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Confortto e ergonomia

Por:   •  8/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.102 Palavras (9 Páginas)  •  196 Visualizações

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INTRODUÇÃO

No início do século XX a preocupação com a produtividade das empresas cresceu, e com isso a origem da ergonomia do espaço construído para ambiente de trabalho. Com as pesquisas realizadas nesse período, foi descoberto que a produtividade aumentava quando o ambiente em que o trabalhador se encontrava era mais agradável melhorando o desenvolvimento da empresa. Durante a segunda guerra mundial, a ergonomia teve um maior desenvolvimento, pois os equipamentos produzidos para a guerra exigiram dos operadores,  decisões rápidas e execução de novas atividades em situações críticas. Os operadores sofriam mutilações e lesões, uma vez que havia diferenças entre o desenvolvimento humano e o desenvolvimento tecnológico.

No final desse momento histórico vários países adotaram métodos para prevenir possíveis complicações relacionadas ao trabalho, e em 1961, foi criada a Internacional Ergonomics Association (IEA), que atualmente representa as associações de ergonomia de quarenta diferentes países, incluindo a Associação Brasileira de Ergonomia (Abergo), fundada em 1983. DELIBERATO (apud MORAES & SOARES, 1989, p.122).

São vários os tipos de abordagem ergonômica: ergonomia de correção, ergonomia de concepção, ergonomia de conscientização e ergonomia participativa. Em ergonomia o ambiente de trabalho representa um conjunto de fatores interdependentes que atuam sobre a qualidade de vida das pessoas e também no próprio resultado do trabalho.

A psicologia ambiental com base no espaço construído teve sua relação através do estudo comportamental e social do homem e de suas atitudes dentro do seu ambiente de trabalho, e este fator da psicologia ambiental ajuda a esclarecer elementos básicos da ergonomia desde suas origens, e é fundamental para identificar o desempenho e produtividade.

A ergonomia tem como objetivo entender, analisar e modificar situações de trabalho a partir da adaptação do trabalhador que ocupa aquele espaço. Sendo assim, é importante avaliar a relação do usuário com o ambiente em questão, levando em conta a razão, a emoção e a bagagem cognitiva do indivíduo. Sendo assim, as normas regulamentadoras devem ser apenas usadas como apoio, não sendo norteadoras para a ergonomia, que tem como preocupação o conforto para o trabalhador, sem deixar de lado o uso de ferramentas de percepção ambiental e psicologia do ambiente. O procedimento ergonômico é orientado pela perspectiva de transformação da realidade, cujos resultados obtidos irão depender em grande parte da necessidade da mudança.

Fundamentação Teórica

Em um mundo de constantes mudanças, em que as empresas vêm vivenciando várias formas de trabalhos e não sabem como aproveitá-los num curto espaço de tempo, devido a essas transformações velozes no ambiente de trabalho as pessoas são submetidas a desenvolver atividades, sem adaptações de máquinas e equipamentos suficientes. A partir da necessidade de estudar as adequações do ambiente de trabalho surge  uma disciplina científica chamada Ergonomia, que estuda a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia, que de acordo com a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO, 2012) deriva do grego Ergon [trabalho] e nomos [normas, regras, leis]. Podemos então compreender que  a Ergonomia diz respeito à adaptação de todo um conjunto de ações de trabalho – ambiente, máquinas, equipamento.

         Atividades rotineiras, trabalhos com equipamentos não adequados ao corpo, iluminação, ruídos são alguns dos fatores relacionados à saúde dos trabalhadores e que  posteriormente acarretará devidas consequências que, no entanto afetará a produtividade. Atualmente amparada pele legislação federal , especificamente a Norma Regulamentadora  No 09 emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego no ano de 1994, passou a exigir de todo e qualquer tipo de ambiente de trabalho não importando o grau de risco ou a quantidade de empregados, alguns programas que estabelecem uma metodologia de ação que garanta a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores , frente aos riscos de trabalho.  Estes Programas são chamados de PPRA (Programa de prevenção dos Riscos Ambientais os riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicos existente no ambiente de trabalho, que em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores.) e PCMSO ( Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional que  monitora por anamnese e exames laboratoriais a saúde dos trabalhadores. Tem por objetivo identificar precocemente qualquer desvio que possa comprometer a saúde dos trabalhadores. São legalmente habilitados os Técnicos de Segurança, Engenheiros de Segurança e Médicos do Trabalho.

A ergonomia tem a função de pesquisar, estudar, desenvolver, aplica regras e normas, baseadas em pesquisas descritivas e experimentais em busca dos limites e capacidades humanas para adaptação entre o meio e o homem,  métodos adequado ao trabalho as características físicas e psíquicas do ser humano adaptando o trabalho ao trabalhador. Assim é possível aprimorar ainda mais a qualificação e treinamento do usuário e o ambiente no qual estiver inserido, fatores que influem diretamente na produtividade, pois cada ser humano tem características próprias.  

Ergonomia está intimamente ligada ao processo de cognição do homem. A cognição é o que acontece na mente durante a realização das tarefas diárias e envolve processos cognitivos como pensar, falar etc. A evolução tecnológica, com suas  máquinas informacionais e inteligentes, exigiu e enfatizou a necessidade de conhecer o homem.
Depois de contínuos avanços em engenharia, onde o homem se adaptou, mal ou bem, às condições impostas pelos maquinismos, evidenciou-se que os fatores humanos são primordiais, a ergonomia se constituiu a partir da reunião de psicólogos, fisiólogos e engenheiros. A psicologia e a fisiologia são as duas principais ciências que fornecem a ergonomia,  referências sobre o funcionamento físico, psíquico e cognitivo do homem.
Preocupar-se com programas de Ergonomia nas empresas por um lado pode ser um gasto muito elevado, mas por outro, há uma economia de encargos referentes a problemas futuros relacionados à saúde do trabalhador, e este se sentirá mais motivado, existindo assim satisfação de ambos os lados. A Ergonomia caracteriza–se então pela preocupação de repassar melhores benefícios para empresa, contribuindo então pela integração dos funcionários, redução de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais entre outros. E no que diz respeito ao trabalhador, este desempenhará suas tarefas de maneira mais segura, prevenindo-os de várias doenças relacionadas ao trabalho, melhorando a relação de autoestima no âmbito organizacional. As pessoas não devem esperar iniciativas apenas das empresas ou dos gestores para que exista um trabalho de maneira correta, elas podem desempenhar em grupos ou individualmente, através de programas educacionais, alguns exercícios e práticas de posturas corretas, no entanto agirão com mais entusiasmo nas rotinas diárias de trabalho, sendo assim poderá ocorrer um presumível aumento na produtividade.

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