe um discurso universalista e evolucionista que desde a pre historia chegamos diretamente à europa cheio de conhecimentos tecnológicos. A ideia de pensar a evolução da especi humana vai ser aplicada durante o período colonial em todos os locais explorados pela europa.
Para convencer que determinados indivíduos é preciso que essas pessoas tenham uma ideia de passado comum (historia pátria) que é ensinado na escola. A escola como instituição oficial do estado e obrigatória surge pq o estado precisasse firmar essa ideia de nação.
Assim surge o patrimônio.
Com a falência do discurso nacional e a unesco é criada, criando o discurso universalista onde o patrimônio é de todos.
Laurajane fala que patrimônio é sempre imaterial. Pq o objeto em si não é o patrimônio e sim o que acontece nele e o que o circunda.
O perfil de quem visita os museus é aquele das pessoas que querem se certificar de sua posição social, se sente representado, identificado. Então quando se conta uma histria num museu de uma classe subalternizada, muitos não prestam atenção no que esta ali pq não servem para eles.
Devemos fazer um estudo diferente de um discurso hegemônico em outros lugares e não só onde discutimos atualmente pois um museu comunitário provavelmente terá mais sucesso com uma narrativa critica da historia do que um grande museu pq a pessoa q vai num museu comunitário tem um outro perfil.
“todos juntos aprendemos a ser quem somos’’
24/08/2022
Trabalho a ser apresentado – discutir quijano, laurajane e minha pesquisa
Eric hobsbawn- a produção em massa das tradições 1870-1914.
Ele é marxista. Visão dele é do proletariado e é um pouco discriminado pelo fato de ser marxista, pq existe uma resistência de trabalhar na área.
Aquilo q chamamos de tradição foi criado a partir de uma determinada intenção. Existe tb a ideia de tradição que foi criada do nada, e não imposta por algo politico.
Ele deixa claro q em nenhum momento podemos afirmar que outros momentos anteriores a esse isso não aconteceu o das tradições surgirem do nada, mas o período qe ele abrange é um período de desenvolvimento econômico do processo da revolução industrial e a consolidação dos estados-nacao.
Aquilo que é dominado de tradição vai ter um reflexo que é patrimonial. Ele onfirma a narrativa de tradição que esta sendo criada através da construção de edifícios e estatuas.
Quando ele fala de tradição ele não fala dos costumes que existiam antes da revolicao industrial. Nas sociedades indígenas temos uma forma de viver ligada a costumes. Os costumes são orgânicos. São vivenciados a cada momento que é único.
O costume é interpretado naquele momento especifico. Ele não esta tratando de sociedade que tem estes costumes, mas de sociedades do tipo de estados nacionais que rompem os costumes, os lacos sociais. É preciso então ter outros lacos que acabam sendo muito mais artificiais.
Antes dos estados nacionais a memória era performada na rua, ela era vivenciada cotidianamente, organicamente. Os estados nacionais desfizeram isso. Por isso foram criados lugares de memória, pois não temos mais os meios de memória. Por isso precisamos hoje entrar em museus e edifícios para ter memória. Por isso patrimônio não é para todo mundo. Pq em alguns lugares como uma comunidade quilombola, ainda se vive os costumes então esta população não precisa daquele patrimônio criado na sociedade.
O museu serve para ensinar as pessoas qual é a historia delas. O museu tornou possível a entrar em contato com materialidades que faziam ate então parte da elite.
Surge então a politica das massas. Como controlar as massas? A invenção das tradições passa a entrar no lugar das religião. Pq pressupõe ritos, comemoraoes, costumes e comportamentos que vao sendo forjados nestes novos organismos que vao surgindo com os estados nacionais.
Ele fala da franca e da importancia da educacao primaria. Ela é extremamente importante para construção dos estados nação.
O estado nação conseguiu forjar em nos uma ideia de eternidade de tal forma q não conseguimos pensar que foi no século XIX. Que nem o brasil que a gente pensa que tem fronteiras naturais assim, que sempre fomos assim brasileiros desde sempre e não que foi algo forjado com o surgimento de datas, cerimonias, formas de vestir, de crer, de casar de viver que achamos que sempre fomos assim.
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