CANAL DO PANAMA
Por: danilogomes900 • 18/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.560 Palavras (7 Páginas) • 370 Visualizações
SUMÁRIO
- Introdução................................................................................................... 3
- Histórico...................................................................................................... 4
- A Obra......................................................................................................... 5
- Inauguração e Pós-Construção.................................................................. 7
- Conclusão................................................................................................... 8
- Bibliografia.................................................................................................. 9
- Anexo.......................................................................................................... 10
INTRODUÇÃO
O Canal do Panamá, está dentre as obras mais complexas e trabalhosas da história da humanidade e até hoje contribui para o progresso do mundo. Antigamente, surgiu a necessidade de se criar um atalho que ligasse o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico para que as viagens marítimas fossem realizadas de maneira mais rápida e eficaz.
Sua construção durou cerca de 30 anos e possui 81 quilômetros de extensão, com 92 metros de largura e 26 metros de profundidade (em média). Hoje é mais usado pela China e Estados Unidos, tendo um total de 14 mil embarcações por ano, representando cerca de 4 por cento do comércio marítimo mundial.
A importância deste canal, é de vital importância para o comércio mundial, o que justifica a presença de um forte continente militar norte-americano numa base sediada no Panamá.
Dito isso, este trabalho tem o objetivo de contar a história de como foi construído este canal, levando em consideração o cenário do transporte marítimo daquela época, os intervenientes que atrapalharam a obra, e por fim, mostrar o resultado desta obra para o mundo hoje.
HISTÓRICO
Tudo começou no século XVI quando o conquistador espanhol Vasco Nunes de Balboa cruza o istmo do Panamá e se torna o primeiro europeu a ver o Oceano Pacífico. Istmo é uma estreita faixa de terra que tem água em cada lado e liga duas grandes massas de terra, ou seja, o Panamá.
Em 1524, o explorador espanhol Hernon Cortes sugeriu que seria uma boa ideia, se existisse um caminho através do istmo do Panamá. Assim, em 1534, o rei da Espanha mandou investigar e encarou a possibilidade de abrir um canal que pouparia tempo nas navegações. Essas ideias foram bastante pertinentes para aquela época, mas eles não haviam encontrado meios de construir este canal.
Apenas no fim do século XIX que os franceses conseguiram autorização e planejamento necessário para que essa obra fosse consolidada com sucesso. Mas como haviam muitos problemas, tanto financeiros quanto físico-geológicos, a empresa francesa responsável foi a falência e, em 1904, os Estados Unidos assumiram a construção e apenas em 1914 o canal é concluído.
A OBRA
No final de 1876, o francês construtor do famoso Canal de Suez, Ferdinand de Lesseps, apresentou o projeto para construção do Canal do Panamá e, em 1878, obteve a concessão do governo da Colômbia, a quem a região pertencia à época, autorizando a sua companhia iniciar as obras de abertura do canal.
Logo no início da obra, começaram a aparecer vários imprevistos que aos poucos foram desgastando a obra, por exemplo, malária e febre amarela causando alta mortalidade dos trabalhadores, chuvas intensas, alagamentos, enchentes, desmoronamentos. Esses e outros imprevistos fizeram com que a empresa francesa falisse em 89, e foi aí que os Estados Unidos viram a grande oportunidade de enriquecimento se tomasse frente desta construção, mas o governo colombiano, apoiado pelas demais repúblicas latino-americanas, já inquietas com a ambição hegemônica dos Estados Unidos, não autorizou a transação. Em contrapartida, os Estados Unidos apoiaram a agitação separatista no Panamá quando, em 1 de novembro de 1903, o Parlamento de Bogotá veta a concessão do canal aos Estados Unidos, a frota norte-americana bloqueia todos os portos do Panamá e, três dias depois era proclamada a independência da República do Panamá. Finalmente, um mês mais tarde, as novas autoridades panamenhas assinam um acordo com os Estados Unidos para a construção e exploração do canal. O tratado, ratificado em 1909, entregava aos Estados Unidos a posse da futura via navegável e de uma faixa de cinco milhas de terras de ambos os lados do canal, pelo preço de dez milhões de dólares.
A marinha norte-americana tinha sido encarregada de levar o projeto com sucesso, e as obras recomeçam em 1904, marcada por uma disciplina e estratégia militar que havia faltado aos europeus.
O segundo engenheiro-chefe, John Stevens, (o primeiro pediu demissão após um ano de trabalho pois não suportou as doenças e a desorganização) optou pela construção de um canal com eclusas, propondo-se a controlar o curso do rio Chagres por meio de um aterro de grandes dimensões, formando uma barragem em Gatún. Uma eclusa, ou comporta, é uma obra de engenharia hidráulica que consiste numa construção que permite que barcos subam ou desçam os rios ou mares onde há desníveis (barragem, quedas d´água ou corredeiras).
O lago artificial assim formado não apenas forneceria a água e a energia elétrica necessários à operação das eclusas, como também constituiria uma via líquida, que cobriria um terço da distância no istmo. Stevens conseguiu construir a maior parte da infraestrutura necessária para as obras, incluindo a construção de casas para os trabalhadores, a reconstrução da ferrovia do Panamá destinada ao transporte de carga pesada e o projeto de um método eficiente de remoção de entulho decorrente do desmonte de rochas pela ferrovia.
A solução de comportas mostrou-se a mais acertada. Um dique em Gatun criou um lago artificial cujas águas enchem as eclusas. As eclusas de Gatun elevam os navios a 26 metros até ao lago artificial. Como são duplas permitem a subida e descida simultânea de navios. Ao fim de 8/9 horas os navios atingem o oceano Pacífico depois de terem descido 9,5 m na eclusa de Pedro Miguel e 16,5 na de Miraflores. Todas as eclusas têm 305 metros de comprimento por 33 metros de largo e nestas os barcos são puxados por pequenos comboios chamados de "mulas".
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