Detalhes da Arquitetura Grega em uma obra Eclética
Por: levi1 • 24/3/2017 • Relatório de pesquisa • 568 Palavras (3 Páginas) • 825 Visualizações
Teoria da Arquitetura II
Prof.: Alberto Portugal
Karine Antunes Levitszki, 2ºP Arquitetura e Urbanismo
Arquitetura Grega:
A Arquitetura Grega se desenvolveu a partir do século VIII a.C., e tem no templo sua expressão maior e na coluna sua peculiaridade. A coluna marca a proporção e o estilo dos templos. Na arquitetura do período geométrico, entre os anos 900 e 725 a. C., as casas consistiam num plano irregular e os templos apresentavam planta ora longa e estreita, ora quase quadrada, com uma coluna central (ou fila central de colunas) como arrimo. Um sistema de ordens definiu as proporções ideais para todos os componentes da arquitetura, de acordo com proporções matemáticas preestabelecidas. Sendo elas dórica, jônica e coríntia. A ordem era baseada no diâmetro de uma coluna, com outros elementos derivando dessa medida. Podemos citar como importante fato na arquitetura grega, o aperfeiçoamento da ótica (perspectiva), que já começara a fazer parte do período clássico (500 a 300 a. C.), e também o uso frontão.
As principais características da arquitetura grega são:
- Caráter público
- Conceito de Belo (teor estético)
- Monumentalidade (grandes Templos)
- Perspectiva e proporcionalidade
- Simetria e harmonia
- Equilíbrio e rigor das formas
- Presença de colunas e pórticos
Elementos Gregos na Arquitetura Eclética:
Um exemplo do emprego de elementos da arquitetura grega em uma obra eclética é o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, sendo que o mesmo segue o estilo da arquitetura francesa, assim como a Ópera de Paris só que em menores proporções, a edificação é marcada pela riqueza de detalhes e de materiais empregados.
Caracteriza-se eclético pois, contém elementos de diferentes estilos arquitetônicos, tais como o francês, o clássico, o grego, românico, persa, babilônica, além de que parte da decoração é voltada para o estilo Luíz XVI, cheio de vitrais, abóbodas, diversos painéis, pisos de mosaicos veneziano.
[pic 2]
Vista da fachada do teatro (note a presença das colunas gregas, e todos os seus elementos, a presença do estibato na base, do fuste aparentemente mais largo na base e estreito na parte superior onde se encaixa com o capitel, do entablamento, do friso, da arquitrave e seu encontro com a cornija, e de uma espécie de frontão).
[pic 3]
Podemos notar também que estes capitéis pertencem à ordem coríntia.
[pic 4]
Nesta imagem podemos observar a parte superior das colunas, o encontro com os capitéis coríntios, a arquitrave e friso e a cornija.
[pic 5]
Nesta imagem podemos ver uma espécie frontão com algumas alterações, já com inclinação para a arquitetura clássica.
[pic 6]
Vista aérea do telhado, podemos notar o estreitamento do fuste das colunas partindo da base até o topo, essa técnica, já era usada por outras civilizações e tem por intuito a sensação de maior verticalidade da edificação.
[pic 7] [pic 8]
Podemos notar que as colunas se retetem no interior da edificação, seguindo o mesmo conceito, desta vez em mármore.
[pic 9]
A influência grega está presente não só na arquitetura, mas na escultura também, no topo da escada principal, podemos observar uma estátua chamada “A Verdade”. Podemos observar também uma enorme semelhança com as estátuas do período grego, começando pelo nome da obra, que passa a questão do sentimentalismo envolvido, depois observamos os braços levantados e a perna esquerda um passo a frente dando mobilidade à escultura, essa é uma característica forte das esculturas do período helenístico. Também podemos observar a proporção, a simetria, e a questão do belo visto de todos os sentidos.
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